Resolução DC/ANVISA nº 205 de 14/11/2006
Norma Federal - Publicado no DO em 17 nov 2006
Aprova o "Regulamento Técnico sobre Enzimas e Preparações Enzimáticas para Uso na Produção de Alimentos Destinados ao Consumo Humano".
(Revogado pela Resolução ANVISA/DC Nº 54 DE 07/10/2014):
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere o inciso IV do art. 11 do Regulamento aprovado pelo Decreto nº 3.029, de 16 de abril de 1999, e tendo em vista o disposto no inciso II e nos §§ 1º e 3º do art. 54 do Regimento Interno aprovado nos termos do Anexo I da Portaria nº 354 da ANVISA, de 11 de agosto de 2006, republicada no DOU de 21 de agosto de 2006, em reunião realizada em 6 de novembro de 2006, e
Considerando a necessidade de constante aperfeiçoamento das ações de controle sanitário na área de alimentos visando à proteção da saúde da população;
Considerando que é indispensável o estabelecimento de Regulamentos Técnicos que dispõem sobre o uso de aditivos e coadjuvantes de tecnologia em alimentos, com vistas a minimizar os riscos à saúde humana;
Considerando que os aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia aprovados ficam sujeitos à revisão periódica, podendo o seu emprego ser proibido desde que nova concepção científica ou tecnológica modifique convicção anterior quanto à sua inocuidade ou aos seus limites de tolerância;
Considerando que antes de ser autorizado o uso de uma substância em alimentos, esta foi submetida a uma adequada avaliação toxicológica, em que foram considerados, dentre outros aspectos, quaisquer efeitos cumulativo, sinérgico e de proteção decorrente de seu uso;
Considerando que os aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia devem ser utilizados sob condições específicas e ao menor nível para alcançar o efeito desejado;
Considerando o resultado da consolidação da Consulta Pública/ANVISA nº 93, de 21.12.2005 (DOU de 22.12.2005).
Considerando que a CTNBio - Comissão Técnica Nacional de Biossegurança classificou as enzimas, proteínas heterólogas, aminoácidos e vitaminas produzidas por organismos geneticamente modificados como substâncias quimicamente definidas (§ 2º do art. 3º da Lei nº 11.105/05), ou seja, não se submetem à apreciação da CTNBio, desde que se apresentem purificadas, sem formas viáveis dos organismos que as produziram e, ainda, sem traços de material genético (ácidos nucléicos);
adota a seguinte Resolução da Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente, determino a sua publicação:
Art. 1º Aprovar o "Regulamento Técnico sobre Enzimas e Preparações Enzimáticas para Uso na Produção de Alimentos Destinados ao Consumo Humano", constante do Anexo desta Resolução.
Art. 2º O descumprimento desta Resolução constitui infração sanitária, sujeitando os infratores às penalidades previstas na Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, e demais disposições aplicáveis.
Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário, especialmente a Resolução CNNPA nº 14, publicada no DOU de 28.06.1972; Resolução CNNPA nº 30, publicada no DOU de 07.03.1975; Resolução CNNPA nº 24/76, publicada no DOU de 09.05.1977, e o Anexo: Enzimas de Origem Animal e Vegetal, publicado no DOU de 09.11.1977; a Portaria DETEN/MS nº 241, de 22 de maio de 1996, publicada no DOU de 28.05.1996; e a Resolução RDC nº 348, de 2 de dezembro de 2003, publicada no DOU de 03.12.2003.
Art. 4º Esta Resolução de Diretoria Colegiada entra em vigor na data de sua publicação.
DIRCEU RAPOSO DE MELLO
ANEXO
REGULAMENTO TÉCNICO SOBRE ENZIMAS E PREPARAÇÕES ENZIMÁTICAS PARA USO NA PRODUÇÃO DE ALIMENTOS DESTINADOS AO CONSUMO HUMANO
1 ALCANCE
1.1 Objetivo
Este Regulamento tem como objetivo estabelecer a relação nominal e as respectivas fontes de enzimas e preparações enzimáticas permitidas para a fabricação de alimentos, constantes do Anexo I, bem como as condições gerais de uso e os critérios de atualização.
1.2 Âmbito de aplicação
O presente Regulamento se aplica às enzimas e preparações enzimáticas utilizadas na fabricação de alimentos.
2. DESCRIÇÃO
2.1 DEFINIÇÃO
Para efeito deste Regulamento adotam-se as seguintes definições:
2.1.1 Alimento: é toda substância que se ingere no estado natural, semi-elaborada ou elaborada, destinada ao consumo humano, incluídas as bebidas e qualquer outra substância utilizada em sua elaboração, preparo ou tratamento, excluídos os cosméticos, o tabaco e as substâncias utilizadas unicamente como medicamentos.
2.1.2 Enzimas: são proteínas capazes de catalisar reações bioquímicas, aumentando sua velocidade sem interferir no processo e resultando em alterações desejáveis nas características de um alimento durante o seu processamento.
2.1.3 Preparação enzimática: é a mistura de duas ou mais enzimas.
2.2. CLASSIFICAÇÃO
2.2.1. Quanto à origem:
2.2.1.1 Animal: são enzimas extraídas de órgãos ou produtos animais.
2.2.1.2 Vegetal: são enzimas extraídas de vegetais (ex.: papaína extraída do mamão papaia, bromelina extraída do abacaxi).
2.2.1.3 Microbiana: são enzimas produzidas por meio de uma fermentação por bactérias, fungos ou leveduras.
2.3 DESIGNAÇÃO
As enzimas e preparações enzimáticas serão designadas segundo a sua atividade principal, conforme Anexo I, e sua classificação de acordo com o item 2.2.1.
2.3.1. No caso de enzimas e preparações enzimáticas que contenham enzima de origem microbiana, deve constar o nome do microrganismo que deu origem à enzima.
3. REFERÊNCIAS
3.1 BRASIL. Decreto-Lei nº 986, de 12.10.1969. Institui Normas Básicas sobre Alimentos.
3.2 BRASIL. Lei nº 6437, de 24 de agosto de 1977. Configura infrações à legislação sanitária federal, estabelece as sanções respectivas, e dá providências.
3.3 BRASIL. Decreto nº 50.040, de 24.01.1961. Dispõe sobre as Normas Técnicas Especiais Reguladoras do emprego de aditivos químicos a alimentos.
3.4 BRASIL. Decreto nº 55.871, de 26.03.1965. Modifica o Decreto nº 50.040, de 24 de janeiro de 1961, referente a normas reguladoras do emprego de aditivos para alimentos, alterado pelo Decreto nº 691, de 13 de março de 1962.
3.5 BRASIL. Portaria SVS/MS nº 540, de 27.10.1997. Aprova o Regulamento Técnico: Aditivos Alimentares e Coadjuvantes de Tecnologia de Fabricação.
3.6 BRASIL. Lei nº 11.105, de 24.03.2005. Regulamenta os incisos II, IV e V do § 1º do art. 225 da Constituição Federal, estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização de atividades que envolvam organismos geneticamente modificados - OGM - e seus derivados, cria o Conselho Nacional de Biossegurança - CNBS, reestrutura a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança - CTNBio, dispõe sobre a Política Nacional de Biossegurança - PNB, revoga a Lei nº 8.974, de 5 de janeiro de 1995, e a Medida Provisória nº 2.191-9, de 23 de agosto de 2001, e os arts. 5º, 6º, 7º, 8º, 9º, 10º e 16º da Lei nº 10.814, de 15 de dezembro de 2003, e dá outras providências.
3.7 BRASIL. Resolução RDC nº 259 de 20.09.2002. Aprova o Regulamento Técnico sobre Rotulagem de Alimentos Embalados.
3.8 BRASIL. Resolução RDC nº 278 de 22.09.2005. Aprova as Categorias de Alimentos e Embalagens Dispensados e com Obrigatoriedade de Registro.
3.9 EU-SCF. European Scientific Committee on Food - Guidelines for the presentation of data on food enzymes, 1991.
3.10 FCC. Food Chemicals Codex. Food and Nutrition Board - Institute of Medicine National Academy of Science. 4ª Edição 1996.
3.11 IUB. International Union of Biochemistry (IUB, Biochemical Nomenclature and Related documents, 1978, The Biochemical Society).
3.12 IUPAC. Nomenclature of Inorganic Chemistry (Recommendations 1990), 1990, Blackwell Scientific Publications.) (IUPAC, Nomenclature of Organic Chemistry (Sections A, B, C, D, E, F, and H, 1979 Edition), 1979, Pergamon Press).
3.13 JAPÃO. Guidelines for Designation of Food Additives and for Revision of Standards for Use of Food Additives - Food Sanitation Law, Articles 6 and 7, Ministry of Health and Welfare, 1999.
3.14 JECFA, FAO/OMS. General Specifications for Enzyme Preparations Used in Food Processing (GUIDE TO SPECIFICATION - General notices, General analytical techniques, Identification tests, Test solutions and other reference materials).
3.15 NC-IUBMB. Nomenclature Committee of the International Union of Biochemistry and Molecular Biology.
4. REQUISITOS MÍNIMOS
4.1 O emprego de enzimas e preparações enzimáticas na fabricação de um alimento está condicionado à sua necessidade tecnológica.
4.2 Para efeito de fiscalização, o importador ou fabricante deve dispor de documentos que comprovem o atendimento aos seguintes requisitos:
4.2.1 A empresa deve manter cadastro interno e controle da composição da enzima ou preparação enzimática, faixa de atividade enzimática e método analítico empregado para o seu controle.
4.2.2 Os tecidos animais utilizados na obtenção da enzima devem ser obtidos em estabelecimentos licenciados para esse fim e obtidos de acordo com as Boas Práticas de Fabricação.
4.2.3 As células vegetais e os meios de culturas para os microrganismos não devem ceder contaminantes ao produto acabado em níveis que possam torná-lo nocivo à saúde.
4.2.4 As enzimas de origem microbiana devem ser obtidas por métodos e condições que garantam a fermentação controlada e impeçam a introdução de microrganismos capazes de originar substâncias tóxicas ou indesejáveis.
4.2.5 As enzimas produzidas por microrganismos geneticamente modificados devem ser purificadas, sem formas viáveis dos organismos que as produziram e, ainda, sem traços de material genético (ácidos nucléicos).
4.2.6 Todos os processos que se realizarem no Brasil (pesquisa, produção, purificação e descarte dos subprodutos dos microrganismos geneticamente modificados) que antecederem a obtenção do produto final estão sujeitos às normas legais preconizadas na Lei nº 11.105/05.
4.2.7 As enzimas devem obedecer aos requisitos de identidade e pureza e às demais especificações, sendo reconhecidas como referências:
JECFA - Joint FAO/WHO Expert Committee on Food Additives
FCC - Food Chemicals Codex
FDA - Food and Drug Administration
IUB - International Union of Biochemistry
4.2.8 Não devem ser utilizados microorganismos patogênicos na produção de enzimas e preparações enzimáticas.
4.2.9 As enzimas e preparações enzimáticas não devem contribuir para aumentar a contagem microbiana total do alimento tratado, e não podem exceder o limite de contaminação microbiana fixado para o mesmo alimento. Caso a enzima ou preparação enzimática seja destinada à fabricação de mais de um alimento, deve ser atendido o padrão microbiológico mais restritivo.
5. FORMAS DE APRESENTAÇÃO
As enzimas e as preparações enzimáticas podem ser apresentadas sob forma sólida, pastosa ou líquida.
6. SUBSTÂNCIAS PERMITIDAS NA ELABORAÇÃO DE ENZIMAS E PREPARAÇÕES ENZIMÁTICAS
Os veículos - diluentes e solventes - autorizados na elaboração de enzimas e preparações enzimáticas constam do Anexo II da presente Resolução. Ingredientes permitidos para os alimentos aos quais se destinam as enzimas e preparações enzimáticas podem ser também utilizados como veículos.
7. ADITIVOS
As enzimas e preparações enzimáticas poderão ser adicionadas de aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia permitidos para os alimentos aos quais se destinam, constantes em Regulamentos Técnicos específicos.
8. CONTAMINANTES
As enzimas e preparações enzimáticas devem atender aos Regulamentos Técnicos específicos de contaminantes.
9. HIGIENE
As enzimas e preparações enzimáticas devem atender aos Regulamentos Técnicos específicos de higiene, características macroscópicas e microscópicas, quando houver, e outras legislações pertinentes.
10. ROTULAGEM
A rotulagem de enzimas e preparações enzimáticas deve apresentar, obrigatoriamente, as seguintes informações:
- Denominação da enzima (de acordo com o item 2.3)
- Lista de ingredientes
- Conteúdos líquidos
- Identificação da origem
- Nome ou razão social e endereço do fabricante ou do importador
- Identificação do lote
- Prazo de validade
- Instruções sobre preparo e uso, quando necessário
- A (s) finalidade (s) da enzima ou da preparação enzimática
- No caso de preparações enzimáticas, as enzimas da sua composição
11. DISPOSIÇÕES GERAIS
11.1 Cabe à empresa responsável pelo produto, comunicar imediatamente à ANVISA qualquer informação adicional que implique a reavaliação de risco e segurança de uso do produto, bem como em mudanças taxonômicas das enzimas e ou microrganismos.
11.2 Quando uma enzima não estiver contemplada no Anexo I deste Regulamento Técnico, o interessado (importador ou fabricante) deverá proceder ao pedido de sua inclusão. Para tal, será necessário apresentar documentação à ANVISA que comprove o atendimento a todos os critérios estabelecidos no presente Regulamento.
ANEXO I
ENZIMAS PERMITIDAS PARA USO EM ALIMENTOS DESTINADOS AO CONSUMO HUMANO, CONFORME A SUA ORIGEM
- ENZIMAS DE ORIGEM ANIMAL
Nome da Enzima ou Complexo | Fonte(s) | |
Alfa-amilase | Pâncreas suíno e bovino | |
Catalase | Fígado de cavalo ou bovino | |
Quimosina | Abomaso de bezerro e caprino | |
Lactoperoxidadese | Leite bovino | |
Lípase | Abomaso e glândula salivar de bovino, suíno, caprino e ovino | |
Estômago bovino | ||
Pâncreas suíno e bovino | ||
Lisozima | Clara de ovo | |
Pepsina bovina | Abomaso (4ª parte do estômago) | |
Pepsina suína | Mucosa vermelha (como mucosa gástrica) | |
Pepsina ave | Proventicum de frango | |
Fosfolipase A2 | Pâncreas suíno | |
Fosfolipase A2 | Pâncreas suíno expresso em Aspergillus niger | |
Pancreatina | Pâncreas suíno e bovino | |
Proteases - coalho complexo | Abomaso de ruminantes | |
Tripsina ou quimotripsina |
|
- ENZIMAS DE ORIGEM VEGETAL
Nome da Enzima ou Complexo | Fonte(s) |
Alfa-amilase | Malte, cereais e leguminosas maltadas |
Beta-amilase | Malte, cereais e leguminosas maltadas |
Batata doce (Ipomoea batatas) | |
Bromelina | Caule, folhas e frutos da família Bromeliaceae (Ananas sativus e Ananas comosus) |
Coagulase vegetal | Cardo Cynara cardunculus |
Figo Ficus carica | |
Ficina | Caules, folhas e frutos da família Ficus (Ficus glabrata e Ficus carica) |
Lipoxigenase | Farinha de soja |
Papaína | Caule, folhas e frutos de plantas da família Carica (Carica papaya e Ananas bracteatus) |
Peroxidase | Raiz forte, farinha de soja, farinha de trigo |
- ENZIMAS DE ORIGEM MICROBIANA
Nome da Enzima ou Complexo | Fonte(s) |
Alfa-acetolactato decarboxilase | Bacillus brevis expresso em Bacillus subtilis |
Alfa-amilase | Aspergillus niger |
Aspergillus oryzae | |
Bacillus licheniformis | |
Bacillus licheniformis expresso em Bacillus licheniformis | |
Bacillus licheniformis e Bacillus amyloliquefaciens expresso em Bacillus licheniformis | |
Bacillus megaterium expresso em Bacillus subtilis | |
Bacillus stearothermophilus | |
Bacillus stearothermophilus expresso em Bacillus licheniformis | |
Bacillus stearothermophilus expresso em Bacillus subtilis | |
Bacillus subtilis | |
Rhizopus delemar | |
Rhizopus oryzae | |
Thermoccocales expresso em Pseudomonas fluorecens | |
Alfa-galactosidase | Aspergillus niger |
Mortierella vinacea | |
Saccharomyces carlsbergensis | |
Amilase maltogênica | Bacillus stearothermophilus expresso em Bacillus subtilis |
Amiloglucosidase ou glucoamilase | Aspergillus awamori |
Aspergillus niger | |
Aspergillus niger expresso em Aspergillus niger | |
Aspergillus oryzae | |
Rhizopus arrhizus | |
Rhizopus delemar | |
Rhizopus niveus | |
Rhizopus orizae | |
Talaromyces emersonii expresso em Aspergillus niger | |
Trichoderma reesei | |
Aminopeptidase leucina | Lactococcus lactis |
Arabinofuranosidase | Aspergillus niger |
Asparaginase | Aspergillus oryzae expresso em Aspergillus oryzae |
Beta-amilase | Bacillus cereus |
Bacillus megaterium | |
Bacillus subtilis | |
Beta-glucanase | Aspergillus aculeatus |
Aspergillus niger | |
Bacillus subtilis | |
Disporotrichum dimorphosphorum | |
Humicola insolens | |
Penicillium emersonii | |
Talaromyces emersonii | |
Trichoderma harzianum | |
Trichoderma longibrachiatum | |
Trichoderma reesei | |
Beta-glucosidase ou celobiose | Aspergillus niger |
Trichoderma harzianum | |
Trichoderma reesei | |
Catalase | Aspergillus niger |
Micrococcus lysodeicticus | |
Celulase | Aspergillus niger |
Aspergillus oryzae | |
Penicillium funiculosum | |
Rhizopus delemar | |
Rhizopus oryzae | |
Sporotrichum dimorphosporum | |
Thielavia terrestris | |
Trichoderma longibrachiatum | |
Trichoderma reesei | |
Dextranase | Bacillus subtilis |
Chaetomium erraticum | |
Chaetomium gracile | |
Klebsiella aerogenes | |
Penicillium funiculosum | |
Penicillium lilacinum | |
Esterase | Aspergillus niger |
Mucor miehei | |
Trichoderma reesei | |
Fitase | Aspergillus niger |
Fosfolipase A1 | Fusarium venenatum expresso em Aspergillus oryzae |
Fosfolipase A2 | Streptomyces violaceoruber |
Fosfolipase C | Pichia pastoris |
Glucose isomerase ou xilose isomerase | Actinoplanes missourienses |
Bacillus coagulans | |
Microbacterium arborensens | |
Streptomyces albus | |
Streptomyces murinus | |
Streptomyces olivaceus | |
Streptomyces olivochromogenes | |
Streptomyces rubiginosus | |
Streptomyces violaceoniger | |
Glucose-oxidase | Aspergillus niger |
Aspergillus niger expresso em Aspergillus niger | |
Aspergillus niger expresso em Aspergillus oryzae | |
Penicillium amagasakiense | |
Hemicelulase | Aspergillus niger |
Aspergillus oryzae | |
Bacillus subtilis | |
Rhizopus delemar | |
Rhizopus oryzae | |
Sporotrichum dimorphosporum | |
Trichoderma reesei | |
Hexose oxidase | Chondrus crispus expresso em Hansenula polymorpha |
Inulinase | Aspergillus niger |
Kluyveromyces fragilis | |
Sporotrichum dimorphosporum | |
Invertase ou beta-frutofuranosidase | Aspergillus niger |
Bacillus subtilis | |
Kluyveromyces fragilis | |
Saccharomyces carlsbergensis | |
Saccharomyces cerevisiae | |
Lacase | Myceliophthora thermophila expresso em Aspergillus oryzae |
Lactase ou beta-galactosidase | Aspergillus niger |
Aspergillus oryzae | |
Candida pseudotropicalis | |
Kluyveromyces fragilis | |
Kluyveromyces lactis | |
Kluyveromyces marxianus | |
Saccharomyces sp | |
Lipase | Aspergillus niger |
Aspergillus oryzae | |
Brevibacterium lineus | |
Candida antarctica expresso em Aspergillus niger | |
Candida lipolytica | |
Candida rugosa | |
Fusarium oxysporum expresso em Aspergillus oryzae | |
Humicola lanuginosa expresso em Aspergillus oryzae | |
Mucor javanicus | |
Mucor pusillus | |
Penicillium camembertii | |
Rhizomucor miehei | |
Rhizopus arrhizus | |
Rhizopus delemar | |
Rhizomucor miehei expresso em Aspergillus oryzae | |
Rhizopus nigrican | |
Rhizopus niveus | |
Thermomyces lanuginosus expresso em Aspergillus oryzae | |
Thermomyces lanuginosus e Fusarium oxysporum expresso em Aspergillus oryzae | |
Maltase ou alfa-glucosidase | Aspergillus niger |
Aspergillus oryzae | |
Rhizopus oryzae | |
Trichoderma reesei | |
Nitrato redutase | Micrococcus violagabriella |
Pectina esterase | Aspergillus aculeatus ou Aspergillus niger expresso em Aspergillus oryzae |
Aspergillus niger | |
Aspergillus niger expresso em Aspergillus niger | |
Pectinaliase | Aspergillus aculeatus ou Aspergillus niger expresso em Aspergillus niger |
Aspergillus niger | |
Aspergillus niger expresso em Trichoderma reesei | |
Pectinase | Aspergillus awamori |
Aspergillus foetidus | |
Aspergillus niger | |
Aspergillus oryzae | |
Penicillium simplicissium | |
Rhizopus oryzae | |
Trichoderma reesei | |
Poligalacturonase | Aspergillus niger |
Aspergillus niger expresso em Aspergillus niger | |
Protease | Aspergillus melleus |
Aspergillus niger | |
Aspergillus niger expresso em Aspergillus niger | |
Aspergillus oryzae | |
Bacillus amyloliquefaciens expresso em Bacillus amyloliquefaciens | |
Bacillus cereus | |
Bacillus licheniformis | |
Bacillus subtilis | |
Endothia parasitica | |
Lactobacillus casei | |
Micrococcus caseolyticus | |
Mucor pusillus | |
Rhizomucor miehei | |
Rhizomucor miehei expresso em Aspergillus oryzae | |
Streptomyces fradiae | |
Pululanase | Bacillus acidopullulyticus |
Bacillus acidopullulyticus expresso em Bacillus subtilis | |
Bacillus deramificans expresso em Bacillus licheniformis | |
Bacillus deramificans expresso em Bacillus subtilis | |
Bacillus naganoensis expresso em Bacillus subtilis | |
Bacillus subtilis | |
Klebsiella aerogenes | |
Klebsiella pneumoniae | |
Quimosina | Aspergillus niger var. awamori |
Escherichia coli K-12 contendo gene de Proquimosina A | |
Kluyveromyces lactis contendo gene de Proquimosina B | |
Renina | Bacillus cereus |
Endothia parasitica | |
Rhizomucor miehei | |
Rhizomucor pusillus | |
Tanase | Aspergillus niger |
Aspergillus oryzae | |
Transglutaminase | Streptoverticillium mobaraense |
Streptomyces mobaraense | |
Xilanase | Aspergillus aculeatus ou Aspergillus niger expresso em Aspergillus oryzae |
Aspergillus niger | |
Aspergillus niger expresso em Aspergillus niger | |
Bacillus subtilis expresso em Bacillus subtilis | |
Humicola insolens | |
Sporotrichum dimorphosporum | |
Thermomyces lanuginosus expresso em Aspergillus oryzae | |
Thermomyces lanuginosus expresso em Fusarium venenatum | |
Trichoderma reesei |
(Redação dada ao Anexo pela Resolução DC/ANVISA nº 26, de 26.05.2009, DOU 27.05.2009)
Nota: Redação Anterior:"ANEXO I
ENZIMAS PERMITIDAS PARA USO EM ALIMENTOS DESTINADOS AO CONSUMO HUMANO, CONFORME A SUA ORIGEM
- ENZIMAS DE ORIGEM ANIMAL
Nome da Enzima ou Complexo Fonte (s)
Alfa-amilase Pâncreas de suíno e bovino
Catalase Fígado de cavalo ou bovino
Quimosina Abomaso de bezerro e caprino
Lactoperoxidadese Leite bovino
Lípase Abomaso e glândula salivar de bovino, suíno, caprino e ovino
Estômago bovino
Pâncreas de suíno e bovino
Lisozima Clara de ovo
Pepsina bovina Abomaso (4ª parte do estômago)
Pepsina suína Mucosa vermelha (como mucosa gástrica)
Pepsina ave proventicum de frango
Fosfolipase A2 Pâncreas de suínos
Pancreatina Pâncreas de suíno e bovino
Proteases - coalho complexo Abomaso de ruminantes
Tripsina (ou quimotripsina) Pâncreas de suíno e bovino
ENZIMAS DE ORIGEM VEGETAL
Nome da Enzima ou Complexo Fonte (s)
Alfa-amilase Malte, cereais e leguminosas maltadas
Beta-amilase Malte, cereais e leguminosas maltadas
Batata doce (Ipomoea batatas)
Bromelina Caule, folhas e frutos da família Bromeliaceae (Ananas sativus e Ananas comosus)
Coagulase vegetal Cardo Cynara cardunculus
Figo Ficus carica
Ficina Caules, folhas e frutos da família Ficus (Ficus glabrata e Ficus carica)
Lipoxigenase Farinha de soja
Papaína Caule, folhas e frutos de plantas da família Carica (Carica papaya e Ananas bracteatus)
Peroxidase Raiz forte, farinha de soja, farinha de trigo
ENZIMAS DE ORIGEM MICROBIANA
Nome da Enzima ou Complexo Fonte (s)
Alfa-acetolactato decarboxilase Bacillus brevis expresso em Bacillus subtilis
Alfa-amilase Aspergillus niger
Aspergillus oryzae
Bacillus licheniformis
Bacillus licheniformis expresso em Bacillus licheniformis
Bacillus licheniformis e Bacillus
amyloliquefaciens expresso em Bacillus licheniformis
Bacillus megaterium expresso em
Bacillus subtilis
Bacillus stearothermophilus
Bacillus stearothermophilus
expresso em Bacillus licheniformis
Bacillus stearothermophilus expresso em Bacillus subtilis
Bacillus subtilis
Pseudomonas fluorescens
Rhizopus delemar
Rhizopus oryzae
Alfa-galactosidase Aspergillus niger
Mortierella vinacea
Saccharomyces carlsbergensis
Amilase maltogênica Bacillus stearothermophilus expresso em Bacillus subtilis
Amiloglucosidase ou glucoamilas Aspergillus awamori
Aspergillus niger
Aspergillus niger expresso em
Aspergillus niger
Aspergillus oryzae
Rhizopus arrhizus
Rhizopus delemar
Rhizopus niveus
Rhizopus orizae
Trichoderma reesei
Aminopeptidase leucina Lactococcus lactis
Arabinofuranosidase Aspergillus niger
Beta-amilase Bacillus cereus
Bacillus megaterium
Bacillus subtilis
Beta-glucanase Aspergillus aculeatus
Aspergillus niger
Bacillus subtilis
Disporotrichum dimorphosphorum
Humicola insolens
Penicillium emersonii
Talaromyces emersonii
Trichoderma harzianum
Trichoderma longibrachiatum
Trichoderma reesei
Beta-glucosidase (ou celobiose) Aspergillus niger
Trichoderma harzianum
Trichoderma reesei
Catalase Aspergillus niger
Micrococcus lysodeicticus
Celulase Aspergillus niger
Aspergillus oryzae
Penicillium funiculosum
Rhizopus delemar
Rhizopus oryzae
Sporotrichum dimorphosporum
Thielavia terrestris
Trichoderma longibrachiatum
Trichoderma reesei
Dextranase Bacillus subtilis
Chaetomium erraticum
Chaetomium gracile
Klebsiella aerogenes
Penicillium funiculosum
Penicillium lilacinum
Esterase Aspergillus niger
Mucor miehei
Trichoderma reesei
Fitase Aspergillus niger
Fosfolipase A1 Fusarium venenatum expresso em Aspergillus oryzae
Fosfolipase A2 Streptomyces violaceoruber
Glucose isomerase (ou xilose isomerase) Actinoplanes missourienses
Bacillus coagulans
Microbacterium arborensens
Streptomyces albus
Streptomyces murinus
Streptomyces olivaceus
Streptomyces olivochromogenes
Streptomyces rubiginosus
Streptomyces violaceoniger
Glucose-oxidase Aspergillus niger
Aspergillus niger expresso em Aspergillus niger
Aspergillus niger expresso em Aspergillus oryzae
Penicillium amagasakiense
Hemicelulase Aspergillus niger
Aspergillus oryzae
Bacillus subtilis
Rhizopus delemar
Rhizopus oryzae
Sporotrichum dimorphosporum
Trichoderma reesei
Hexose oxidase Chondrus crispus expresso em Hansenula polymorpha
Inulinase Aspergillus niger
Kluyveromyces fragilis
Sporotrichum dimorphosporum
Invertase (ou beta-frutofuranosidase) Aspergillus niger
Bacillus subtilis
Kluyveromyces fragilis
Saccharomyces carlsbergensis
Saccharomyces cerevisiae
Lacase Myceliophthora thermophila expresso em Aspergillus oryzae
Lactase (ou beta-galactosidase) Aspergillus niger
Aspergillus oryzae
Candida pseudotropicalis
Kluyveromyces fragilis
Kluyveromyces lactis
Kluyveromyces marxianus
Saccharomyces sp
Lípase Aspergillus niger
Aspergillus oryzae
Brevibacterium lineus
Candida antarctica expresso em Aspergillus niger
Candida lipolytica
Candida rugosa
Fusarium oxysporum expresso em Aspergillus oryzae
Humicola lanuginosa expresso em Aspergillus oryzae
Mucor javanicus
Mucor pusillus
Penicillium camembertii
Rhizomucor miehei
Rhizopus arrhizus
Rhizopus delemar
Rhizopus nigrican
Rhizopus niveus
Thermomyces lanuginosus expresso em Aspergillus oryzae
Thermomyces lanuginosus e
Fusarium oxysporum expresso em Aspergillus oryzae
Maltase (ou alfa-glucosidase) Aspergillus niger
Aspergillus oryzae
Rhizopus oryzae
Trichoderma reesei
Nitrato redutase Micrococcus violagabriella
Pectina esterase Aspergillus niger
Pectinaliase Aspergillus niger
Aspergillus niger expresso em Trichoderma reesei
Pectinase Aspergillus awamori
Aspergillus foetidus
Aspergillus niger
Aspergillus oryzae
Penicillium simplicissium
Rhizopus oryzae
Trichoderma reesei
Poligalacturonase Aspergillus niger
Protease Aspergillus melleus
Aspergillus niger
Aspergillus oryzae
Bacillus cereus
Bacillus licheniformis
Bacillus subtilis
Endothia parasítica
Lactobacillus casei
Micrococcus caseolyticus
Mucor pusillus
Rhizomucor miehei
Rhizomucor miehei expresso em Aspergillus oryzae
Streptomyces fradiae
Pululanase Bacillus acidopullulyticus
Bacillus deramificans expresso em Bacillus licheniformis
Bacillus naganoensis expresso em
Bacillus subtilis
Bacillus subtilis
Klebsiella aerogenes
Klebsiella pneumoniae
Quimosina Aspergillus niger var. awamori
Escherichia coli K-12 contendo gene de Proquimosina A
Kluyveromyces lactis contendo gene de Proquimosina B
Renina Bacillus cereus
Endothia parasítica
Rhizomucor miehei
Rhizomucor pusillus
Tanase Aspergillus niger
Aspergillus oryzae
Transglutaminase Streptoverticillium mobaraense
Streptomyces mobaraense
Xilanase Aspergillus niger
Bacillus subtilis expresso em Bacillus subtilis
Humicola insolens
Sporotrichum dimorphosporum
Thermomyces lanuginosus
expresso em Fusarium venenatum
Trichoderma reesei "
ANEXO II
LISTA DE VEÍCULOS PERMITIDOS PARA ELABORAÇÃO DE ENZIMAS E PREPARAÇÕES ENZIMÁTICAS
- Água
- Amido
- Amido modificado
- Carbonato de cálcio
- Caseinato de sódio
- Cloreto de sódio
- Dextrinas
- Dextrose
- Farinha de cereais
- Farinha de leguminosas
- Fécula de mandioca
- Fibra vegetal
- Gelatina
- Glucose
- Glúten
- Hidrolisado de Caseína
- Lactose
- Maltodextrina
- Óleos Vegetais
- Proteína hidrolisada de leguminosas
- Proteína isolada de leguminosas
- Proteínas lácteas
- Sacarose
- Soro de leite em pó