Decreto nº 46385 DE 20/12/2013

Norma Estadual - Minas Gerais - Publicado no DOE em 21 dez 2013

Dispensa o pagamento de multas e juros relativos ao crédito tributário de responsabilidade de cooperativa que esteja em processo de liquidação judicial.

O Governador do Estado de Minas Gerais, no uso de atribuição que lhe confere o inciso VII do art. 90 da Constituição do Estado, tendo em vista o disposto no art. 29 da Lei nº 21.016 , de 20 de dezembro de 2013,

Decreta:

Art. 1º A cooperativa em processo de liquidação judicial poderá quitar o crédito tributário relativo ao ICMS originário de fatos geradores por ela realizados, já formalizado, inscrito ou não em dívida ativa, ajuizada ou não a sua cobrança, mediante pagamento à vista, até 30 de dezembro de 2013, vedada qualquer forma de compensação, com exclusão das multas e dos juros com elas relacionados. (Redação do caput dada pelo Decreto Nº 46414 DE 30/12/2013).

Nota: Redação Anterior:
Art. 1º Até o dia 30 de dezembro de 2013, mediante pagamento à vista, a cooperativa que esteja em processo de liquidação judicial poderá quitar o crédito tributário do ICMS originário de fatos geradores por ela realizados, com exclusão de multas e juros a ele relativos, ficando vedada qualquer forma de compensação.

§ 1º O disposto no caput:

I - aplica-se ao crédito tributário formalizado, inscrito ou não em dívida ativa, ajuizada ou não a sua cobrança;

II - não autoriza a restituição ou compensação de importâncias eventualmente recolhidas.

§ 2º O benefício a que se refere o caput não se acumula com quaisquer outras reduções concedidas para o pagamento do tributo, inclusive com os benefícios de que tratam as Leis nº 15.273, de 29 de julho de 2004; nº 16.318, de 11 de agosto de 2006; nº 17.247, de 27 de dezembro de 2007; e nº 17.615, de 4 de julho de 2008.

§ 3º O disposto neste artigo implica reconhecimento dos créditos tributários, ficando a aplicação do benefício condicionada a que o contribuinte:

I - promova ou providencie, até 28 de fevereiro de 2014, relativamente ao crédito tributário de que trata o caput:

a) a renúncia ao direito sobre o qual se fundam ou se fundariam as ações judiciais;

b) a desistência de ações ou embargos à execução fiscal, com a renúncia ao direito sobre o qual se fundam nos autos judiciais respectivos;

c) a desistência de impugnações, defesas e recursos apresentados no âmbito administrativo;

d) a desistência pelo advogado do sujeito passivo de cobrança ao Estado de eventuais honorários de sucumbência;

e) o pagamento das custas e demais despesas processuais e de honorários advocatícios devidos ao Estado;

II - comprove, até 30 de junho de 2014, junto à Secretaria de Estado de Fazenda, o cumprimento do disposto no inciso I.

§ 4º Implica anulação do benefício a inobservância de qualquer das exigências estabelecidas, hipótese em que o crédito tributário será reconstituído com a restauração do imposto, das multas e dos juros, e abatida a importância efetivamente recolhida.

Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, Palácio Tiradentes, em Belo Horizonte, aos 20 de dezembro de 2013; 225º da Inconfidência Mineira e 192º da independência do Brasil.

ANTONIO AUGUSTO JUNHO ANASTASIA

Danilo de Castro

Maria Coeli Simões Pires

Renata Maria Paes de Vilhena

Leonardo Maurício Colombini Lima