Portaria CGZA nº 380 de 11/12/2009
Norma Federal - Publicado no DO em 14 dez 2009
Aprova o Zoneamento Agrícola para a cultura de trigo sequeiro no Estado do Paraná, safra 2009/2010.
Notas:
1) Revogada pela Portaria CGZA nº 79, de 30.03.2010, DOU 31.03.2010.
2) Assim dispunha a Portaria revogada:
"O Coordenador-Geral de Zoneamento Agropecuário, no uso de suas atribuições e competências estabelecidas pelas Portarias nº 440, de 24 de outubro de 2005, publicada no Diário Oficial da União de 25 de outubro de 2005, e nº 17, de 6 de janeiro de 2006, publicada no Diário Oficial da União de 9 de janeiro de 2006, e observado, no que couber, o contido nas Instruções Normativas nº 2, de 9 de outubro de 2008, nº 3 de 14 de outubro de 2008 e nº 4, de 30 de março de 2009, da Secretaria de Política Agrícola, publicadas, respectivamente, no Diário Oficial da União de 13 de outubro de 2008, de 15 de outubro de 2008 e de 31 de março de 2009,
Resolve:
Art. 1º Aprovar o Zoneamento Agrícola para a cultura de trigo sequeiro no Estado do Paraná, safra 2009/2010, conforme anexo.
Art. 2º Esta Portaria tem vigência especifica para a safra definida no art. 1º e entra em vigor na data de sua publicação.
GUSTAVO BRACALE
ANEXO
1. NOTA TÉCNICA
O trigo (Triticum aestivum L.) é sensível às geadas na fase de espigamento, quando temperaturas abaixo de -2ºC podem provocar danos à cultura, ao contrário da fase vegetativa, quando as plantas resistem até -8ºC. Deficiência hídrica na fase de espigamento/formação dos grãos e excesso de chuvas na colheita também são fatores de risco importantes.
Objetivou-se, com o zoneamento agrícola, identificar as áreas aptas e os períodos de plantio com menor risco climático para o cultivo de trigo em condições de sequeiro no Estado do Paraná.
Para a identificação das áreas e dos períodos de semeadura mais adequados, foram analisadas séries históricas de estações meteorológicas com a utilização das seguintes condicionantes:
a) Risco de geadas no espigamento: calculadas as probabilidades de ocorrência de geadas com temperaturas mínimas de abrigo inferiores a 3ºC por decêndio, as quais foram correlacionadas com altitude e latitude, obtendo-se regressões lineares múltiplas para cada decêndio;
b) Excesso de chuvas na colheita: consideradas perdas na colheita a partir de precipitações superiores a 50 mm nos últimos 5 dias do ciclo, sendo pelo menos 3 dias com chuvas. No período recomendado para semeadura, com base em experimentos conduzidos no Estado do Paraná, foram estimadas as durações do ciclo para plantios efetuados a cada 10 dias e observados os riscos climáticos na fase de colheita. Os valores obtidos foram utilizados para espacialização dos riscos para cada época de semeadura; e
c) Deficiência hídrica: utilizou-se um modelo de balanço hídrico adaptado à cultura de trigo para estimativa das necessidades hídricas. A evapotranspiração de referência (ET0) foi estimada com os dados meteorológicos, através da equação de Penman-Monteith. A capacidade de água disponível (CAD) dos solos foi determinada em condições de campo, para o solo predominante na área representativa de cada estação. Com base na retenção de água, os solos foram classificados em três grupos com: 7, 10 e 12% de água disponível.
No modelo de balanço hídrico, considerou-se uma profundidade inicial de 20 cm, a qual evoluiu linearmente até o máximo crescimento vegetativo. Utilizou-se a CAD inicial de 14, 20 e 24 mm e a final de 42, 60 e 72 mm, conforme a característica do solo preponderante. Considerou-se que a partir do ponto em que se esgota 45% da CAD as plantas apresentam déficit hídrico. Partindo-se do início do período de semeadura, foram simulados os balanços hídricos para todo o ciclo da cultura. As freqüências de deficiência hídrica nos períodos de estabelecimento da cultura e entre o pré-florescimento e o enchimento de grãos foram utilizadas como critérios para caracterizar os riscos devidos a este fator.
As cultivares foram classificadas em três grupos de características homogêneas: Grupo I (n