Ato SDA nº 9 de 30/12/2010

Norma Federal - Publicado no DO em 31 dez 2010

Divulga os descritores para fins de abertura de pedidos de proteção de cultivares da espécie Poa pratensis L.

Em cumprimento ao disposto no § 2º, do art. 4º, da Lei nº 9.456, de 25 de abril de 1997, e no inciso III, do art. 3º, do Decreto nº 2.366, de 5 de novembro de 1997, e o que consta do Processo nº 21000.012751/2010-29, o Serviço Nacional de Proteção de Cultivares divulga, para fins de abertura de pedidos de proteção de cultivares da espécie Poa pratensis L., os descritores definidos na forma do Anexo I. O formulário estará disponível aos interessados pela Internet no endereço http://www.agricultura.gov.br - Serviços> Proteção de Cultivares> Formulários para Proteção de Cultivares.

DANIELA DE MORAES AVIANI

Coordenadora

ANEXO
INSTRUÇÕES PARA EXECUÇÃO DOS ENSAIOS DE DISTINGUIBILIDADE, HOMOGENEIDADE E ESTABILIDADE DE CULTIVARES DA ESPÉCIE Poa pratensis L

I OBJETIVO

Estas instruções visam estabelecer diretrizes para as avaliações de distinguibilidade, homogeneidade e estabilidade (DHE), a fim de uniformizar o procedimento técnico de comprovação de que a cultivar apresentada é distinta de outra(s) cujos descritores sejam conhecidos, é homogênea quanto às suas características dentro de uma mesma geração e é estável quanto à repetição das mesmas características ao longo de gerações sucessivas. Aplicam-se às cultivares da espécie Poa pratensis L..

II AMOSTRA VIVA

1. Para atender ao disposto no art. 22 e seu parágrafo único da Lei nº 9.456 de 25 de abril de 1997, o requerente do pedido de proteção obrigar-se-á a manter e a apresentar ao SNPC, amostras vivas da cultivar objeto da proteção, como especificado a seguir:

- 1 Kg de sementes como amostra de manipulação (apresentar ao SNPC);

- 1 Kg de sementes como germoplasma (apresentar ao SNPC); e

- 1 Kg de sementes mantidas pelo obtentor.

2. As sementes não devem ser tratadas, salvo em casos opcionais, devidamente justificados.

3. O material deve apresentar boas condições fitossanitárias e vigor suficiente para a formação de estande adequado.

4. A amostra deverá ser disponibilizada ao SNPC após a obtenção do Certificado de Proteção. Entretanto, sempre que durante a análise do pedido for necessária a apresentação da amostra para confirmação de informações, o solicitante deverá disponibilizá-la.

III EXECUÇÃO DOS ENSAIOS DE DISTINGUIBILIDADE, HOMOGENEIDADE E ESTABILIDADE - DHE

1. As sementes não poderão ter sofrido nenhum tipo de tratamento que possa influenciar na manifestação de características da cultivar que sejam relevantes para o exame de DHE, a menos que autorizado ou recomendado pelo SNPC. Em caso de tratamento já realizado, o mesmo deve ser informado com detalhes ao SNPC.

2. Os testes normalmente têm a duração mínima de dois ciclos independentes de crescimento.

3. Os ensaios deverão ser conduzidos em um único local. Caso neste local não seja possível a visualização de todas as características da cultivar, a mesma poderá ser avaliada em um local adicional.

4. Os ensaios deverão ser conduzidos em condições que assegurem o desenvolvimento normal das plantas.

5. Os métodos recomendados de observação das características são indicados na primeira coluna da Tabela de características, segundo a legenda abaixo:

MG: Mensuração única de um grupo de plantas ou partes de plantas;

MI: Mensurações de um número de plantas ou partes de plantas, individualmente;

VG: Avaliação visual única de um grupo de plantas ou partes dessas plantas;

VI: Avaliações visuais em plantas ou partes dessas plantas, individualmente.

6. Cada teste deve ter um mínimo de 200 plantas, dispostas em fileiras com no mínimo 10 metros de comprimento, divididas em duas ou mais repetições, com densidade de plantio de 5 plantas por metro linear.

7. A menos que seja indicado outro modo, as observações devem ser feitas em 60 plantas ou partes de cada uma das 60 plantas.

8. Para a avaliação de homogeneidade, devem ser levadas em consideração todas as plantas do ensaio, sendo que a tolerância máxima de plantas atípicas é de 1% da população com 95% de probabilidade de ocorrência. No caso de uma amostra com 200 plantas serão permitidas, no máximo, 3 plantas atípicas. A metodologia de plantas atípicas deverá ser aplicada apenas a características qualitativas e pseudo-qualitativas. No caso das características quantitativas, deverão ser aplicados métodos estatísticos apropriados ou utilizadas cultivares exemplo para efeito de comparação.

9. O tamanho das parcelas deverá possibilitar que plantas, ou suas partes, possam ser removidas para avaliações sem que isso prejudique as observações que venham a ser feitas até o final do ciclo de crescimento.

10. Para a descrição da cultivar as avaliações deverão ser realizadas nas plantas com as expressões típicas, sendo desconsideradas aquelas com expressões atípicas.

11. Testes adicionais para a avaliação de características relevantes poderão ser estabelecidos.

IV LEGENDAS

(+): Ver item "OBSERVAÇÕES E FIGURAS".

MG, MI, VG, VI: Ver item III, 5

V - CARACTERÍSTICAS AGRUPADORAS

1. Para a escolha das cultivares similares a serem plantadas no ensaio de DHE, utilizar as características agrupadoras.

2. Características agrupadoras são aquelas nas quais os níveis de expressão observados, mesmo quando obtidos em diferentes locais, podem ser usados para a organização do ensaio de DHE, individualmente ou em conjunto com outras características, de forma que cultivares similares sejam plantadas agrupadas.

3. As seguintes características são consideradas úteis como características agrupadoras:

1. Bainha foliar: coloração antocianínica

3. Bainha foliar: densidade da pilosidade da margem

17. Planta: ciclo do plantio à emergência da inflorescência

24. Inflorescência: forma do colar de ráquis oposta nos ramos laterais inferiores

VI. INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO

1. Ver formulário da Internet

2. Para solicitação de proteção de cultivar, o interessado deverá apresentar, além deste, os demais formulários disponibilizados pelo Serviço Nacional de Proteção de Cultivares.

3. Todas as páginas deverão ser rubricadas pelo Representante Legal e pelo Responsável Técnico.

VII TABELA DE DESCRITORES DE Poa pratensis L..

Nome proposto para a cultivar:

Característica Identificação da característica Código de cada descrição 
1. Bainha foliar: coloração antocianínica (+) PQ VGausente presente1 2
2. Bainha foliar: intensidade da coloração antocianínica QN VGfraca médiaforte3 57
3. Bainha foliar: pilosidade da margem (+) QL VGausente presente1 2
4. Bainha foliar: densidade da pilosidade da margem (+) QN VGesparsa médiadensa3 57
5. Bainha foliar: pêlos em ambos os lados logo abaixo da lâmina de folha (+) QL VGausente presente1 2
6. Bainha foliar: densidade dos pêlos em ambos os lados logo abaixo da lâmina de folha (+) QN VG esparsa médiadensa3 57
7. Bainha foliar: pêlos da lígula (+) QL VGausente presente1 2
8. Bainha foliar: comprimento dos pêlos da lígula (+) QN VGcurto médiolongo3 57
9. Folha: franja de pêlos na margem da base QL VGausente presente1 2
10. Folha: densidade da franja de pêlos na margem da base (+) QN VGesparsa médiadensa3 57
11. Folha: pêlos na face superior QL VGausente presente1 2
12. Folha: densidade dos pêlos na face superior (+) QN VGesparsa médiadensa3 57
13. Planta: hábito de crescimento (+) PQ VGereto semi-eretointermediáriosemi-prostradoprostrado1 2345
14. Folha: intensidade da cor da verde (+) PQ VGclara médiaescura3 57
15. Folha: largura (+) QN MIestreita médialarga3 57
16. Folha: amarelecimento invernal (+) QN VGausente ou muito fraco fracomédiofortemuito forte1 3579
17. Planta: ciclo do plantio à emergência da inflorescência (+) QN MGprecoce médiotardio3 57
18. Folha bandeira: comprimento (+) QN MIcurto médiolongo3 57
19. Folha bandeira: largura (+) QN MIestreita médialarga3 57
20. Colmo: comprimento da haste mais longa (+) QN MIcurto médiolongo3 57
21. Colmo: comprimento do entrenó superior (+) QN MIcurto médiolongo3 57
22. Inflorescência: coloração antocianínica (+) PQ VGfraca médiaforte3 57
23. Inflorescência: forma da ráquis oposta nos ramos laterais inferiores (+) PQ VIreta curvada1 2
24. Inflorescência: forma do colar da ráquis oposta nos ramos laterais inferiores (+) PQ VIfechada aberta1 2
25. Inflorescência: porte das ramificações laterais inferiores (+) PQ VIereto horizontaldecumbente3 5
7

VIII. OBSERVAÇÕES E FIGURAS

1.Ver formulário da internet.