Lei nº 10310 DE 16/09/2015
Norma Estadual - Maranhão - Publicado no DOE em 17 set 2015
Estabelece as diretrizes para Programa Estadual de Conscientização, Uso Racional e Economia de Energia Elétrica.
O Governador do Estado do Maranhão,
Faço saber a todos os seus habitantes que a Assembleia Legislativa do Estado decretou e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º Esta Lei estabelece as diretrizes para elaboração do Programa de Conscientização, Uso Racional e Economia de Energia Elétrica no Estado do Maranhão.
Art. 2º O objetivo do Programa Estadual de Conscientização, Uso Racional e Economia de Energia Elétrica é estabelecer bases para que o Estado do Maranhão desenvolva e instituía políticas regionais que promovam à conservação, uso racional e utilização de fontes alternativas, bem como a conscientização permanente dos usuários sobre a importância da economia de energia elétrica.
Parágrafo único. O Programa Estadual de Conscientização de Uso Racional e Economia de Energia Elétrica também poderá incentivar projetos de construção de edificações públicas e privados com uso de fontes alternativas de energia.
Art. 3º O Programa Estadual de Conscientização, Uso Racional e Economia de Energia Elétrica será elaborado com base nos seguintes fundamentos:
I - Atendimento à legislação e a justiça social;
II - Responsabilidade e proatividade;
III - Conservação da biodiversidade e dos recursos naturais;
IV - Eficiência e sustentabilidade econômica;
V - Utilização de tecnologias apropriadas;
VI - Transparência das ações;
VII - Estimulo ao controle social;
VIII - Segurança e qualidade;
IX - Gestão eficiente dos recursos naturais.
X - Fomento a uso racional dos recursos naturais.
XI - Combate a todas as formas de desperdício.
Art. 4º O Programa Estadual de Conscientização, Uso Racional e Economia de Energia Elétrica poderá conter, dentre outras, as seguintes ações:
I - Conservação e uso racional, entendido como o conjunto de ações que propiciam a economia e o combate ao desperdício quantitativo;
II - Incentivo a utilização de fontes alternativas, entendido como o conjunto de ações que possibilitam o uso de outras fontes de geração de calor ou energia elétrica;
III - Investimentos em obras e equipamentos que possam reduzir o consumo, entendido como a execução de obras que contemplem a eficiência energética e o acompanhamento diário do consumo de energia de itens como iluminação, condicionadores de ar, computadores e rede elétrica em geral nas construções públicas;
IV - Campanha permanente de conscientização, uso racional e economia de energia elétrica, bem como ao uso de fontes alternativas;
V - Incentivo e fortalecimento de cooperativas no desenvolvimento equipamentos e serviços que atendam as diretrizes do programa de desenvolvimento regional, territorial sustentável e economia solidária.
Art. 5º Os Projetos mencionados no parágrafo único do art. 2º poderão obedecer as seguintes normas técnicas:
I - Adoção de sistemas de energia que reduzam consumo e desperdício, optando por alternativas energéticas menos impactantes.
II - Implantação de técnicas e equipamentos que permitam a medição e o monitoramento do desempenho ambiental da edificação durante a execução da obra e na fase de ocupação;
III - Redução do uso de equipamentos de condicionamento de ar, ventilação e exaustão forçada, iluminação artificial, chuveiros e aquecedores elétricos, entre outros;
IV - Adoção de sistemas de aquecimento de água que considerem a disponibilidade local de sistemas a gás ou o aproveitamento da energia solar;
V - Incentivo ao uso de materiais e equipamentos com o selo PROCEL de eficiência energética principalmente àqueles os que emitem pouco calor para auxiliar na redução da carga térmica interior do ambiente;
VI - Adoção de sistemas de automação predial que contribuam com à eficiência energética, através da instalação de dímeros, controle de cenas, sensores de presença e detectores de falhas de energia.
VII - Escolha por equipamentos e acessórios com alto rendimento e baixo consumo (luminárias, motores, lâmpadas);
VIII - Realização de estudo luminotécnico e setorização do ambiente que demonstre a melhoria da eficiência energética.
Art. 6º O Poder Público disciplinará a participação de instituições públicas, privadas e à comunidade científica, nas discussões e apresentação de sugestões.
Art. 7º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Mando, portanto, a todas as autoridades a quem o conhecimento e a execução da presente Lei pertencerem que a cumpram e a façam cumprir tão inteiramente como nela se contém. O Excelentíssimo Senhor Secretário-Chefe da Casa Civil a faça publicar, imprimir e correr.
PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DO MARANHÃO, EM SÃO LUÍS, 16 DE SETEMBRO DE 2015, 194º DA INDEPENDÊNCIA E 127º DA REPÚBLICA.
FLÁVIO DINO
Governador do Estado do Maranhão
MARCELO TAVARES SILVA
Secretário-Chefe da Casa Civil