Instrução Normativa MAPA nº 36 de 18/06/2008

Norma Federal - Publicado no DO em 19 jun 2008

Aprova as Normas Técnicas Específicas para a Produção Integrada de Melão - NTEPIMelão.

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso da atribuição que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição, tendo em vista o disposto na Instrução Normativa nº 20, de 27 de setembro de 2001, e o que consta do Processo nº 21000.001731/2008-16, resolve:

Art. 1º Aprovar as Normas Técnicas Específicas para a Produção Integrada de Melão - NTEPIMelão, na forma do Anexo à presente Instrução Normativa.

Art. 2º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 3º Fica revogada a Instrução Normativa/SARC nº 13, de 1º de outubro de 2003.

REINHOLD STEPHANES

ANEXO

ÁREAS TEMÁTICAS ANEXO NORMAS TÉCNICAS ESPECÍFICAS PARA PRODUÇÃO INTEGRADA DE MELÃO
OBRIGATÓRIAS RECOMENDADAS PROIBIDAS  PERMITIDAS COM RESTRIÇÃO 
1. CAPACITAÇÃO  
1.1 Práticas agrícolas  Capacitação técnica contínua do(s) produtor(es) e do(s) técnico(s) responsável(is) pela(s)propriedade(s) em práticas agrícolas, conforme requisitos da Produção Integrada de Melão (PIMe), principalmente: operação e calibragem de equipamentos e de maquinários de aplicação de agrotóxicos e afins; identificação e manejo integrado de pragas e manejo de irrigação. Capacitação contínua de recursos humanos de apoio técnico.    
 A área atendida pelo técnico responsável será aquela definida pelas normativas do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia -CREA.    
 O técnico responsável deverá visitar a área atendida, pelo menos,uma vez a cada semana.    
 A carga horária total de capacitação teórica e prática em PI Melão deverá ser de no mínimo 40 horas.    
 Capacitação em módulos (exemplo: MIP, Manejo da irrigação, Boas Práticas Agrícolas etc.) deverá ser de no mínimo 8 horas incluindo parte prática. Reciclagem de técnicos e produtores em capacitação de PI melão deverá ocorrer sempre que inovações tecnológicas forem agregadas ao processo produtivo.    
1.2 Associativismo e gerenciamento   Capacitação técnica contínua em gerencia-mento da PIMe e organização associativa.   
  A carga horária total de capacitação teórica e prática em PI Melão deverá ser de no mínimo 40 horas.   
  Capacitação em módulos (exemplo: MIP, Manejo da irrigação, Boas Práticas Agrícolas etc.) deverá ser de no míni mo 8 horas incluindo prática.   
  Reciclagem de técnicos e produtores em capacitação de PI melão deverá ocorrer sempre que inovações tecnológicas forem agregadas ao processo produtivo.   
1.3 Comercialização   Capacitação técnica contínua em comercialização e marketing, conforme requisitos da PIMe. A carga horária total de capacitação teórica e prática em PI Melão deverá ser de no mínimo 40 horas. Capacitação em módulos (exemplo: MIP, Manejo da irrigação, Boas Práticas Agrícolas etc.) deverá ser de no mínimo 8 horas incluindo parte prática. Reciclagem de técnicos e produtores em capacitação de PI melão deverá ocorrer sempre que inovações tecnológicas forem agregadas ao processo produtivo.   
1.4 Processos de empacotadoras e segurança alimentar  Capacitação técnica contínua em práticas de profilaxia e controle fitossanitário pós-colheita e identificação de danos em frutos conforme funções desenvolvidas. Capacitação técnica contínua no monitoramento da contaminação química e microbiológica da água e do ambiente.   
 Capacitação técnica contínua em processos de empacotadoras e segurança dos alimentos, conforme a PIMe. Capacitação contínua em práticas de higiene pessoal e do ambiente. A carga horária total de capacitação teórica e prática em PI Melão deverá ser de no mínimo 40 horas.   
 A carga horária total de capacitação teórica e prática em PI Melão deverá ser de no mínimo 40 horas. Capacitação em módulos (exemplo: MIP, Manejo da irrigação, Boas Práticas Agrícolas etc.) deverá ser de no mínimo 8 horas incluindo parte prática   
 Capacitação em módulos (exemplo: MIP, Manejo da irrigação, Boas Práticas Agrícolas etc.) deverá ser de no mínimo 8 horas incluindo parte prática. Reciclagem de técnicos e produtor e sem capacitação de PI melão deverá ocorrer sempre que inovações tecnológicas forem agregadas ao processo produtivo.   
 Reciclagem de técnicos e produtores em capacitação de PI melão deverá ocorrer sempre que inovações tecnológicas forem agregadas ao processo produtivo. Capacitação contínua do(s) produtor(es) e do(s) responsável(is) técnico(s) em segurança do trabalho, com ênfase na prevenção de intoxicações e primeiros socorros   
1.5 Segurança no trabalho  Capacitação técnica contínua em segurança e saúde no trabalho - prevenção de acidentes.  A carga horária total de capacitação teórica e prática em PI Melão deverá ser de no mínimo 40 horas.   
 Capacitação contínua dos trabalhadores no manuseio de agrotóxicos, para utilização de Equipamento de Proteção Individual - EPI e para a observância dos preceitos da higiene pessoal. Capacitação em módulos (exemplo: MIP, Manejo da irrigação,Boas Práticas Agrícolas etc.)deverá ser de no mínimo 8 horas incluindo Parte prática   
 A carga horária total de capacitação teórica e prática em PI Melão deverá ser de no mínimo 40 horas. Reciclagem de técnicos e produtores em capacitação de PI melão deverá ocorrer sempre que inovações tecnológicas forem agregadas ao processo produtivo.   
 Capacitação em módulos (exemplo: MIP, Manejo da irrigação, Boas Práticas Agrícolas etc.) deverá ser de no mínimo 8 horas incluindo parte prática.    
 Reciclagem de técnicos e produtores em capacitação de PI melão deverá ocorrer sempre que inovações tecnológicas forem agregadas ao processo produtivo.    

ÁREAS TEMÁTICAS NORMAS TÉCNICAS ESPECÍFICAS PARA PRODUÇÃO INTEGRADA DE MELÃO 
OBRIGATÓRIAS RECOMENDADAS PROIBIDAS PERMITIDAS COM RESTRIÇÃO 
1. CAPACITAÇÃO  
1.6 Educação ambiental         
  Capacitação dos técnicos responsáveis em gestão dos recursos naturais (solo, água, flora e fauna), tríplice lavagem, recolhimento de embalagens vazias e proteção ambiental na área de produção agrícola       
  A carga horária total de capacitação teórica e prática em PI Melão deverá ser de no mínimo 40 horas.       
  Capacitação em módulos (exemplo: MIP, Manejo da irrigação, Boas Práticas Agrícolas etc.) deverá ser de no mínimo 8 horas incluindo parte prática.       
  Reciclagem de técnicos e produtores em capacitação de PI melão deverá ocorrer sempre que inovações tecnológicas forem agregadas ao processo produtivo       
2. ORGANIZAÇÃO DE PRODUTORES  
2.1 Sistemas de organização e integração dos produtores    Vinculação do produtor a uma entidade de classe ou a uma associação envolvida na PIMe.     
2.2 Definição do tamanho da pequena propriedade Considera-se pequeno produtor aquele que plantar área igual ou inferior a 100 ha por ano.       
3. RECURSOS NATURAIS  
3.1 Planejamento ambiental Organizar a atividade do sistema produtivo, de acordo com a legislação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente - Ibama, respeitando as funções ecológicas da região, de forma a promover o desenvolvimento sustentável, no contexto da PIMe, mediante a execução, controle e avaliação de planos dirigidos à prevenção, mitigação e/ou correção de problemas ambientais (solo, água, planta e homem) Realizar o diagnóstico ambiental para fins de implantação de sistema de gestão ambiental na empresa rural. Aplicar agrotóxicos, outras substâncias tóxicas ou qualquer sobra de produtos provenientes das operações de pulverizações, em áreas de preservação ambiental permanente   
    Utilizar áreas de quebra-vento entre as parcelas de produção.     
3.2 Processos de monitoramento ambiental Monitorar semestralmente, mediante análises das características físicas, químicas e biológicas das águas superficiais e subterrâneas relacionadas à qualidade para o consumo humano, de acordo com as normas e legislação vigente. Elaborar inventário em programas de valorização da fauna e da flora.     
  Monitorar anualmente as características físicas, químicas e biológicas da água de irrigação e pulverização, monitorar anualmente as características físicas e químicas do solo quanto à ocorrência de compactação, presença de sais, metais pesados e substâncias nitrogenadas.       
  Monitorar variações nas profundidades dos poços em áreas irrigadas com água subterrânea.       
ÁREAS TEMÁTICAS NORMAS TÉCNICAS ESPECÍFICAS PARA A PRODUÇÃO INTEGRADA DE MELÃO 
  OBRIGATÓRIAS RECOMENDADAS PROIBIDAS PERMITIDAS COM RESTRIÇÃO 
4. MATERIAL PROPAGATIVO  
4.1 Sementes e mudas Utilizar sementes/mudas de híbridos/variedades com registro de procedência credenciada e com certificado fitossanitário de origem, conforme a legislação vigente. Utilizar sementes/mudas de híbridos/variedades recomendadas para a região, conforme descrito nas publicações "Melão -Produção, Aspectos Técnicos", editada pela Embrapa Hortaliças (Série Frutas do Brasil, 33), "Adubação, Irrigação, Híbridos e Práticas Culturais para o Meloeiro no Nordeste", editada pela Embrapa Agroindústria Tropical (Circular Técnica, 14), ou em outras publicações que venham a ser oficializadas para a PIMe.     
  Considerar a tolerância e/ou resistência às principais pragas e doenças de importância econômica na região.       
5. IMPLANTAÇÃO DA CULTURA  
5.1 Época de plantio     Considerar as oportunidades de mercado e os fatores climáticos, evitando-se o excesso de chuvas que favorece a ocorrência de pragas e doenças e a obtenção de frutos de qualidade inferior.     
5.2 Definição da parcela  Área delimitada da propriedade, cultivada com um ou mais híbridos/variedades com a mesma data de plantio, que estejam submetidos aos mesmos tratos culturais e fitossanitários, de acordo com o preconizado pela PIMe.       
5.3 Localização   Observar a adequação das condições de aptidão edafoclimáticas para a cultura. Obter informações sobre o histórico da área que será plantada incluindo os riscos relacionados à segurança dos ali-mentos, saúde e bem-estar dos trabalhadores e meio ambiente. Registrar essas in-formações e adotar um plano de ação corretiva que também deve ser registrado.    

ÁREAS TEMÁTICASNORMAS TÉCNICAS ESPECÍFICAS PARA A PRODUÇÃO INTEGRADA DE MELÃO 
OBRIGATÓRIASRECOMENDADAS PROIBIDAS PERMITIDAS COM RESTRIÇÃO 
 
5.4 Sistema de plantio Adotar técnicas conservacionistas de uso do solo.  Adotar pousio com duração de um ano.    
Retirar da área plantas invasoras, principalmente da família das cucurbitáceas.  Utilizar rotação e/ou sucessão de culturas. Adotar a densidade adequada a cada genótipo, ao manejo, à produtividade e à qualidade de frutos para o mercado.    
Realizar a destruição ou incorporação dos restos culturais imediatamente após a colheita. Realizar o plantio de novas áreas considerando-se a localização das áreas mais velhas e a direção dos ventos.   
5.5 Polinização   Realizar manejo de colméias, de acordo com o híbrido/variedade de melão, considerando, principalmente, a quantidade por hectare, a programação de entrada e saída nas áreas e a alimentação, revisão e multiplicação das abelhas.    
5.6 Auditorias de campo Permitir auditorias nas áreas com, no mínimo, uma visita durante período de produção.      

ÁREAS TEMÁTICASNORMAS TÉCNICAS ESPECÍFICAS PARA A PRODUÇÃO INTEGRADA DE MELÃO 
OBRIGATÓRIAS RECOMENDADAS PROIBIDAS PERMITIDAS COM RESTRIÇÃO 
6. NUTRIÇÃO DE PLANTAS  
6.1 Correção e adubação do solo  Realizar, pelo menos a cada dois anos, análises completas de solo em laboratórios credenciados, utilizando os procedimentos de amostragem e de envio de amostras recomendadas.  Proceder ao fracionamento na aplicação de fertilizantes nitrogenados e potássios, mediante as recomendações técnicas.  Aplicar fertilizantes sem registro no MAPA. Aplicar nutrientes sem comprovada necessidade, de acordo com resultados de análise de solo e de tecido vegetal.    
  Utilizar adubos e corretivos registrados, conforme a legislação vigente. Utilizar adubação orgânica, levando-se em consideração a adição de nutrientes e os riscos de contaminação desses produtos.  Utilizar fertilizantes minerais e orgânicos com substâncias tóxicas, especial-mente com metais pesados, que possam provocar riscos de contaminação do solo e dos lençóis de água subterrâneos.    
    Usar esterco animal curtido ou composta do com restos vegetais. Utilizar esterco não curtido ou composta do de maneira inadequada ou contaminados.   
    Usar restos vegetais, composto e ver micomposto (húmusde minhoca) produzidos na propriedade ou em propriedades que pratiquem a PIMe.     
    Utilizar adubação foliar.      
    Adotar práticas culturais que evitem perda de nutrientes por lixiviação e por erosão.      
    Realizar análise de tecido vegetal em laboratórios credenciados.     
    Utilizar publicações recomendadas - "Melão - Produção, Aspectos Técnicos", editada pela Embrapa Hortaliças (Série Frutas do Brasil, 33),"Adubação, Irrigação,Híbridos e Práticas Culturais para o Meloeiro no Nordeste", editada pela Embrapa Agroindústria Tropical (Circular Técnica, 14), ou outras que venham a ser oficializadas para a PIMe.   
6.2 Armazenamento adequado de fertilizantes Armazenar, separadamente, fertilizantes orgânicos e inorgânicos das produções e de qualquer outro insumo usado na propriedade.      
7. MANEJO DO SOLO
7.1 Manejo de cobertura do solo Controlar processo de erosão e promover a melhoria das características biológicas do solo.  Obedecer às recomendações técnicas na adoção de práticas mecânicas de conservação do solo, conforme recomendado nas publicações "Melão - Produção, Aspectos Técnicos", editada pela Embrapa Hortaliças (Série Frutas do Brasil, 33) e "Adubação, Irrigação, Híbridos e Práticas Culturais para o Meloeiro no Nordeste",editado pela Embrapa Agroindústria Tropical(Circular Técnica, 14),ou outras que venham a ser oficializadas para a PIMe.    

ÁREAS TEMÁTICASNORMAS TÉCNICAS ESPECÍFICAS PARA A PRODUÇÃO INTEGRADA DE MELÃO 
OBRIGATÓRIAS RECOMENDADAS PROIBIDAS PERMITIDAS COM RESTRIÇÃO 
7.2 Controle de plantas invasoras  Realizar o manejo de plantas invasoras.  Priorizar o manejo integra do de plantas invasoras utilizando, entre outros, métodos mecânicos, culturais e cobertura com plástico no controle de plantas invasoras.    Utilizar herbicidas pós-emergentes apenas nas entrelinhas de plantio. 
  Utilizar herbicidas somente como complemento aos métodos culturais de controle, mediante receituário agronômico, conforme a legislação vigente Utilizar publicações recomendadas - "Melão -Produção, Aspectos Técnicos", editada pela Embrapa Hortaliças (Série Frutas do Brasil, 33), ou outras que venham a ser adotadas para fins de atualização das recomendações técnicas para melão.     
7.3 Condições do solo Realizar drenagem das áreas com excesso de umidade.  Avaliar e controlar a salinidade do solo dentro dos limites aceitáveis (no máximo 5 a 6 dS/mna solução do solo).   
8. IRRIGAÇÃO E DRENAGEM  
8.1 Manejo da irrigação  Manejar a irrigação a partir de dados climáticos ou sensores de solo e das fases de desenvolvimento da cultura.  Utilizar recomendações das publicações "Melão - Produção, Aspectos Técnicos",editada pela Embrapa Hortaliças (Série Frutas do Brasil, 33)e "Adubação, Irrigação, Híbridos e Práticas Culturais para o Meloeiro no Nordeste", editado pela Embrapa Agroindústria Tropical (Circular Técnica, 14), ou outras que venham a ser adotadas para fins de atualização das recomendações técnicas para a  cultura.Utilizar água com condutividade elétrica acima de 5,0 dS/m.  Utilizar sistema de irrigação por sulcos em solos de textura em solos de textura média a  argilosos, em áreas sistematizadas e drenadas.
  Realizar análise da água de irrigação por ocasião da elaboração do projeto de irrigação e drenagem. Utilizar sistema de irrigação por gotejamento e a técnica da fertirrigação.Usar injetores de fertilizantes que ofereçam riscos de contaminação da fonte hídrica.Utilizar água com condutividade elétrica entre 3 e 5,0 dS/m, em áreas com solos com boa drenagem, após período chuvoso com precipitação anual normal, desde que adotadas práticas para o controle da salinidade e em que sejam realizados, no máximo, dois cultivos por ano.
  Realizar análise da água de irrigação anualmente, para monitorar sua qualidade. Levar em consideração os poluentes microbianos, químicos e metais pesados. Avaliar a uniformidade de aplicação de água do sistema de irrigação antes do plantio, 22 dias após o plantio e no final do ciclo da cultura.    
Monitorar, anualmente, a condutividade elétrica e pH do solo. Utilizar os coeficientes de cultivos (kc) determinados pela pesquisa, localmente ou em regiões com condições climáticas semelhantes     
    Utilizar água de irrigação com condutividade elétrica abaixo de 3,0 dS/m.     
    Realizar o manejo da fertirrigação com pequenas quantidades de fertilizantes e altas freqüências de aplicação.     
    Priorizar para que as linhas laterais fiquem perpendiculares à maior declividade do terreno.     
    Parcelar a aplicação dos nutrientes, de acordo com as fases fenológicas da cultura.     

ÁREAS TEMÁTICAS NORMAS TÉCNICAS ESPECÍFICAS PARA A PRODUÇÃO INTEGRADA DE MELÃO 
OBRIGATÓRIAS RECOMENDADAS PROIBIDAS PERMITIDAS COM RESTRIÇÃO 
9. MANEJO DA PLANTA  
9.1 Técnicas de manejo     Adotar o manejo da parte aérea (condução de ramos, capação, desbrota, raleio de frutos e outros) e do fruto adequado a cada genótipo, observando a qualidade demandada pelo mercado, conforme recomendado nas publicações "Melão -Produção, Aspectos Técnicos",editado pela Embrapa Hortaliças (Série Frutas do Brasil, 33), "Adubação, Irrigação, Híbridos e Práticas Culturais para o Meloeiro no Nordeste", editada pela Embrapa Agroindústria Tropical (Circular Técnica, 14), ou outras que venham a ser oficializadas para a PIMe.     
10. PROTEÇÃO INTEGRADA DA PLANTA  
10.1 Manejo de pragas  A incidência de insetos deve ser regularmente avaliada e registrada por meio de monitoramento, tanto no campo como na empacotadora.  Realizar análise de solo e de material vegetal para avaliar a presença de nematóides e de fungos fitopatogênicos existentes na área. Utilizar as técnicas de prevenção e controle, conforme re-comenda do nas publicações "Melão-Fitossanidade", "Melão -Produção, Aspectos Técnicos",Cartilha de Manejo Integrado de Pragas do Meloeiro editadas pela Emprapa, ou outras que venham  a ser oficializadas para a PIMe.    
  Priorizar o uso de técnicas preconizadas no Manejo Integrado de Pragas (MIP),entre as quais o uso de métodos naturais e biológicos de controle. Realizar a destruição ou incorporação dos restos culturais, imediatamente  após acolheita.Implantar infra-estrutura necessária ao monitoramento das condições agro-climáticas, visando ao manejode pragas, realizando registro sistemático dos dados meteorológicos.     

ÁREAS TEMÁTICAS NORMAS TÉCNICAS ESPECÍFICAS PARA A PRODUÇÃO INTEGRADA DE MELÃO 
OBRIGATÓRIAS RECOMENDADAS PROIBIDAS PERMITIDAS COM RESTRIÇÃO 
10.2 Agrotóxicos  Utilizar as técnicas do manejo integrado para a tomada de decisão quanto à necessidade de aplicação de agrotóxicos.  Utilizar as informações geradas em Estações de Avisos, associados a os dados registrados na região, para orientar a tomada de decisão com relação ao emprego dos agrotóxicos.   
 Empregar, para o controle fitossanitário, somente produtos da Grade de Agrotóxicos registrados para a cultura do melão, mediante receituário agronômico, levando-se em conta o período de carência, os impactos ao ambiente e seguindo uma estratégia para evitar o aparecimento de resistência. Evitar aplicação de agrotóxicos com ventos fortes   
 Atualizar periodicamente a listagem de agrotóxicos, em razão da dinâmica com que se processam as alterações de registros junto ao MAPA . Utilizar recomendações conforme as publicações "Monitoramento de Pragas na Produção Integrada do Meloeiro", "Monitoramento de Doenças na ProduçãoIntegrada do Meloeiro" ,"Melão - Fitossanidade", "Melão - Produção, Aspectos Técnicos", Cartilha de Manejo Integrado de Pragas do Meloeiro, editadas pela EMBRAPA, ou outras que venham a ser adotadas para fins de atualização das recomendações técnicas para melão.   
10.3 Equipa-mentos de aplicação de agrotóxicos  Proceder à manutenção e à aferição periódica dos equipa-mentos, utilizando métodos e técnicas recomendadas pelos fabricantes e especialistas do setor  Priorizar os tratores ou outras máquinas equipadas com cabine de proteção do aplicador e dispositivo para a lavagem pressurizada de embalagens vazias de agrotóxicos.  Utilizar recursos humanos sem a devida capacitação.   
 Utilizar Equipamento de Proteção Individual -EPI, conforme o Manual de Prevenção de Acidentes no Trabalho com Agrotóxicos (manual da ANDEF) ou outras publicações que venham a ser adota- das para fins de atualização das recomendações técnicas para melão.    
10.4 Preparo e aplicação de agrotóxicos  Manipular e preparar agrotóxicos em locais específicos construídos para essa finalidade. Obedecer às recomendações técnicas sobre manipulação de agrotóxicos, conforme a legislação vigente Observar o pH da calda antes da pulverização, para aumentar a eficiência da aplicação dos agrotóxicos.  Aplicar produtos químicos sem o devido registro,conforme a legislação vigente.   
 Utilizar produtos em conformidade com as restrições definidas na Grade de Agrotóxicos registrados para a cultura do melão Analisar a água utilizada na pulverização quanto à contaminação com coliformes fecais e corrigir o problemas e existente. Proceder à manipulação e aplicação de agrotóxicos, colocando em risco a saúde humana e o meio ambiente  
 O excedente de aplicação de agrotóxicos e resíduos de lavagem de equipamentos devem ser eliminados Adequadamente.  Utilizar recursos humanos sem a devida capacitação técnica  
   Depositar resíduos de agrotóxicos elavar equipamentos contaminados em locais não permitidos (rios,riachos, açudes e lagos).   

ÁREAS TEMÁTICAS NORMAS TÉCNICAS ESPECÍFICAS PARA A PRODUÇÃO INTEGRADA DE MELÃO 
OBRIGATÓRIAS RECOMENDADAS PROIBIDAS PERMITIDAS COM RESTRIÇÃO 
10.5 Armazenamento e embalagens de agrotóxico se afins Armazenar produtos agrotóxicos em local adequado segundo a NR 31. Manter registro sistemático da movimentação de estoque de produtos químicos, para fins do processo de rastreabilidade. Encaminhar produtos vencidos a centros de destruição ou ao revendedor, ou mantê-los identificados e armazenados em local seguro. Utilizar os centros regionais para o recolhimento de embalagens vazias, procedendo à devolução das mesmas lavadas, conforme determina a legislação em vigor, em colaboração com os estabelecimentos revendedores de agrotóxicos. Reutilizar e descartar embalagens de agrotóxicos e afins, em condições não autorizadas. Armazenar agro-tóxicos sem observância das normas de segurança pertinentes a essa finalidade.  
 Fazer a tríplice lavagem, conforme o tipo de embalagem e, após a inutilização, encaminhar a casas de revenda e/ou centros regionais de recolhimento, de acordo com as normas e legislação vi gente.    
11. COLHEITA E PÓS-COLHEITA  
11.1 Técnicas de colheita  Atender os regula-mentos técnicos específicos de ponto de colheita de cada híbrido/variedade, de acordo com o mercado a que se destina. Proceder à pré-sele-ção dos frutos, conforme a especificidade de cada híbrido/variedade Manter ou processar frutos de produção integrada em conjunto com os de outros sistemas de produção ou outros produtos.  
 Proceder à higienização de equipamentos, embalagens, local de trabalho e de trabalhadores. Utilizar mais de um indicador de maturidade para a colheita do híbrido/variedade. Transportar frutos em caixas de campo ou carroções usados para outras finalidades.  
 Transportar os frutos colhidos para a empacotadora no mesmo dia da colheita. Realizar a lavagem de frutos para remover restos visíveis de terra, lama e resíduos de planta, ainda no campo.   
 Proteger das intempéries os frutos colhidos. Transportar os frutos para o galpão de embalagem, preferencialmente, em caixas de campo. Se o trans-porte de frutos for realizado diretamente em carroções, estes devem ser revestidos com material que amorteça impactos   
 Observar os prazos de carência estabelecidos para os agro-tóxicos aplicados durante o cultivo. Utilizar recomendações das publicações "Melão- Pós Colheita",editada pela Embrapa Agroindústria Tropical, "Melão -Aspectos Técnicos e Produção", editada pela Embrapa Hortaliças(Série Frutas do Brasil, 10 e 33, respectiva-mente), ou outras que venham a ser oficializadas para a PIMe.   
 Identificar o carrega-mento dos Carroções, com informação da área colhida, data, horário e responsável.    
 Implementar sistema de Boas Práticas Agrícolas( B PA ) .    

ÁREAS TEMÁTICAS NORMAS TÉCNICAS ESPECÍFICAS PARA A PRODUÇÃO INTEGRADA DE MELÃO 
OBRIGATÓRIAS RECOMENDADAS PROIBIDAS PERMITIDAS COM RESTRIÇÃO 
11.2 Técnicas de pós-colheita  Obedecer às técnicas de manejo, armazenamento, conservação e trata-mentos físicos, químicos e biológicos específicos para a cultura. Proceder à higienização de equipamentos, local de trabalho e de trabalhadores Implementar sistema de Análises de Perigo se Pontos Críticos de Controle (APPCC). Aplicar produtos químicos sem o devido registro, conforme legislação vigente. Tratamentos emergenciais/complementares para proteção de pragas, desde que autorizados por escrito pela Co-missão Técnica da PIMe. 
 Impedir o acesso de animais e realizar controle e monitoramento de pragas nas instalações da empacotadora. Utilizar recomendações descritas nas publicações "Melão - Pós Colheita", editado pela Embrapa Agroindústria Tropical, "Melão - Aspectos Técnicos e Manter frutas da produção integrada em conjunto com outros produtos.  
 A área de recepção dos frutos deve ser isolada da área de tratamento pós-colheita e de embalagem, e não deve haver circulação de pessoas, nem de materiais entre as áreas sem a devida higienização. Produção" editada pela Embrapa Hortaliças(Série Frutas do Brasil, 10 e 33, respectivamente),ou outras que venham a ser adotadas para fins de atualização das recomendações técnicas para a PIMe.   
 Embalar, no mesmo dia, os melões do grupo "Cantaloupesis" vindos do campo.    
 Monitorar a qualidade da água quanto à contaminação Química e biológica. Utilizar água potável,de acordo com os padrões nacionais.    
 Localizar a empacotadora distante no mínimo 300 metros de áreas de armazenamento de esterco e de locais de confinamento de animais    

ÁREAS TEMÁTICAS NORMAS TÉCNICAS ESPECÍFICAS PARA A PRODUÇÃO INTEGRADA DE MELÃO 
OBRIGATÓRIAS RECOMENDADAS PROIBIDAS PERMITIDAS COM RESTRIÇÃO 
11.3 Embalagem e etiquetagem  Proceder à identificação do produto, conforme normas técnicas de rotulagem, e o destaque ao sistema da PIMe. Utilizar embalagem conforme descrito nas publicações "Melão -Pós Colheita", editado pela Embrapa Agroindústria Tropical, "Melão - Aspectos Técnicos e Produção" editada pela Embrapa Hortaliças(Série Frutas do Brasil 10 e 33, respectivamente),ou outras que venham a ser adotadas para fins de atualização das recomendações técnicas para a PIMe.   
11.4 Transporte e armazenagem  Obedecer às normas técnicas de armazenamento e transporte de frutos.  Monitorar as condições de armazenamento dos frutos durante o período de transporte até o embarque. Transportar e armazenar frutos da produção integrada em conjunto com os de outros sistemas de produção.  
  Utilizar recomendações nas Publicações "Melão -Pós Colheita", editada pela Embrapa Agroindústria Tropical,"Melão - Aspectos Técnicos e Produção" editada pela Embrapa Hortaliças(Série Frutas do Brasil 10 e 33, respectivamente),ou outras que venham a ser adotadas para fins de atualização das recomendações técnicas para a PIMe.   
11.5 Auditorias de pós-colheita Permitir auditorias na empacotadora com, no mínimo, uma visita no período de "pico de safra".    
12. ANÁLISE DE RESÍDUOS  
12.1 Amostragem para análise de resíduos em frutas Permitir a coleta de amostras de melão pelo auditor do Organismo Avaliador de Conformidade (OAC) durante a auditoria, conforme requisitos da cultura e em conformidade com recomendações do Manual de Coleta para Avaliação de Resíduos - do MAPA.  Utilizar recursos humanos sem a devida capacitação técnica.  
 Proceder à análise em laboratórios credenciados, em conformidade com requisitos do Programa Nacional de Controle de Resíduos Vegetais (PN-CRV). As coletas de amostras serão feitas ao acaso, devendo atingir um mínimo de 10% do total das parcelas. Amostras adicionais serão coletadas se ocorrer falha no uso de agro-tóxicos. O tamanho da amostra para cada cultura está definido no Regulamento de Avaliação de Conformidade (RAC).    

ÁREAS TEMÁTICAS NORMAS TÉCNICAS ESPECÍFICAS PARA A PRODUÇÃO INTEGRADA DE MELÃO 
OBRIGATÓRIAS RECOMENDADAS PROIBIDAS PERMITIDAS COM RESTRIÇÃO 
13. PROCESSOS DE EMPACOTADORAS  
13.1 Câmaras frias, equipamentos e local de trabalho Proceder à prévia higienização de câmaras frias, equipamentos, local de trabalho incluindo os próprios trabalhadores conforme plano preestabelecido. Utilizar recomendações conforme descrito nas publicações "Melão - Pós Colheita",editada pela Embrapa Agroindústria Tropical, "Melão - Aspectos Técnicos e Produção" editada pela Embrapa Hortaliças (Série Frutas do Brasil 10 e 33, respectivamente), ou outras que venham a ser adotadas para fins de atualização das recomendações técnicas para a PIMe. Proceder à execução simultânea dos processos de classificação e embalagem de frutas da PIMe com as de outros sistemas de produção.  
 Obedecer aos regula-mentos técnicos de manejo e armazenamento específicos para a cultura.    
13.2 Tratamentos Pós-Colheita  Utilizar produtos químicos registrados, mediante receituário agronômico, conforme a legislação vigente. Somente utilizar ceras permitidas nos países onde pretende comercializar. Observar os procedimentos e técnicas do sistema APPCC.   
 Utilizar os métodos, técnicas e processos indicados em Normas Técnicas Específicas da PIMe.    
14. Sistema de rastreamento e cadernos de campo e de pós-colheita  Instituir cadernos de campo e de pós-colheita para o registro de dados sobre o manejo da cultura, necessários à adequada gestão da PIMe.  Instituir o sistema de código de barras.   
 Manter os registros atualizados e por 2 anos ou pelo tempo exigido pela legislação, com fidelidade,para fins de rastreabilidade. Capacitar gerentes, técnicos e pessoal de apoio no preenchimento das informações dos cadernos de campo e de pós-colheita.   
 Fornecer, por ocasião das inspeções obriga-tórias, dados atualizados aos auditores do Organismo Avaliador da Conformidade (OAC).    
14.1 Rastreabilidade  A rastreabilidade no campo deve ser até a área de produção e na empacotadora até o pallet e/ou carregamento.  Realizar pelo menosuma auto-avaliação interna por ano para assegurar-se do cumprimento das NTE.    
  Manter documentos comprobatórios de ações corretivas realizadas.   
15. ASSISTÊN-CIA TÉCNICA  Manter assistência técnica treinada, conforme requisitos específicos da PIMe.  Aceitar assistência técnica por profissionais não credenciados pelo CREA.