Ato SNPC nº 3 de 11/10/2007
Norma Federal - Publicado no DO em 17 out 2007
Divulga os descritores que especifica para fins de abertura de pedidos de proteção de cultivares para a espécie kiwi (Actinidia Lindl) pelo Serviço Nacional de Proteção de Cultivares.
Em cumprimento ao disposto no § 2º, do art. 4º, da Lei nº 9.456, de 25 de abril de 1997, e no inciso III, do art. 3º, do Decreto nº 2.366, de 5 de novembro de 1997, e o que consta do Processo nº 21000.008761/2007-64, o Serviço Nacional de Proteção de Cultivares divulga, para fins de abertura de pedidos de proteção de cultivares para a espécie kiwi (Actinidia Lindl), os descritores definidos na forma do Anexo I. O formulário estará disponível aos interessados pela Internet no endereço http://www.agricultura.gov.br - Serviços>Cultivares> Proteção> Formulários.
DANIELA DE MORAES AVIANI
Coordenadora
ANEXO IINSTRUÇÕES PARA EXECUÇÃO DOS ENSAIOS DE DISTINGUIBILIDADE, HOMOGENEIDADE E ESTABILIDADE DE CULTIVARES DE KIWI (ACTINIDIA LINDL.)
I. OBJETIVO
Estas instruções visam estabelecer diretrizes para as avaliações de distingüibilidade, homogeneidade e estabilidade (DHE), a fim de uniformizar o procedimento técnico de comprovação de que a cultivar apresentada é distinta de outra(s) cujos descritores sejam conhecidos, é homogênea quanto às suas características dentro de uma mesma geração e é estável quanto à repetição das mesmas características ao longo de gerações sucessivas. Aplicam-se principalmente às cultivares de multiplicação vegetativa de kiwi, mas também poderão ser aplicadas a todas as cultivares femininas, masculinas e hermafroditas de multiplicação vegetativa do gênero (Actinidia Lindl.).
Para solicitação de proteção de cultivar, o interessado deverá apresentar, além deste, os demais formulários disponibilizados pelo Serviço Nacional de Proteção de Cultivares. Todas as páginas destas instruções devem ser rubricadas pelo Representante Legal e pelo Responsável Técnico.
II. AMOSTRA VIVA
1. Para atender ao disposto no art. 22 e seu parágrafo único da Lei nº 9.456 de 25 de abril de 1997, o requerente do pedido de proteção obrigar-se-á a manter, à disposição do SNPC, pelo menos 3 plantas da cultivar objeto de proteção como amostras vivas.
2. O material deve apresentar boas condições sanitárias, e não estar afetado por doenças ou pragas significativas.
3. A amostra deverá ser disponibilizada ao SNPC após a obtenção do Certificado de Proteção. Entretanto, sempre que durante a análise do pedido for necessária a apresentação da amostra para confirmação de informações, o solicitante deverá disponibilizá-la.
III. EXECUÇÃO DOS ENSAIOS DE DISTINGUIBILIDADE, HOMOGENEIDADE E ESTABILIDADE - DHE
1. As plantas não poderão ter sofrido nenhum tipo de tratamento que possa influenciar na manifestação de características da cultivar que sejam relevantes para o exame de DHE, a menos que autorizado ou recomendado pelo SNPC. Em caso de tratamento já realizado, o mesmo deve ser informado com detalhes ao SNPC.
2. Os ensaios deverão ser conduzidos em um único local. Caso neste local não seja possível a visualização de todas as características da cultivar, a mesma poderá ser avaliada em um local adicional.
3. Os ensaios deverão ser conduzidos em condições que assegurem o desenvolvimento normal das plantas.
4. Os ensaios deverão ser realizados por, no mínimo dois períodos de frutificação satisfatórios. Caso a Distinguibilidade e a Homogeneidade não possam ser comprovadas neste período, os testes deverão ser estendidos por mais um período.
5. O tamanho das parcelas deverá possibilitar que plantas, ou suas partes, possam ser removidas para avaliações sem que isso prejudique as observações que venham a ser feitas até o final do ciclo de crescimento. Para cada avaliação deverão ser amostradas, no mínimo, 5 plantas ou partes de 5 plantas. Podem ser usadas parcelas separadas para avaliações desde que estejam em condições ambientais similares.
6. A forma, o tamanho e a pilosidade das folhas podem apresentar grandes diferenças de acordo com o tipo e o vigor do ramo em que se encontram. A menos que se indique o contrário, as avaliações devem ser feitas em ramos do ano, ou seja, os que serão amarrados e mantidos para a floração da estação seguinte.
7. A menos que se indique o contrário, todas as observações de ramo do ano ou jovem devem ser feitas no período de desenvolvimento vegetativo ativo, em entrenós situados entre 10 e 20 centímetros a partir da extremidade dos ramos em desenvolvimento.
8. Todas as avaliações na haste (incluídas as observações da gema de inverno e do suporte da gema) se efetuarão no terço médio da haste brotada depois da queda das folhas.
9. Todas as avaliações de folha deverão ser efetuadas na metade da estação em curso, em folhas suficientemente adultas, mas não velhas. Deverão ser excluídas as folhas mais basais de um ramo e ou que não tenham conseguido desenvolvimento completo nem uma forma típica.
10. Todas as observações sobre presença ou ausência de coloração antociânica em órgãos vegetativos devem ser feitas considerando o aspecto geral do órgão, independente de presença de pigmentação vermelha na pilosidade ou na epiderme subjacente.
11. Todas as observações sobre a flor devem ser efetuadas em flores terminais (king), abertas recentemente.
12. A menos que se indique o contrário, todas as observações sobre o fruto deverão ser efetuadas na maturação de colheita.
13. As observações das características internas do fruto deverão ser efetuadas na maturação de consumo.
14. Testes adicionais para a avaliação de características relevantes poderão ser estabelecidos.
15. Para a verificação da Homogeneidade a tolerância máxima de plantas atípicas é de 1% da população com 95% de probabilidade de ocorrência. No caso de amostra com 5 plantas, será permitido, no máximo, uma planta atípica.
IV. INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO DA TABELA DE DESCRITORES
1. Vide formulário na Internet.
2. Todas as páginas deverão ser rubricadas pelo Representante Legal e pelo Responsável Técnico.
V. TABELA DE DESCRITORES DE KIWI (Actinidia Lindl.)
Nome proposto para a cultivar:
Característica | Identificação da característica | Código de cada descrição |
1. Planta: sexo (*) | fêmea | 1 |
macho | 2 | |
hermafrodita | 3 | |
2. Somente cultivares hermafroditas: Planta: autofecundação | ausente | 1 |
presente | 2 | |
3. Planta: vigor | fraco | 3 |
médio | 5 | |
forte | 7 | |
muito forte | 9 | |
4. Ramo jovem (broto): pilosidade (*) | ausente | 1 |
presente | 2 | |
5. Ramo jovem (broto): densidade de pêlos (*) | esparsa | 3 |
média | 5 | |
densa | 7 | |
6. Ramo jovem (broto): tipo de pilosidade (+) | pubescente | 1 |
aveludada | 2 | |
tomentosa | 3 | |
hirsuta | 4 | |
eriçada | 5 | |
híspida | 6 | |
7. Ramo jovem (broto): coloração antociânica no ápice em crescimento (*) | ausente ou muito fraca | 1 |
fraca | 3 | |
média | 5 | |
forte | 7 | |
8. Ramo: coloração no lado ensolarado (*) | branco acinzentado | 1 |
branco esverdeado | 2 | |
marrom acinzentado | 3 | |
marrom amarelado | 4 | |
marrom claro | 5 | |
marrom avermelhado | 6 | |
marrom arroxeado | 7 | |
marrom escuro | 8 | |
9. Ramo: rugosidade da casca | suave | 3 |
médio | 5 | |
áspero | 7 | |
10. Ramo: pilosidade | ausente | 1 |
presente | 2 | |
11. Ramo: tamanho das lenticelas (*) | muito pequena | 1 |
pequena | 3 | |
média | 5 | |
grande | 7 | |
12. Ramo: número de lenticelas (*) | baixo | 3 |
médio | 5 | |
alto | 7 | |
13. Ramo: coloração das lenticelas (*) | esbranquiçadas | 1 |
amareladas | 2 | |
amarronzadas | 3 | |
14. Ramo: tamanho do suporte da gema (*) (+) | pequeno | 3 |
pequeno a médio | 4 | |
médio | 5 | |
médio a grande | 6 | |
grande | 7 | |
15. Ramo: presença de opérculo (cobertura) na gema (*) (+) | ausente | 1 |
presente | 9 | |
16. Ramo: tamanho do orifício do opérculo da gema (*) (+) | pequeno | 3 |
médio | 5 | |
grande | 7 | |
17. Ramo: cicatriz da folha (*) (+) | plana | 1 |
pouco profunda | 3 | |
profunda | 5 | |
18. Lâmina foliar: forma (*) (+) | lanceolada | 1 |
oval | 2 | |
ovalada larga | 3 | |
ovalada muito larga | 4 | |
oboval larga | 5 | |
oboval muito larga | 6 | |
19. Lâmina foliar: forma do ápice (*) (+) | caudada | 1 |
acuminada | 2 | |
aguda | 3 | |
arredondada | 4 | |
retusa | 5 | |
emarginada | 6 | |
20. Lâmina foliar: disposição dos lóbulos basais (+) | afastados | 1 |
levemente afastados | 2 | |
tangentes | 3 | |
levemente sobrepostos | 4 | |
muito sobrepostos | 5 | |
21. Lâmina foliar: pêlos na face superior | ausente ou muito esparso | 1 |
esparso | 3 | |
médio | 5 | |
denso | 7 | |
22. Lâmina foliar: pêlos na face inferior | ausente ou muito esparso | 1 |
esparso | ||
médio | 5 | |
denso | 7 | |
23. Lâmina foliar: coloração verde da face superior (*) | clara | 3 |
média | 5 | |
escura | 7 | |
24. Lâmina foliar: coloração da face inferior (*) | esbranquiçada | 1 |
verde clara | 2 | |
verde médio | 3 | |
verde amarelado | 4 | |
marrom amarelado | 5 | |
25. Pecíolo: coloração antociânica da face superior | ausente ou muito fraca | 1 |
fraca | 1 | |
média | 5 | |
forte | 5 | |
26. Inflorescência: número predominante de flores | 1 | 1 |
2-5 | 2 | |
6-10 | 3 | |
>10 | 4 | |
27. Pedúnculo floral: comprimento (*) (+) | curto | 1 |
médio | 3 | |
longo | 5 | |
muito longo | 7 | |
28. Flor: número de sépalas | 2 ou 3 | 1 |
4 ou 5 | 2 | |
> 5 | 3 | |
29. Sépala: coloração predominante (*) | branca | 1 |
verde | 2 | |
marrom | 3 | |
marrom avermelhada | 4 | |
30. Flor: diâmetro (*) | pequeno | 1 |
médio | 3 | |
grande | 5 | |
muito grande | 7 | |
31. Flor: arranjo das pétalas (vistas de baixo) (*) (+) | separadas | 1 |
tangentes | 2 | |
sobrepostas | 3 | |
32. Pétala: curvatura do ápice | ausente ou muito fracamente expressada | 1 |
fracamente expressada | 2 | |
fortemente expressada | 3 | |
33. Pétala: tipo de coloração (face adaxial)(*) | unicolor | 1 |
bicolor | 2 | |
34. Pétala: coloração principal na face adaxial (*) | branca | 1 |
branca esverdeada | 2 | |
branca amarelada | 3 | |
verde amarelada | 4 | |
amarela | 5 | |
laranja | 6 | |
rosa clara | 7 | |
rosa avermelhada | 8 | |
vermelha | 9 | |
35. Somente cultivares unicolores: Pétala: diferentes tonalidades de cor (*) | ausente | 1 |
presente | 2 | |
36. Somente cultivares unicolores: Pétala: distribuição de cor (*) | mais clara em direção à base mais | 1 |
clara em direção ao ápice | 2 | |
37. Somente cultivares bicolores: Pétala: coloração secundária | branca | 1 |
verde | 2 | |
laranja | 3 | |
rosa clara | 4 | |
rosa escura | 5 | |
38. Antera: coloração | amarela | 1 |
laranja amarelada | 2 | |
cinza | 3 | |
roxa escura | 4 | |
preta | 5 | |
39. Estiletes: número | baixo | 3 |
médio | 5 | |
alto | 7 | |
40. Estiletes: porte (*) | ereto | 1 |
semi-ereto | 2 | |
horizontal | 3 | |
ambos (eretos e horizontais) | 4 | |
41. Fruto: tamanho (*) | pequeno | 1 |
médio | 3 | |
grande | 5 | |
muito grande | 7 | |
42. Fruto: forma geral (*) (+) | elipsóide | 1 |
oblonga | 2 | |
ovóide | 3 | |
obovóide | 4 | |
esférica | 5 | |
oblata | 6 | |
43. Fruto: forma na seção transversal (mediana) (*) (+) | circular | 1 |
oblata | 2 | |
transversa elíptica | 3 | |
44. Fruto: forma geral da extremidade estilar (*) (+) | profundamente deprimida | 1 |
levemente deprimida | 2 | |
achatada | 3 | |
arredondada | 4 | |
levemente protuberante | ||
truncada | 5 | |
fortemente protuberante | ||
truncada | 6 | |
levemente protuberante pontiaguda | 7 | |
fortemente protuberante pontiaguda | 8 | |
45. Fruto: presença de anel no cálice (+) | ausente ou muito fracamente expressada | 1 |
fracamente expressada | 2 | |
fortemente expressada | 3 | |
46. Fruto: forma do ombro na extremidade peduncular (*) (+) | quadrada | 1 |
arredondada | 2 | |
inclinada | 3 | |
47. Fruto: comprimento do pedúnculo | curto | 3 |
médio | 5 | |
longo | 7 | |
48. Fruto: persistência das sépalas | ausente | 1 |
presente | 2 | |
49. Fruto: coloração da epiderme (*) | verde claro | 1 |
verde médio | 2 | |
verde avermelhado | 3 | |
marrom esverdeado | 4 | |
marrom amarelado | 5 | |
marrom | ||
avermelhado | 6 | |
marrom médio | 7 | |
marrom escuro | 8 | |
50. Fruto: pilosidade da epiderme (*) | ausente | 1 |
presente | 2 | |
51. Fruto: densidade dos pêlos (*) | muito esparsa | 1 |
esparsa | 3 | |
média | 5 | |
densa | 7 | |
52. Fruto: tipo de pilosidade (*) (+) | pubescente | 1 |
aveludada | 2 | |
tomentosa | 3 | |
hirsuta | 4 | |
eriçada | 5 | |
híspida | 6 | |
53. Fruto: distribuição dos pêlos (*) | uniforme | 1 |
principalmente na extremidade estilar | 2 | |
54. Fruto: coloração dos pêlos | branca | 1 |
amarela | 2 | |
marrom amarelada | 3 | |
marrom avermelhada | 4 | |
marrom média | 5 | |
marrom escura | 6 | |
55. Fruto: aderência dos pêlos à epiderme (quando esfregados) (*) | fraca | 3 |
média | 5 | |
forte | 7 | |
56. Fruto: coloração da epiderme na maturação (ponto de consumo) (*) | verde claro | 1 |
verde médio | 2 | |
verde avermelhado | 3 | |
amarelo | 4 | |
amarelo alaranjado | 5 | |
laranja | 6 | |
marrom esverdeado | 7 | |
marrom avermelhado | 8 | |
marrom claro | 9 | |
marrom | 10 | |
marrom escuro vermelho | 11 | |
arroxeado | 12 | |
57. Fruto: coloração do pericarpo externo (*) (+) | verde claro | 1 |
verde médio | 2 | |
verde escuro | 3 | |
amarelo esverdeado | 4 | |
amarelo médio | 5 | |
amarelo escuro | 6 | |
laranja amarelado | 7 | |
laranja | 8 | |
vermelho | 9 | |
roxo avermelhado | 10 | |
58. Fruto: coloração do pericarpo interno (lóculos) (*)(+) | verde claro | 1 |
verde médio | 2 | |
verde escuro | 3 | |
amarelo esverdeado | 4 | |
amarelo médio | 5 | |
amarelo escuro | 6 | |
laranja amarelado | 7 | |
laranja | 8 | |
vermelho | 9 | |
roxo avermelhado | 10 | |
59. Fruto: diâmetro do miolo (columela) relativo ao fruto (*) (+) | pequeno | 1 |
pequeno a médio | 3 | |
médio | 5 | |
médio a grande | 7 | |
grande | 9 | |
60. Fruto: forma geral do miolo (columela) na seção transversal (*) (+) | circular | 1 |
oblata | 2 | |
transversa elíptica | 3 | |
61. Fruto: caneluras no miolo (columela) na seção transversal | ausente | 1 |
presente | 2 | |
62. Fruto: coloração do miolo (*) (+) | branco | 1 |
branco esverdeado | 2 | |
branco amarelado | 3 | |
laranja | 4 | |
roxo avermelhado | 5 | |
63. Fruto: doçura | muito baixa | 1 |
baixa | 3 | |
média | 5 | |
alta | 7 | |
64. Fruto: acidez | baixa | 3 |
média | 5 | |
alta | 7 | |
65. Época de emergência da gema vegetativa (*) | precoce | 3 |
média | 5 | |
tardia | 7 | |
66. Época de início da floração (*) | precoce | 3 |
média | 5 | |
tardia | 7 | |
67. Época de maturação de colheita (*) | precoce | 3 |
média | 5 | |
tardia | 7 |
(+) Ver item "Observações" e "Figuras".
VI. OBSERVAÇÕES E FIGURAS
As observações e figuras farão parte do formulário na Internet.
VII. CULTIVARES SEMELHANTES À CULTIVAR APRESENTADA
Para efeito de diferenciação, são comparadas à cultivar apresentada, uma ou mais cultivares semelhantes, indicando:
a) a (s) denominação (ções) da (s) cultivar (es);
b) a (s) característica (s) que a (s) diferencia (m) da cultivar apresentada;
c) os diferentes níveis de expressão da (s) característica (s) utilizada (s) para diferenciação