Instrução Normativa SDA nº 46 de 12/09/2006

Norma Federal - Publicado no DO em 14 set 2006

Aprova os Métodos Analíticos Oficiais para Análise de Substratos e Condicionadores de Solos.

Notas:

1) Revogada pela Instrução Normativa SDA nº 17, de 21.05.2007, DOU 24.05.2007.

2) Assim dispunha a Instrução Normativa revogada:

"O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso da atribuição que lhe confere o art. 9º combinado com o art. 42, do Anexo I, do Decreto nº 5.351, de 21 de janeiro de 2005, tendo em vista as disposições contidas no Decreto nº 4.954, de 14 de janeiro de 2004, que regulamenta a Lei nº 6.894, de 16 de dezembro de 1980 e na Instrução Normativa SARC nº 14, de 15 de dezembro de 2004, e o que consta do Processo nº 21000.001681/2006-05, resolve:

Art. 1º Aprovar os Métodos Analíticos Oficiais para Análise de Substratos e Condicionadores de Solos, na forma do Anexo à presente Instrução Normativa.

Art. 2º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

GABRIEL ALVES MACIEL

ANEXO

MÉTODOS PARA ANÁLISE DE SUBSTRATOS PARA PLANTAS E CONDICIONADORES DE SOLOS

1.Preparo das amostras para as análises físicas e químicas:

1.1. Preparação Inicial

Passar a totalidade da amostra, como recebida, pela peneira de malha 20 x 20 mm. Caso fique retida uma quantidade menor ou igual a 10%, deve-se proceder a redução física das partículas, em partes iguais e tantas vezes quantas forem necessárias, para que todo o material passe através da peneira.

Caso uma quantidade superior a 10% fique retida na peneira de 20 x 20 mm, os métodos para análise física são inadequados ao material e não devem ser utilizados.

1.2. Preparação da subamostra para análise de CTC

Deverá ser separada uma amostra de aproximadamente 10 g do material preparado conforme procedimento 1.1. A totalidade desta subamostra deverá passar por uma peneira de malha 0,5 x 0,5 mm.

1.3. Preparação da amostra de espuma fenólica As amostras de espuma fenólica serão constituídas por blocos padrão com 10x10 cm (largura e comprimento) e a altura original da placa.

1.Determinação da Umidade Atual

Para a determinação da umidade atual, deverá ser levada uma alíquota de 100g da amostra à estufa (65ºC ± 5,0ºC) até massa constante (cerca de 48 horas).

De forma semelhante, a determinação da umidade atual de espuma fenólica deverá ser realizada levando-se o bloco padrão à estufa (65ºC ± 5,0ºC) até massa constante.

Umidade Atual (%) = (Massa úmida - Massa seca) X 100

Massa úmida

3. Determinação da densidade

3.1. Substratos em geral e condicionadores de solos (Método da Auto-Compactação)

3.1.1. Equipamentos:

3.1.1.1. Proveta plástica transparente e graduada de 500 mL (270 mm de altura x 50 mm de diâmetro).

3.1.1.2. Suporte com barra de ferro com 2 (dois) anéis de 70 mm de diâmetro.

3.1.1.3. Balança analítica para 5000 g (intervalo de escala de 1 g).

3.1.1.4. Estufa de secagem.

3.1.1.5. Bandejas de alumínio.

3.1.1.6. Espátula.

3.1.2. Procedimentos:

A proveta plástica de 500 mL deverá ser preenchida até aproximadamente a marca de 300 mL com o substrato na umidade atual. Em seguida, esta proveta é deixada cair, sob a ação de sua própria massa, de uma altura de 10 cm, por 10 (dez) vezes consecutivas. Com auxílio da espátula nivela-se a superfície levemente e lê-se o volume obtido (mL). Em seguida, pesa-se o material (g) descontando a massa da proveta. O procedimento deverá ser repetido por três vezes com subamostras diferentes. Deverá ser expresso o valor da média das medições, em número inteiro.

D. úmida (kg m-3) = Massa úmida (g) x 1000 Volume (mL)

O valor da densidade seca (média de três amostras) é obtido aplicando-se a seguinte fórmula:

D. seca (kg m-3) = D. úmida (kg m-3) x Umidade atual (%) 100

3.2. Espuma Fenólica

A densidade da amostra de espuma fenólica deverá ser calculada diretamente pela relação entre a massa seca, determinada conforme item 2, e o volume calculado com base em suas dimensões exatas, aferidas por meio de régua. O procedimento deverá ser repetido por três vezes com amostras diferentes. Deverá ser expresso o valor da média das medições, em número inteiro.

D. seca (kg.m-3)= massa seca (kg) h x l x c

sendo:

h: altura (m)

l: largura (m)

c: comprimento (m)

4. Determinação da Capacidade de Retenção de Água a 10 cm (CRA10)

4.1. Substratos em geral e condicionadores de solos

Exprime a máxima quantidade de água retida por um substrato ou condicionador de solo, após saturação e cessada a drenagem, quando submetida à tensão de 10 cm de coluna de água ou 0,1kPa (10hPa).

4.1.1. Equipamentos:

4.1.1.1. Mesa de tensão;

4.1.1.2. Anéis/cilindros de alumínio, aço inoxidável, PVC ou outro material que suporte temperatura de 65ºC, com 1000 mm diâmetro interno x 500 mm de altura;

4.1.1.3. Tela confeccionada com tecido de voil ou semelhante;

4.1.1.4. Atilhos de borracha; e

4.1.1.5. Papel de filtro (250 g/cm²).

4.1.2. Procedimentos:

Os valores de retenção de água são obtidos pelo método da mesa de tensão, utilizando-se o seguinte procedimento:

Vedação do fundo dos anéis com tela presa por um atilho de borracha;

Pesagem destes anéis;

Preenchimento dos anéis com o substrato ou condicionador de solo. A massa do material a ser acrescentada deverá ser calculada de acordo com a seguinte fórmula:

M= ___V____

D. úmida

M= massa a ser acrescentada

V= volume interno do cilindro

D= densidade do material calculada de acordo com item 3.1.2.

Saturação dos cilindros, por 24 (vinte e quatro) horas, com uma lâmina de água localizada 0,5 cm abaixo da borda destes;

Colocação dos anéis sobre a mesa de tensão (coberta com papel filtro);

AJUSTE da tensão para 10 cm de coluna de água (0,1kPa ou 10hPa);

Permanência na mesa até atingir equilíbrio (cerca de 48 horas);

Aferição da massa (Massa 1) em g; e

Secagem das amostras em estufa a 65ºC (cerca de 48horas) até massa constante (Massa 2) em g.

A determinação da CRA10 é efetuada com o valor de umidade volumétrica obtida através do percentual de água retida na tensão de 10 cm de coluna de água. A análise deverá ser conduzida em triplicata, sendo expresso o valor médio.

CRA 10 (m3 m-3) = Massa 1 - Massa 2 Volume do anel

4.2. Espuma fenólica

4.2.1. Princípio

O volume de água retida à tensão de 10 cm de água será determinado gravimetricamente, pela drenagem natural do bloco padrão.

4.2.2. Procedimento

A amostra deverá ser saturada em água por 24 (vinte e quatro) horas e colocada em uma grade com a altura na vertical, para drenagem natural. Após cessada a drenagem visível o bloco deverá ser cuidadosamente transferido para uma cápsula de alumínio de massa previamente aferida (Massa 2, em g). O conjunto formado pela cápsula e a amostra deverá ser pesado, constituindo a Massa 1, em g e levado a secar em estufa à temperatura de 65ºC até massa constante. A análise deverá ser conduzida em triplicata, sendo expresso o valor médio em número inteiro.

CRA 10 (m3 m-3) = Massa 1 - Massa 2 Volume do bloco

5. Determinação de pH

5.1. Introdução

Método instrumental para a determinação em rotina do pH em uma suspensão de substratos para plantas

5.2. Princípio

Uma amostra é extraída com água a 25ºC em uma razão de extração de 1 +5 (v/v). O pH da suspensão é determinado usando medidor de pH.

5.3. Reagentes:

5.3.1. Água com condutividade