Despacho ANP nº 1.485 de 27/11/2008

Norma Federal - Publicado no DO em 28 nov 2008

Publica o extrato (sumário) do memorial descritivo do projeto da faixa de dutos que interliga a Refinaria do Nordeste - Abreu e Lima com o Porto de Suape, localizada no município de Ipojuca, Estado de Pernambuco, totalmente baseado nas informações, nos estudos e no projeto apresentados pela Petrobras S/A. à ANP.

O SUPERINTENDENTE DE COMERCIALIZAÇÃO E MOVIMENTAÇÃO DE PETRÓLEO, SEUS DERIVADOS E GÁS NATURAL da AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS - ANP, no uso das atribuições que lhe foram conferidas pela Portaria ANP nº 206, de 9 de setembro de 2004, com base na Portaria ANP nº 170, de 26 de novembro de 1998, e tendo em vista o constante do Processo ANP nº 48610.010000/2008-21, considerando:

- as informações, os estudos e o projeto referente à construção de uma faixa de dutos, que interliga a Refinaria do Nordeste - Abreu e Lima ao Porto de Suape e Companhias Distribuidoras, localizada no Complexo Industrial e Portuário Governador Eraldo Gueiros - Suape, município de Ipojuca, Estado de Pernambuco, apresentados pela Petróleo Brasileiro S/A. - PETROBRAS;

- a solicitação feita pela Petróleo Brasileiro S/A. - PETROBRAS, através da Correspondência AB-CR/RNE nº 25/2008, datada de 28 de agosto de 2008;

Resolve:

1. Publicar extrato (sumário) do memorial descritivo do projeto da faixa de dutos que interliga a Refinaria do Nordeste - Abreu e Lima com o Porto de Suape, localizada no município de Ipojuca, Estado de Pernambuco, totalmente baseado nas informações, nos estudos e no projeto apresentados pela Petróleo Brasileiro S/A. - PETROBRAS à ANP, que faz parte do Anexo do presente despacho;

2. Indicar a "Superintendência de Comercialização e Movimentação de Petróleo, seus Derivados e Gás Natural" da ANP, com endereçamento à Avenida Rio Branco, 65 - 17º andar, Centro, Rio de Janeiro, RJ, CEP 20090-004, ou através do endereço eletrônico scm@anp.gov.br, para o encaminhamento, até 30 dias a partir da publicação, dos comentários e sugestões já referidos no caput do presente despacho;

3. Informar que a publicação do presente despacho não implica em uma autorização prévia concedida pela ANP.

JOSÉ CESÁRIO CECCHI

ANEXO

Descrição Sucinta do Empreendimento

Este documento tem o objetivo de descrever o sistema de dutos que atenderão à Refinaria Abreu e Lima, também denominada Refinaria do Nordeste (RNEST), a ser instalada no Complexo Industrial Portuário de Suape/PE.

A RNEST será construída no Complexo Industrial Portuário de Suape, localizado no Distrito de Ipojuca, Estado de Pernambuco. A refinaria importará petróleo, óleo combustível, diesel não especificado e slop de navios e exportará produtos refinados para navios e companhias distribuidoras. O sistema de dutos será composto por doze dutos, com diâmetros nominais variando de 8 a 46 polegadas. Quatro destes dutos transportarão produtos entre a RNEST e o TA - Suape. Um duto transportará os efluentes tratados pela RNEST para descarte a aproximadamente 2000m mar adentro, após os bancos de areia e os recifes. Os demais dutos transportarão produtos entre a RNEST e os píeres de granéis líquidos localizados no Porto de Suape.

Os dutos terão trechos enterrados e trechos aéreos, com faixa de dutos de largura máxima de aproximadamente 55m. O comprimento de cada duto, bem como as respectivas origens e destinos, estão apresentados na Tabela I:

Tabela I - Características gerais dos dutos

Duto (Produto) Nº Dutos Extensão Total (km) Extensão Enterrada (km) Início Fim 
OCREF / GOPK(1,3) 0124 10,0 7,0 RNEST PGL 1 & 2 
Nafta(1) 01 20 10,1 7,0 RNEST PGL 1 & 2 
Petróleo(1) 01 46 11,1 7,0 PGL 3A & 3B RNEST 
Diesel para Cias(1) 0212 7,5 7,0 RNEST TA-Suape 
Diesel para navios(1,4) 0224 11,1 7,0 RNEST PGL 1, 2 & 3A 
GLP(1) 018,1 7,0 RNEST TA-SUAPE 
Diluente(1) 0112 10,0 7,0 RNEST PGL 1 / PGL 2 
Ácido Sulfúrico(2) 0114 8,9 7,0 RNEST PGL 1 
Efluentes(2) 0118 7,2 7,0 RNEST emissário 
Slop(1) 017,9 7,0 PGL 1, 2, 3 & 3B RNEST 

Observações:

(1) Dutos sujeitos às Autorizações de Construção e/ou Operação da ANP;

(2) Dutos que não estão sujeitos às Autorizações de Construção e/ou Operação da ANP, mas que serão parte integrante da faixa de dutos prevista;

(3) O duto de OCREF e GOPK apresenta duas direções de operação (exportação e importação);

(4) Uma das duas linhas será de operação bidirecional (exportação e importação);

Para os dutos de petróleo, OCREF/GOPK, diesel, nafta, GLP, ácido sulfúrico e diluente haverá áreas de lançamento e/ou recebimento de PIGs.

Aspectos Técnicos do Projeto

1. FAIXA DE DUTOS E ÁREAS DE LANÇADOR/RECEBEDOR DE PIG (SCRAPERS)

A faixa de dutos terá três áreas de scraper, uma dentro da Refinaria, a segunda a 4,8km da refinaria e a terceira a 7,3km da refinaria. Cada uma destas áreas será de cerca de 20.000m2. Em todas as áreas será instalado um abrigo para os sistemas de controle.

A faixa de dutos que interliga a Refinaria aos PGLs possui aproximadamente nove quilômetros, comporta doze dutos e contempla as duas áreas de scrapers intermediárias. O trecho da faixa que sai da Refinaria e vai até a área de scraper 2, de aproximadamente 4,8km possui 55,4m de largura. A partir da área de scraper 2 e até os píeres a largura da faixa será de 21m. Os scraper traps dos produtos refinados, diluente, slop e efluentes serão instalados na área de scraper 2 e os scraper traps para petróleo e GOPK/OCREF serão instalados na área de scraper 3.

2. CARACTERÍSTICAS DOS DUTOS E ESTAÇÕES DE BOMBEAMENTO

A faixa de dutos comportará 12 (doze) dutos, 02 (dois) dos quais não estão sujeitos à outorga de Autorizações da ANP, a saber:

- Duto de ácido sulfúrico;

- Duto de Efluentes.

Entretanto, tendo em vista que estes dutos compartilharão a faixa dos demais dutos autorizáveis por esta Agência, estão serão detalhados juntamente com os dutos que transportam petróleo e seus derivados contemplados neste empreendimento.

As condições operacionais dos dutos estão apresentadas na Tabela II.

Tabela II - Condições de processo dos dutos

Duto Vazão (m³/h) Pressão (kgf/cm²g) Temperatura (ºC) 
Mín. Máx. Norm. Norm. Máx. Proj. Oper. Proj. 
OCREF / GOPK 450 1900 1670 5,0 a 16,0 34,0 37,0 18 a 80 80 
Nafta 1670 1831 1670 a 1831 3,7 a 10,0 34,5 35,0 18 a 36 50 
Petróleo 7000 8800 7800 a 8400 4,0 a 11,0 35,0 40,0 40 a 60 60 
Diesel para Cias. 500 572 500 a 529 5,0 a 15,0 35,0 40,0 18 a 36 50 
Diesel para Navios 2095 3059 2800 a 3059 4,6 a 17,0 50,8 51,0 18 a 36 50 
GLP 180 307 265 a 287 12,2 a 26,0 49,0 51,0 18 a 36 50 
Diluente 450 600 550 2,0 a 15,6 36,5 37,0 18 a 80 80 
Ácido Sulfúrico 180 180 180 3,7 a 8,7 17,9 20,0 18 a 40 40 
Efluentes 120 1286 120 a 1260 1,1 a 10,0 13,4 20,0 18 a 36 40 
Slop 150 172 150 a 172 2,2 a 10,2 18,6 20,0 18 a 36 40 

O projeto básico dos dutos foi baseado norma ASME B-31.4, de forma a serem selecionados tubos cujas características estão apresentadas na Tabela III.

Tabela III - Características principais dos tubos

Os novos dutos serão construídos de acordo com a norma de construção e montagem de dutos terrestres da PETROBRAS N-464, com requisitos adicionais de projeto. Os novos dutos terão uma cobertura mínima de 1,00 m em toda a sua extensão enterrada.

Em áreas com possibilidade de interferência de terceiros no duto, tais como, nas travessias de rios e cruzamento com rodovias e outros dutos, serão adotadas proteções adicionais, como placas de concreto, fitas de aviso, sinalização de advertência, aumento da profundidade de enterramento, jaquetas de concreto e tubo camisa.

As soldas de campo serão 100% inspecionadas, garantindo a qualidade e a rastreabilidade das juntas soldadas.

Serão realizadas, após enterramento do duto, inspeções com PIGs geométricos e placas calibradoras para garantir que não haja defeitos de amassamento e ovalização nos tubos.

Equipamentos e dispositivos pré-fabricados, tais como válvulas, lançadores e recebedores de PIG e cavalotes, serão pré-testados hidrostaticamente antes de sua montagem no duto.

Atendendo aos dispostos nas normas ASME B31.4 e ABNT NBR-12712, no final da montagem, os novos dutos serão testados hidrostaticamente com procedimentos para teste de estanqueidade e de resistência mecânica.

Finalmente, os novos dutos serão submetidos a um processo de secagem, preparando-os para o início da operação.

Serão instalados nos dutos instrumentos para monitoramento de dados de vazão, temperatura e pressão.

Com exceção das bombas intermediárias de OCREF, todas as estações de bombeamento de produtos estarão situadas dentro dos limites da Refinaria do Nordeste - Abreu e Lima (RNEST), ou serão pertencentes aos navios, não fazendo parte, portanto, da faixa de dutos ora em análise pela SCM/ANP com vistas à outorga de Autorização de Construção. Entretanto, tendo em vista a interdependência da faixa de dutos ora em análise com as estações, as características das estações de bombeamento estão sucintamente apresentadas, juntamente com aquelas dos dutos, nos itens a seguir.

-Sistema de Ácido Sulfúrico:

O sistema de transporte de ácido sulfúrico será composto por uma estação de bombeamento e por um duto de 14" de diâmetro.

O duto possuirá um trecho enterrado e outro aéreo, sendo que o trecho aéreo se inicia a partir da segunda área de scraper. O produto será enviado para navios no PGL 1. Após a operação de envio de ácido para navios, a linha deverá ser inertizada com nitrogênio. A classe de pressão para todas as conexões será de 150#. Nas áreas de lançador e recebedor de PIGs, e na chegada ao píer, serão instaladas válvulas de bloqueio com atuadores elétricos. As válvulas serão fornecidas de acordo com a norma API-6D e com requisitos adicionais. Será instalado um lançador de PIG no início do duto, na RNEST, e um recebedor no TA - Suape. Os canhões dos scrapers serão dotados de válvula para alívio térmico da câmara. As juntas de isolamento do tipo monobloco serão instaladas no duto, nas áreas de scraper, antes do afloramento da tubulação de modo a isolar o sistema de proteção catódica do trecho enterrado. O medidor de vazão, a ser instalado na chegada ao píer, será do tipo ultra-sônico com finalidade operacional.

A estação de bombeamento de ácido sulfúrico será composta por duas bombas instaladas em arranjo paralelo, uma operando e outra reserva. Na descarga das bombas serão instalados um medidor de vazão ultra-sônico e duas válvulas de controle em paralelo. Para a operação de inertização do duto estão previstas linhas de retorno, cujo objetivo é a transferência do produto para o tanque. A classe de pressão para todas as conexões será de 150#. As válvulas de retenção serão instaladas na descarga de cada uma das bombas da estação de bombeamento de ácido sulfúrico da RNEST, e serão fornecidas de acordo com a norma API 6D e com requisitos adicionais. As válvulas de bloqueio entre a sucção e descarga das bombas serão instaladas com atuadores elétricos, e as demais terão acionamento manual. Estas válvulas serão fornecidas de acordo com a norma API-6D e com requisitos adicionais. Serão instalados indicadores/transmissores de pressão no header de sucção, nas linhas de sucção e descarga de cada bomba e no header de descarga. Após cada uma das bombas serão instaladas chaves de baixa vazão e, na linha de descarga, serão instaladas válvulas reguladoras de vazão, indicadores/transmissores de pressão, temperatura e densidade do fluido. Após as bombas, será instalado um medidor de vazão do tipo ultra-sônico com finalidade operacional.

-Dutos de Diesel para as Companhias Distribuidoras:

O sistema de transporte de diesel para as companhias distribuidoras locais será composto por uma estação de bombeamento e dois dutos de 12" de diâmetro.

Os dutos possuem um trecho enterrado e outro aéreo, sendo que o trecho aéreo se inicia a partir da segunda área de scraper. O produto será levado até um tie-in para as companhias distribuidoras no TA - Suape. A classe de pressão para todas as conexões será de 300#. Nas áreas de lançador e recebedor de PIGs serão instaladas válvulas de bloqueio com atuadores elétricos. As válvulas serão fornecidas de acordo com a norma API-6D e com requisitos adicionais. Será instalado um lançador de PIG no início do duto, na RNEST, e um recebedor de PIG no TA - Suape. Os canhões dos scrapers serão dotados de válvula para alívio térmico da câmara. As juntas de isolamento do tipo monobloco serão instaladas nos dutos, nas áreas de scraper, antes do afloramento da tubulação de modo a isolar o sistema de proteção catódica do trecho enterrado. Ao final dos dutos, antes das válvulas de controle, serão instalados medidores de vazão do tipo ultra-sônico com finalidade operacional.

A estação de bombeamento será composta de 3 bombas. A primeira atende ao duto 4708.08, a segunda atende ao duto 4708.09, e a terceira será reserva de ambos os dutos, estando ligada em paralelo às outras duas bombas. Serão instaladas estações de medição de transferência de custódia (EMEDs) nos headers de descarga de ambos os dutos. O controle de vazão e medição operacional será realizado por essas EMEDs. A classe de pressão para as conexões das linhas de sucção será de 150#, e para as conexões das linhas de descarga será de 300#. As válvulas de retenção serão instaladas na descarga de cada uma das bombas da estação de bombeamento de diesel RNEST. Na sucção e descarga das bombas serão instaladas válvulas de bloqueio com atuadores elétricos. As válvulas serão fornecidas de acordo com a norma API-6D e com requisitos adicionais. Serão instalados indicadores/transmissores de pressão nos headers de sucção, nas linhas de sucção e descarga de cada bomba e nos headers de descarga. Após cada uma das bombas serão instaladas chaves de baixa vazão.

-Dutos de Diesel para Navios:

O sistema de transporte de diesel para navios será composto por uma estação de bombeamento e dois dutos de 24" de diâmetro. Os dutos possuem um trecho enterrado e outro aéreo. O trecho aéreo inicia a partir da segunda área de scraper. O duto com tag 4708.06 será apenas exportador de diesel 50, enquanto o duto 4708.07 poderá receber diesel não especificado e exportar diesel 500 e diesel 50; neste último caso, deve ocorrer o deslocamento do produto dessa linha pelo duto 4708.06. Ambos os dutos chegarão aos PGLs 1, 2 e 3. A classe de pressão para todas as conexões será de 300#. Nas áreas de lançador e recebedor de PIGs, e na chegada ao manifold dos braços de carregamento, serão instaladas válvulas de bloqueio com atuadores elétricos. As válvulas serão fornecidas de acordo com a norma API-6D e com requisitos adicionais. Será instalado um lançador/recebedor de PIGs no início do duto, na RNEST, e um lançador/recebedor de PIG no TA - Suape. Os canhões dos scrapers serão dotados de válvula para alívio térmico da câmara. As juntas de isolamento do tipo monobloco serão instaladas nos dutos, nas áreas de scraper, antes do afloramento da tubulação de modo a isolar o sistema de proteção catódica do trecho enterrado. Ao final dos dutos, serão instalados medidores de vazão do tipo ultra-sônico com finalidade operacional.

A estação de bombeamento será composta de 3 bombas. A bomba B-66002A atende ao duto 4708.06, a bomba B-66003C atende ao duto 4708.07, e a bomba B-66002B será reserva de ambos os dutos, estando ligada em paralelo às outras duas bombas. Serão instaladas estações de medição de transferência de custódia (EMEDs) nos headers de descarga de ambos os dutos. O controle de vazão e medição operacional será realizado por essas EMEDs, que deverão impedir que os dutos operem a uma vazão acima do valor máximo indicado no fluxograma. A classe de pressão para todas as conexões e de 300#. As válvulas de retenção serão instaladas na descarga de cada uma das bombas da estação de bombeamento de diesel da RNEST. Serão fornecidas de acordo com a norma API 6D e com requisitos adicionais. Na sucção e descarga das bombas, e na EMED do duto que pode exportar e importar diesel (4708.07) serão instaladas válvulas de bloqueio com atuadores elétricos. As válvulas serão fornecidas de acordo com a norma API-6D e com requisitos adicionais. As válvulas na EMED do duto 4708.07 realizam o alinhamento do produto para a estação de medição, uma vez que esta não será bidirecional. Serão instalados indicadores/transmissores de pressão nos headers de sucção, nas linhas de sucção e descarga de cada bomba e nos headers de descarga. Após cada uma das bombas serão instaladas chaves de baixa vazão.

-Dutos de Efluentes:

O sistema de transporte de efluentes será composto por uma estação de bombeamento e um duto de PEAD com diâmetro interno de 17".

O duto possui um trecho enterrado e outro aéreo. O trecho aéreo inicia a partir da segunda área de scraper. No Porto de Suape, o duto fará um tie-in com um trecho submarino. A classe de pressão das válvulas será de 150#. A pressão de trabalho da linha será de 12,4 kgf/cm², e as válvulas serão fornecidas de acordo com padrão MSS SP-70. Ao final do duto, será instalado medidor de vazão do tipo ultra-sônico com finalidade operacional.

A estação de bombeamento será composta por cinco bombas sendo duas de alta vazão e três de baixa vazão. O modo de operação destas bombas será diferente para cada um dos três regimes de vazão (mínima, intermediária e máxima) de efluentes proveniente da ETDI. Quando a vazão for a mínima uma das bombas de baixa vazão estará em operação e a outra de baixa vazão estará na reserva. Para a vazão intermediária uma das bombas de alta vazão opera com controle de vazão e as outras duas de alta vazão ficam na reserva. Finalmente, para a vazão máxima, duas bombas de alta vazão operam em paralelo, e a terceira de alta vazão será reserva. Todas as bombas serão instaladas em arranjo em paralelo. A tubulação da estação de bombeamento será de aço API 5L GrB. Na descarga das bombas serão instalados um medidor de vazão ultra-sônico e duas válvulas de controle em paralelo. A classe de pressão para todas as conexões será de 150#. As válvulas de retenção serão instaladas na descarga de cada uma das bombas da estação de bombeamento e serão fornecidas de acordo com a norma MSS SP-71. As válvulas de bloqueio entre a sucção e descarga das bombas serão instaladas com atuadores elétricos, e as demais terão acionamento manual, sendo fornecidas de acordo com a norma MSS SP-70. Serão também instalados indicadores/transmissores de pressão no header de sucção, nas linhas de sucção e descarga de cada bomba e no header de descarga. Após cada uma das bombas serão instaladas chaves de baixa vazão e, na linha de descarga, serão instaladas válvulas reguladoras de vazão, indicadores/transmissores de pressão, temperatura e densidade do fluido. Após as bombas, será instalado um medidor de vazão do tipo ultra-sônico com finalidade operacional.

-Dutos de GLP:

O sistema de transporte de GLP será composto por uma estação de bombeamento e um duto de 8" de diâmetro.

O duto possui um trecho enterrado e outro aéreo. O trecho aéreo se inicia a partir da segunda área de scraper. As bombas de GLP estão localizadas próximas às esferas da RNEST. Após passar pela Estação de Medição para Transferência de Custódia, o produto entra no lançador de PIG, e será levado até um tie-in para a Transpetro e para as companhias distribuidoras. A classe de pressão para todas as conexões será de 300#. Nas áreas de lançador e recebedor de PIGs, serão instaladas válvulas de bloqueio com atuadores elétricos, que serão fornecidas de acordo com a norma API-6D e com requisitos adicionais. Será instalado um lançador de PIGs no início do duto, na RNEST, e um recebedor de PIGs no TA - Suape. Os canhões dos scrapers serão dotados de válvula para alívio térmico da câmara. As juntas de isolamento do tipo monobloco serão instaladas nos dutos, nas áreas de scraper, antes do afloramento da tubulação de modo a isolar o sistema de proteção catódica do trecho enterrado. Ao final do duto, antes das válvulas de controle, será instalado medidor de vazão do tipo ultra-sônico com finalidade operacional.

A unidade de bombeamento que será instalada no GLP possui duas bombas, instaladas em paralelo.

-Dutos de Nafta:

O sistema de transporte de nafta será composto por uma estação de bombeamento e um duto de 20" de diâmetro.

O duto possui um trecho enterrado e outro aéreo. O trecho aéreo inicia a partir da segunda área de scraper. O duto exportará nafta petroquímica para navios, através dos PGLs 1 e 2. A classe de pressão para todas as conexões será de 300#. Nas áreas de lançador e recebedor de PIGs e na chegada ao manifold dos braços de carregamento serão instaladas válvulas de bloqueio com atuadores elétricos, que serão fornecidas de acordo com a norma API-6D e com requisitos adicionais. Será instalado um lançador de PIG no início do duto, na RNEST, e um recebedor de PIG no TA - Suape. Os canhões dos scrapers serão dotados de válvula para alívio térmico da câmara. As juntas de isolamento do tipo monobloco serão instaladas nos dutos, nas áreas de scraper, antes do afloramento da tubulação de modo a isolar o sistema de proteção catódica do trecho enterrado. Ao final do duto, serão instalados medidores de vazão do tipo ultra-sônico com finalidade operacional.

A estação de bombeamento de nafta petroquímica será composta por duas bombas instaladas em arranjo paralelo, uma operando e uma reserva. Será instalada uma estação de medição (EMED) de transferência de custódia no header de descarga do duto, onde será realizado o controle de vazão e medição operacional. A classe de pressão para as conexões da linha de sucção será de 150#, e para as conexões da linha de descarga será de 300#. As válvulas de retenção serão instaladas na descarga de cada uma das bombas da estação de bombeamento de nafta. Serão fornecidas de acordo com a norma API 6D e com requisitos adicionais. Na sucção e descarga das bombas serão instaladas válvulas de bloqueio, com atuadores elétricos, fornecidas de acordo com a norma API-6D e com requisitos adicionais. Serão instalados indicadores/transmissores de pressão no header de sucção, nas linhas de sucção e descarga de cada bomba e no header de descarga. Após cada uma das bombas serão instaladas chaves de baixa vazão.

-Dutos de OCREF/GOPK:

O sistema de transporte de OCREF/GOPK será composto por uma estação de bombeamento de GOPK, uma estação de bombeamento intermediária de OCREF e um duto de 24" de diâmetro.

O duto possui um trecho enterrado e outro aéreo. O trecho aéreo se inicia a partir da segunda área de scrapers O duto receberá OCREF dos navios para a RNEST, com auxílio de uma estação de bombeamento intermediária de OCREF. O duto também exportará GOPK diretamente para navios, através dos PGLs 1 e 2. Devido às elevadas viscosidades dos produtos (que são transportados aquecidos) será instalada uma linha de 12" de diâmetro. O objetivo desta linha é de permitir a operação de retirada dos produtos transportados do duto de OCREF/GOPK pela circulação de um produto (diluente) de menor viscosidade. Este diluente deverá permanecer na linha quando esta não estiver transportando o OCREF e o GOPK, e não modificar a especificação destes produtos. A classe de pressão para todas as conexões será de 300#. Nas áreas de lançador e recebedor de PIGs, na entrada e saída da estação de bombeamento de OCREF e na chegada ao manifold dos braços de carregamento serão instaladas válvulas de bloqueio com atuadores elétricos. As válvulas serão fornecidas de acordo com a norma API-6D e com requisitos adicionais. Será instalado um lançador de PIG no início do duto, na RNEST, e um recebedor de PIG no TA - Suape. Os canhões dos scrapers serão dotados de válvula para alívio térmico da câmara. As juntas de isolamento do tipo monobloco serão instaladas nos dutos, nas áreas de scraper, antes do afloramento da tubulação de modo a isolar o sistema de proteção catódica do trecho enterrado. Ao final do duto, serão instalados medidores de vazão do tipo ultra-sônico com finalidade operacional.

A estação de bombeamento de GOPK/Diluente será constituída por um arranjo de 03 bombas em paralelo. Na expedição de GOPK, duas bombas operarão em paralelo e uma será reserva. Nas operações de recirculação de diluente e deslocamento de GOPK/OCREF, uma bomba será operacional e duas serão reservas. Serão instalados um medidor de vazão ultra-sônico e duas válvulas de controle em paralelo no header de descarga de GOPK e no header de diluente. A classe de pressão para as conexões da linha de sucção de diluente será de 150#, para as conexões da linha de sucção de GOPK será de 300#, e para as conexões das linhas de descarga de GOPK e diluente será de 300#. As válvulas de retenção serão instaladas na descarga de cada uma das bombas da estação de bombeamento de GOPK/diluente e serão fornecidas de acordo com a norma API 6D e com requisitos adicionais. Na sucção e descarga das bombas e nos alinhamentos entre headers serão instaladas válvulas de bloqueio com atuadores elétricos, e as demais terão acionamento manual. As válvulas serão fornecidas de acordo com a norma API-6D e com requisitos adicionais. Serão instalados indicadores/transmissores de pressão nos headers de sucção, nas linhas de sucção e descarga de cada bomba e nos headers de descarga. Após cada uma das bombas serão instaladas chaves de baixa vazão. Nas linhas de descarga de GOPK e diluente serão instaladas válvulas reguladoras de vazão, indicadores/transmissores de pressão, temperatura e densidade do fluido. Após as bombas, serão instalados medidores de vazão do tipo ultra-sônico com finalidade operacional.

A estação de bombeamento de OCREF é uma estação intermediária para auxiliar o envio de OCREF dos navios para a RNEST. SERÁ constituída por um arranjo de 3 bombas em paralelo, com 2 bombas operacionais e uma reserva. As bombas serão acionadas por motor diesel, e a vazão de operação e a pressão de sucção da estação serão controladas pela variação na rotação desses motores. A classe de pressão de todas as conexões será de 300#. As válvulas de retenção serão instaladas na descarga de cada uma das bombas da estação de bombeamento de OCREF e serão fornecidas de acordo com a norma API 6D. Na sucção e descarga das bombas e nos headers de sucção e descarga serão instaladas válvulas de bloqueio com atuadores elétricos. Serão instalados indicadores/transmissores de pressão nos headers de sucção e descarga e nas linhas de sucção e descarga de cada bomba. Após cada uma das bombas serão instaladas chaves de baixa vazão.

-Dutos de Diluente:

O sistema de transporte de diluente será composto por um duto de 12" de diâmetro, bombeado pela estação de bombeamento de GOPK.

O duto possui um trecho enterrado e outro aéreo. O trecho aéreo se inicia a partir da segunda área de scrapers. Nos PGLs 1 e 2, esta linha se interliga ao duto de OCREF/GOPK, para realizar a retirada dos produtos transportados do duto de OCREF/GOPK. O diluente deverá permanecer nessa linha quando esta não estiver transportando o OCREF e o GOPK, e não modificar a especificação destes produtos. A classe de pressão para todas as conexões será de 300#. Nas áreas de lançador e recebedor de PIGs, e na chegada ao píer serão instaladas válvulas de bloqueio com atuadores elétricos. As válvulas serão fornecidas de acordo com a norma API-6D e com requisitos adicionais. Será instalado um lançador de PIGs no início do duto, na RNEST, e um recebedor de PIGs no TA - Suape. Os canhões dos scrapers serão dotados de válvula para alívio térmico da câmara. De acordo com os estudos e simulações realizados, a linha de diluentes deverá possuir isolamento térmico. As juntas de isolamento do tipo monobloco serão instaladas nos dutos, nas áreas de scraper, antes do afloramento da tubulação de modo a isolar o sistema de proteção catódica do trecho enterrado.

-Dutos de Petróleo:

O sistema de transporte de petróleo será composto por um duto de 46" de diâmetro.

O duto possui um trecho enterrado e outro aéreo. O trecho aéreo se inicia a partir da segunda área de scrapers. O duto receberá petróleo dos navios para a RNEST, através do PGL 3. A classe de pressão para todas as conexões será de 300#. Nas áreas de lançador e recebedor de PIGs serão instaladas válvulas de bloqueio com atuadores elétricos. Será instalado um lançador de PIGs no início do duto, na RNEST, e um recebedor de PIGs no TA - Suape. Os canhões dos scrapers serão dotados de válvula para alívio térmico da câmara. A tubulação terá 0,469 polegadas de espessura de parede sendo confeccionada em aço API 5L X60. Nesta espessura já estão considerados 1,6 mm de sobrespessura de corrosão. As juntas de isolamento do tipo monobloco serão instaladas nos dutos, nas áreas de scraper, antes do afloramento da tubulação de modo a isolar o sistema de proteção catódica do trecho enterrado. No início e no fim do duto, serão instalados medidores de vazão do tipo ultra-sônico com finalidade operacional.

-Dutos de Slop:

O sistema de transporte de slop será composto por uma estação de bombeamento e um duto de PEAD com diâmetro interno de 7,7".

O duto possui um trecho enterrado e outro aéreo. O trecho aéreo inicia a partir da segunda área de scraper. O duto de slop possui uma estação de bombeamento localizada no TA - Suape, e enviará slop para tratamento na RNEST. A classe de pressão das válvulas será de 150# e a pressão de trabalho da linha será de 12,4 kg/cm². As válvulas serão fornecidas de acordo com padrão MSS SP-70. Ao final do duto (na RNEST), será instalado medidor de vazão do tipo ultra-sônico com finalidade operacional.

A estação de bombeamento será composta por 2 bombas em arranjo em paralelo, sendo uma bomba operacional e uma reserva. A tubulação da estação de bombeamento será de aço API 5L GrB. Na descarga das bombas será instalado um medidor de vazão ultra-sônico. A classe de pressão para todas as conexões e de 150#. As válvulas de retenção serão instaladas na descarga de cada uma das bombas da estação de bombeamento e serão fornecidas de acordo com a norma MSS SP-71. As válvulas de bloqueio entre a sucção e descarga das bombas serão instaladas com atuadores elétricos, sendo fornecidas de acordo com a norma MSS SP-70. Serão instalados indicadores/transmissores de pressão no header de sucção, nas linhas de sucção e descarga de cada bomba e no header de descarga. Após cada uma das bombas serão instaladas chaves de baixa vazão. Na linha de descarga serão instalados indicadores/transmissores de pressão, temperatura e densidade do fluido. Após as bombas, será instalado um medidor de vazão do tipo ultra-sônico com finalidade operacional.

3. SISTEMA ANTICORROSIVO E DE PROTEÇÃO CATÓDICA

O revestimento externo anti-corrosivo dos dutos de aço deverá ser de polietileno extrudado de tripla camada. As juntas soldadas em campo devem ser cobertas com manta termo-contrátil. Os dutos de aço que irão transportar petróleo, OCREF, GOPK deverão possuir revestimento interno anticorrosivo a base de epoxy, incluindo a superfície das soldas circunferenciais.

Os trechos enterrados dos dutos metálicos deverão ser protegidos contra corrosão externa através de um sistema de proteção catódica por corrente impressa. Basicamente, o sistema de proteção catódica será integrado por:

- Conjunto de retificadores/leito de anodos;

- Juntas de isolamento elétrico instaladas nos afloramentos da tubulação enterrada destinada a evitar que a corrente de proteção catódica passe para os trechos aéreos da tubulação;

- Conjunto de pontos de teste para os dutos de mesma faixa destinados a medir o potencial tubo-solo ao longo da faixa de dutos.

Um sistema de proteção catódica do tipo galvânica deverá ser implantado no trecho aéreo do duto de petróleo, após a área de scraper 3. O sistema de proteção catódica deverá ser projetado e construído de acordo com a norma PETROBRAS N-2298.

4. SUPRIMENTO DE ENERGIA E DESCARTE DE EFLUENTES

Os efluentes tratados da Refinaria serão descartados a 2000 metros mar adentro após os bancos de areia e os recifes, enquanto que a energia elétrica a ser utilizada nas estações de bombeamento, instrumentação e telecomunicações será fornecida pela rede local.

NORMAS

Os códigos e normas utilizados no projeto básico dos dutos e estações de bombeamento estão listados abaixo:

Normas Petrobras:

N-464 - Construção, montagem e condicionamento de duto terrestre;

N-505 - Lançador e recebedor de PIG para dutos submarinos e terrestres;

N-76 - Materiais de tubulação para instalações de refino e transporte.

Normas Estrangeiras:

ASME B31.4 - Pipeline Transportation Systems for Liquid Hydrocarbons and other Liquids;

API 6D - Petroleum and Natural Gas Industries - Pipeline Transportation Systems - Pipeline Valves;

ASME B16.5 - Pipe Flanges and Flanged Fittings NPS ½ Through NPS 24 Metric/Inch;

MSS SP 44 - Steel Pipeline Flanges;

MSS SP 70 - Cast Iron Gate Valves Flanged and Threaded Ends;

MSS SP 71 - Gray Iron Swing Check Valves, Flanged and Threaded Ends.

Meio Ambiente

Este projeto já conta com a Licença de Instalação nº 008800/2007 emitida pela Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos - CPRH, do Estado de Pernambuco, em 27.08.2007, com validade até 26.08.2009.

Cronograma de Execução

Atividade Previsão Início Previsão Fim 
Implantação - Geral Jan/2006 Abr/2010 
Mobilização e Desmobilização Dez/2008 Jan/2009 
Suprimento de Materiais Jan/2009 Nov/2009 
Projeto Executivo Fev/2009 Jul/2009 
Construção e Montagem Abr/2009 Mar/2010 
Condicionamento Dez/2009 Abr/2010 
Meio Ambiente - Licença de Instalação- Licença de OperaçãoAbr/2007 Jul/2007Ago/2007 Dez/2009