Despacho ANP nº 1.099 de 06/11/2007
Norma Federal - Publicado no DO em 07 nov 2007
Publica sumário do memorial descritivo do projeto pretendido, totalmente baseado nas informações, nos estudos e no projeto apresentados pela TAG S/A. - Transportadora Associada de Gás S/A.
O SUPERINTENDENTE DE COMERCIALIZAÇÃO E MOVIMENTAÇÃO DE PETRÓLEO, SEUS DERIVADOS E GÁS NATURAL da AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS - ANP, no uso das atribuições que lhe foram conferidas pela Portaria ANP nº 206, de 9 de setembro de 2004, com base na Portaria ANP nº 170, de 26 de novembro de 1998, e tendo em vista o constante do Processo ANP nº 48610.013231/2007-14, considerando:
- as informações, os estudos e o projeto referentes à construção do Terminal Flexível de GNL da Baía de Guanabara, que consiste na instalação das facilidades para recebimento de GNL e GN no Ponto Fixo de Atracação (Píer de GNL) na Baía de Guanabara, e do gasoduto de 28" de diâmetro e cerca de 16km de extensão (Gasoduto Píer de GNL - Campos Elíseos), que interligará as facilidades no píer ao Anel de Gás Residual da REDUC, apresentado pela TAG S/A. - Transportadora Associada de Gás S/A.;
- a solicitação feita pela TAG S/A. - Transportadora Associada de Gás S/A., através da Carta nº TAG/DTO-013/2007, datada de 8 de outubro de 2007; resolve:
1. Publicar sumário do memorial descritivo do projeto pretendido, totalmente baseado nas informações, nos estudos e no projeto apresentados pela TAG S/A. - Transportadora Associada de Gás S/A., que faz parte do Anexo do presente despacho;
2. Indicar a "Superintendência de Comercialização e Movimentação de Petróleo, seus Derivados e Gás Natural" da ANP, com endereçamento à Avenida Rio Branco, 65 - 17º andar, Centro, Rio de Janeiro, RJ, CEP 20090-004, ou através do endereço eletrônico scm@anp.gov.br, para o encaminhamento, até 30 dias a partir da publicação, dos comentários e sugestões já referidos no caput do presente despacho;
3. Informar que a documentação apresentada pela empresa TAG S/A. - Transportadora Associada de Gás S/A. continua em processo de análise pela ANP e que a publicação do presente despacho não implica autorização prévia concedida pela ANP.
JOSÉ CESÁRIO CECCHI
ANEXO1. SUMÁRIO DO PROJETO
Consta do Processo Administrativo nº 48610.013231/2007-14 da TAG S/A. - Transportadora Associada de Gás S/A a solicitação da Autorização de Construção do Terminal Flexível de GNL da Baía de Guanabara que consiste na instalação das facilidades para recebimento de GNL e GN no Ponto de atracação localizado na Baía de Guanabara Píer de GNL) e do gasoduto de 28" de diâmetro e cerca de 16km de extensão (Gasoduto Píer de GNL - Campos Elíseos), que interligará as facilidades no ponto fixo de atracação ao Anel de Gás Residual da Refinaria de Duque de Caxias (REDUC), acompanhada dos documentos necessários para o atendimento da Portaria ANP nº 170, de 26.11.1998.
2. DESCRIÇÃO GERAL DO TERMINAL FLEXÍVEL DE GNL DA BAÍA DE GUANABARA
O projeto do Terminal Flexível de GNL da Baía de Guanabara compreende as instalações de transferência de GNL e de GN no Píer de GNL na Baía de Guanabara, e do gasoduto que terá um trecho submerso e outro terrestre.
O berço leste do Píer de GNL da Baía de Guanabara, preparado para atracação de navios supridores de GNL, terá 3 (três) braços de carregamento ou transferência 2 (dois) para GNL - produto no estado líquido - e 1 (um) para retorno de vapor. O berço oeste do mesmo píer, preparado para atracação de Navios Tipo Regaseificador (VT) terá 5 (cinco) braços, sendo 3 (três) de GNL (dois para líquido e um para vapor) e 2 (dois) de gás natural (GN).
Serão instaladas tubulações criogênicas que interconectarão os braços de carregamento de GNL do berço leste com os do oeste. Um gasoduto fará a ligação entre os braços de descarregamento de GN instalados sobre o ponto fixo de atracação no berço oeste e o anel de gás da REDUC. Na conexão entre o ponto de atracação e o gasoduto será instalado um sistema de medição.
A operação do Terminal Flexível de GNL da Baía de Guanabara consiste em receber o GNL de um navio supridor, enviá-lo para um VT para ser re-gaseificado (ambos os navios não fazem parte do Terminal) e injetar o GN a uma vazão máxima de 20.000.000m³/dia (a 20ºC e 1atm) e a uma pressão máxima de 100kgf/cm², através do gasoduto Píer de GNL - Campos Elíseos.
2.1. LOCAL DA INSTALAÇÃO
O Terminal Flexível de GNL da Baía de Guanabara, cujas coordenadas estão indicadas a seguir, situa-se próximo a Ilha D'água:
Longitude: 43º 07,91943' W
Latitude: 22º 46,973' S
O Gasoduto Píer de GNL - Campos Elíseos interligará o Píer ao Anel de Gás Residual da REDUC e atravessará os municípios de Magé e Duque de Caxias no Estado do Rio de Janeiro.
2.2. DADOS CLIMÁTICOS UTILIZADOS PARA ELABORAR O PROJETO
2.2.1. Pressão Atmosférica
Média: 1011,3k Pa
2.2.2. Temperatura do Ar
Média mínima: 11,1 ºC
Média das médias: 23,7 ºC
Média máxima: 38,2 ºC
2.2.3. Umidade Relativa do Ar
Mínima média mensal (Outubro): 73 %
Média anual: 78 %
Máxima média mensal (Julho): 85 %
2.2.4. Chuva
Média mensal: 97,7mm
Máxima (24h): 157,9mm / 24h
2.2.5. Precipitação com Descargas Atmosféricas
Precipitações com descargas atmosféricas são mais freqüentes durante a primavera e verão, no período da tarde e no início da noite, sendo seguidas por chuvas pesadas e/ou trovões. As frentes frias e altas temperaturas durante o dia, nos meses de novembro a março, são elementos que contribuem para tais tempestades.
2.2.6. Visibilidade
Geralmente, a visibilidade é boa. Entretanto, nas primeiras horas das manhãs de outono e de inverno, pode haver ocorrência de neblinas. Durante o verão, uma névoa seca pode também afetar a visibilidade, mas esta névoa rapidamente é dissipada pelo calor do sol.
2.2.7. Ventos Predominantes
O regime de vento local é regular. Durante as noites e no início das manhãs sopra uma brisa de nordeste para noroeste até o meio dia, quando uma calmaria se inicia. Ventos de sul e sudeste seguem até o final da tarde e ventos moderados de até 20 nós podem ocorrer.
Vento Predominante: Quadrante Este, Sueste, Sul.
Velocidade Máxima Medida: 21m/s
Período de dados Coletados: 1999/2000 e 2002/2007
Os ventos mais fortes ocorrem entre julho e setembro e estão associados com sistemas frontais e frentes frias.
2.2.8. Marés
Nível médio: 0,7m
Amplitude Média: 1,10m
Maré Alta Média (sizígias): 1,30m
Máxima Amplitude: 1,40m
2.2.9. Correntes
Nas marés altas as correntes são da direção oeste para leste. A variação da corrente nesta direção é de 0,1 a 1,3 nós.
Nas marés baixas as correntes assumem direção aproximadamente reversa da direção na maré alta. A variação das correntes nesta direção é de 0,1 a 1,3 nós.
Os ventos fortes de nordeste, sul e sudoeste afetam a direção da corrente, a qual segue estas direções. Não há correntes consideráveis na região.
2.2.10. Ondas Máximas
Foi utilizado um perfilador acústico de correntes com tecnologia Doppler, ADCP, da Teledyne/RD Instruments, modelo Sentinel, freqüência de 600KHz, com capacidade de medição de ondas direcionais. O equipamento foi colocado na localização: Latitude 22º 46' 48.76" e longitude 43º 07'55,86"W
Os valores de altura e período de onda ficaram muito próximos ao limites mínimos (20cm e 2.5s, respectivamente) do equipamento durante a maioria do período de medição.
As Alturas máximas de ondas não ultrapassaram 1m.
Período de aquisição:
Dez/06 a Fev/07.
2.3. CRITÉRIOS E NORMAS PARA DETERMINAÇÃO DAS CONDIÇÕES CRÍTICAS DE INTEGRIDADE ESTRUTURAL DO PROJETO
As normas e procedimentos utilizados para determinação das condições de vento seguem abaixo:
A norma de referência usada foi a ROM 0.0 PROCEDIMIENTO GENERAL Y BASES DE CALCULO EN EL PROYECTO DE OBRAS MARITIMAS Y PORTUARIAS. PARTE 1. (ROM 0.0 General procedure and requirements in the design of harbour and maritime structures. PART 1).
As páginas 42 a 59 definem dois tipos diferentes de índices, que são utilizadas para estabelecer a natureza intrínseca operacional da estrutura marítma. As repercussões econômicas, sociais e ambientais produzidas quando uma estrutura marítma interrompe ou reduz seu nível operacional, são especificadas pelos referidos índices.
Estes índices são chamados de OIER (índice operacional de repercussão econômica) e OISER (índice operacional de repercussão social e ambiental).
De acordo com os critérios/índices definidos a instalação foi classificada como:
OIER>20 (estrutura de alta repercussão econômica) - operacionalidade de 0,99;
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