Consulta SEFAZ nº 74 DE 16/05/2012

Norma Estadual - Mato Grosso - Publicado no DOE em 16 mai 2012

Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza - Tratamento Tributário


INFORMAÇÃO Nº 074/2012–GCPJ/SUNOR

..., empresa devidamente constituída de acordo com seus atos societários, com sede na cidade de ..., na ..., inscrita no CNPJ sob o nº ..., devidamente inscrita no Estado de Mato Grosso como contribuinte substituto, através das Inscrições Estaduais nº ... e nº ..., referentes às filiais com CNPJ nº ... e nº ..., respectivamente, por seu procurador o Dr. ..., consulta sobre a Lei Complementar (estadual) nº 460/2011 que cria o adicional de 2% sobre algumas alíquotas de ICMS para ser repassado como receita ao Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza.

Em preliminar o Consulente informa que protocolou consulta anterior em que requer orientação sobre "como deve ser realizado o cálculo do percentual destinado ao FECEP, tomando como base tanto o estabelecido no artigo 5º, IV da Lei Complementar 144/2003, como no artigo 14, X da Lei nº 7.098/98, ambos introduzidos pela Lei Complementar nº 460/2012". E que "com a publicação do Decreto nº 1.042/2012, que no intuito de regulamentar o cálculo, trouxe ainda mais insegurança para o Consulente", entendeu necessário o protocolo de nova consulta.

O consulente declara ser empresa privada devidamente constituída e que se dedica à promoção, comercialização, venda e distribuição de produtos de fumo e seus derivados, assume a qualidade de sujeito passivo por substituição e, portanto, a responsabilidade pela retenção e recolhimento do ICMS a favor deste Estado.

Destaca e reproduz alguns dispositivos da Lei Complementar 460/2011. Comenta que "especificamente em relação às operações realizadas pelo consulente, que a Lei havia aumentado a alíquota total para 37%, ao criar um adicional de 2 pontos percentuais na alíquota majorada de ICMS (de 35%) para financiar o Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza".

Acrescenta que "com o objetivo de regulamentar a legislação em comento, foi publicado em 22/03/2011 o Decreto nº 1.042/2012, que parece contrariar o previsto na Lei Complementar, gerando uma tributação significativamente maior do que a prevista."

Declara que "existem aspectos do referido Decreto que geram incertezas acerca do correto procedimento para recolhimento do adicional e que espera solucioná-las com a presente consulta".

Entende que:

I. Do cálculo do adicional

Transcreve o artigo 1º, V do decreto 1.042/2012 que acrescentou o parágrafo 1º-A ao artigo 13 do Anexo XIV do RICMS. Dá sua interpretação de que o dispositivo estabelece que o valor adicional corresponda à aplicação do percentual de 12% sobre o valor total da nota fiscal acrescido do valor correspondente ao percentual da margem de lucro fixada para a CNAE em que estiver enquadrado o destinatário.

Relata seu entendimento de que "a redação do dispositivo em questão pode até ter interpretações diversas, mas que acaba inegavelmente por majorar o adicional, ao defini-lo em 12% e ao aplicá-lo sobre uma margem de lucro não prevista em lei".

Complementa, "não é isso que dispõe a Lei Complementar 460/2011", ainda, "de fato, a Lei Complementar estabelece uma alíquota de 35% para cigarro, fumo e seus derivados, sendo de 10% (ou seja, o que excede ao percentual de 25%) do total devem ser destinados para o FECEP" e que "o percentual de 10% não é um adicional, mas sim uma destinação de parte do ICMS".

Conclui, "para que o previsto na Lei Complementar seja seguido, a alíquota de 35% do ICMS deve incidir diretamente sobre o valor total da nota fiscal, sem que antes seja aplicado o percentual de 12%, o FECEP seria financiado com parte da alíquota de ICMS, além de um adicional de 2%". Ainda, "ao estabelecer que para fins do adicional a alíquota de 12% deve incidir sobre o total da nota, acrescido da margem de lucro do destinatário não prevista em lei (no caso, 35%), acaba-se aumentando o valor do adicional" e demonstra:

R$ Total Nota Fiscal
BC para ICMS-ST

% FECEP

ML Destinatário

R$ FECEP

% Efetivo FECEP

R$ Total ICMS-ST

R$ ICMS-ST a recolher
314.906,17   12% 35% 13.226,06 4% 105.521.06 92.295,00
  372.087,50 2% 0 7.441,75 2% 105.521,06 98.079,31

Solicita a confirmação de que deve apurar o ICMS e o adicional nos termos da Lei Complementar 460/2011, conforme linha 2 do demonstrativo de cálculo acima, aplicando-se a alíquota do FECEP sobre a base de cálculo do ICMS-ST destacado na nota fiscal.

II. Da responsabilidade pelo recolhimento do adicional

Esclarece seu entendimento, fundamentado no § 1º-C do artigo 13 do Anexo XIV do RICMS, conforme redação do Decreto nº 1.042/2012, de que "nos casos de remessas interestaduais de cigarros para destinatário localizado neste estado, se o estabelecimento remetente e o destinatário não forem credenciados como substitutos tributários perante o fisco mato-grossense, o valor relativo ao adicional ao FECEP será recolhido pelo destinatário".

Solicita o parecer desta SEFAZ-MT em relação à obrigação de recolher o adicional ao FECEP, se é do destinatário das mercadorias, caso o estabelecimento remetente não seja credenciado como substituto tributário perante o fisco mato-grossense.

É a consulta.

Em consulta aos dados cadastrais da empresa, extraídos do Sistema de Cadastro de Contribuintes desta Secretaria de Fazenda, verifica-se que a consulente está enquadrada nas CNAE 1220-4/01 - Fabricação de cigarros e 4636-2/02 - Comércio atacadista de cigarros, cigarrilhas e charutos e que se encontra credenciada como substituta tributária e no regime de Estimativa Simplificado.

Sobre a matéria, esclarece-se que a Lei Complementar nº 460, de 26/12/2011, acrescentou o inciso IV ao artigo 5º da Lei Complementar nº 144, de 22/12/2003, que, por sua vez, cria o Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza; por força da referida alteração, foi constituído como receita do FUNDO adicional de 2% às alíquotas do ICMS previstas nos incisos V e IX do artigo 14 da Lei nº 7.098/98, como segue:LC nº 144/2003:

Art. 5º Constituirão receitas do Fundo:

(...)

IV - do adicional de 2% (dois por cento) às alíquotas previstas nos incisos V e IX, Art. 14 da Lei nº 7.098, de 30 de dezembro de 2008. (Acrescentado pela LC 460/11) Porém, a mesma Lei Complementar é que acrescentou o inciso IX ao artigo 14 da Lei nº 7.098/98, fixando na alínea "d" a alíquota referente às operações com cigarro, fumo e seus derivados, bem como o inciso X ao mesmo dispositivo, que destina parte do percentual estabelecido ao FECEP, conforme se transcreve:Art. 14 As alíquotas do imposto são:

(...)

IX - 35% (trinta e cinco por cento) nas operações internas e de importação, realizadas com as mercadorias segundo a Nomenclatura Brasileira de Mercadorias - Sistema Harmonizado (NBM/SH), a seguir indicadas: (Acrescentado pela LC 460/11)

(...)

d) cigarro, fumo e seus derivados, classificados no capítulo 24;

(...)

X - O percentual da alíquota prevista no inciso IX que ultrapassar 25% (vinte e cinco por cento), serão destinados ao Fundo Estadual de Combate a Pobreza.

(destacou-se)

Do exposto, infere-se que a Lei Complementar nº 460, de 26/12/2011, não apenas criou o adicional de 2% à alíquota, mas, concomitantemente, fixou a alíquota (35%) e, indiretamente, o percentual a arrecadar a título de ICMS (25%), portanto fica clara a intenção do legislador de repassar ao FECEP o percentual de 12%, conforme se demonstra abaixo:

Alíquota (a) LC 460/11 Adicional (b) LC 460/11 Alíquota Total (a+b) % FECEP (a+b) - 25% % ICMS
35% 2% 37% 12% 25%

Ainda sobre a criação do referido adicional, informa-se que foi publicado o Decreto nº 963, de 26/01/2012, com o intuito de se regulamentarem as disposições do inciso IV do artigo 5° da Lei Complementar n° 144/2003, acrescentado pelo artigo 1° da Lei Complementar n° 460/ 2011; de se atualizar o RICMS-MT, em decorrência das alterações colacionadas à Lei n° 7.098/1998, pelos artigos 2° e 3° da referida Lei Complementar n° 460/2011 e, por fim, de se disciplinar a operacionalização do disposto no inciso X do artigo 14 da Lei n° 7.098/1998, também acrescentado pela já citada Lei Complementar, nos seguintes termos:

Art. 1° Para fins da operacionalização do repasse ao Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza da receita de que tratam .............., deverão ser observadas as disposições da legislação tributária mato-grossense, especialmente o estatuído nos preceitos adiante arrolados do Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto n° 1.944, de 6 de outubro de 1989:

I – nos §§ 1° a 6° do artigo 49 das disposições permanentes;

II – no § 3°-B do artigo 87-J-7, no § 4° do artigo 87-J-9 e nos artigos 87-J-9-1 e 87-J-9-2, todas das disposições permanentes;

III – no artigo 53 do Anexo VIII;

IV – no § 9° do artigo 2° e no artigo 13 do Anexo XIV.

Parágrafo único Fica a Secretaria de Estado de Fazenda autoriza a editar normas complementares para disciplinar o recolhimento e repasse dos valores devidos ao Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza, nos termos do inciso IV do artigo 5° da Lei Complementar n° 144/2003, e do inciso X do artigo 14 da Lei n° 7.098/98, acrescentados pela Lei Complementar n° 460/2011.

Art. 2° O Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto n° 1.944, de 6 de outubro de 1989, passa a vigorar com as seguintes alterações:

"(...)

IX – 35% (trinta e cinco por cento) nas operações internas e de importação, realizadas com as mercadorias segundo a Nomenclatura Brasileira de Mercadorias - Sistema Harmonizado (NBM/SH),..................

(...)

d) cigarro, fumo e seus derivados, classificados no capítulo 24 (capítulo 24 da NCM/SH); (cf. alínea d do inciso IX do art. 14 da Lei n° 7.098/98, acrescentado pela LC n° 460/2011 – efeitos a partir de 1° de abril de 2012)

(...)

§ 1° Às alíquotas previstas nos incisos V e IX do caput deste artigo será acrescido o percentual de 2% (dois por cento), correspondente ao adicional destinado ao Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza, ..........

§ 2° Sem prejuízo do disposto no parágrafo anterior, o percentual da alíquota prevista no inciso IX que ultrapassar 25% (vinte e cinco por cento) será, também, destinado ao Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza. (cf. inciso X do art. 14 da Lei n° 7.098/98, acrescentado pela LC n° 460/2011 – efeitos a partir de 1° de abril de 2012)

§ 3° O valor arrecadado, correspondente aos percentuais de que tratam os §§ 1° e 2° deste artigo será integralmente repassado ao Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza, sobre o mesmo não incidindo qualquer repartição ou vinculação. (cf. inciso IV do art. 5° da LC n° 144/2003 combinado com o inciso X do artigo 14 da Lei n° 7.098/98, acrescentados pela LC n° 460/2011– efeitos a partir de 1° de abril de 2012)

(...)

§ 6° Respeitado o disposto neste regulamento, fica a Secretaria de Estado de Fazenda autorizada a editar normas complementares para disciplinar o repasse ao Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza dos percentuais de que tratam os §§ 1° e 2° deste artigo.

(...)"

VIII – acrescentado o artigo 13 ao Anexo XIV, com a seguinte redação:

"Art. 13 O preconizado neste anexo aplica-se, inclusive, em relação ao montante correspondente aos percentuais de que tratam os §§ 1° e 2° do artigo 49 das disposições permanentes, devido ao Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza, em decorrência de operações com as seguintes mercadorias: ....................................................................................

(...)

II – cigarro, fumo e seus derivados, classificados no capítulo 24 da Nomenclatura Brasileira de Mercadorias – Sistema Harmonizado – NBM/SH (capítulo 24 da Nomenclatura Comum do Mercosul - NCM/SH); (efeitos a partir de 1° de abril de 2012)

§ 1° O valor relativo aos adicionais de que tratam os §§ 1° e 2° do artigo 49, destinados ao Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza, será exigido pela Secretaria de Estado de Fazenda, mediante lançamento do montante que resultar da aplicação do percentual de 12% (doze por cento) sobre o valor exarado nas Notas Fiscais que acobertarem as operações de aquisição interestaduais das mercadorias referidas nos incisos I e II do caput deste artigo, acrescido do valor correspondente ao percentual de margem de lucro previsto para a respectiva CNAE no Anexo XI. (efeitos a partir de 1° de abril de 2012)

(...)"

(destacou-se)

Constata-se dos dispositivos acima transcritos que ao regulamentar os artigos 1º, 2º e 3º da LC 460/2011, o Decreto 963/2012 estabelece preceitos que alteram o RICMS-MT com vistas a disciplinar a operacionalização do FECEP, dentre estes, observa-se que à alíquota de 35% referente às operações com cigarros, dentre outras mercadorias, foram acrescidos dois pontos percentuais e que deste total (37%) a diferença de 25%, seriam repassados ao FECEP, ou seja, o repasse seria dos 2% adicionados, mais 10% da alíquota estabelecida, o que perfaz um total de 12%, conforme disposto na Lei Complementar 460/2011 que altera a Lei Complementar 144/2003, que cria o FECEP, bem como a Lei 7.098/1998, que consolida as normas referentes ao ICMS.

Quanto ao Decreto nº 1.042/2012, de 22/03/2012, que introduziu alterações ao RICMS-MT, para proporcionar ajustes nos procedimentos e para garantir efetividade do disposto no inciso IV do artigo 5° da Lei Complementar n° 144/2003, bem como no inciso X do artigo 14 da Lei n° 7.098/1998, acrescentados pela Lei Complementar n° 460/2011. Os incisos V e VI do artigo 1º do referido Decreto estabelecem alterações relativas ao regime de Substituição Tributária e ao regime de Estimativa Simplificado, respectivamente, transcritos abaixo:V – alterado o § 1° do artigo 13 do Anexo XIV, além de se acrescentarem ao mesmo preceito os §§ 1°-A a 1°-C, conforme segue:

Art. 13 ...........................................................................................................

§ 1° O valor relativo aos adicionais de que tratam os §§ 1° e 2° do artigo 49, destinados ao Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza, será apurado pelo remetente da mercadoria, credenciado como substituto tributário junto à Secretaria de Estado de Fazenda, e deverá ser recolhido no mesmo prazo fixado para recolhimento do ICMS devido por substituição tributária do período, observado o disposto nos §§ 1°-A e 4° deste artigo. (efeitos a partir de 1° de abril de 2012)

§ 1°-A Para fins do disposto no parágrafo anterior, o valor dos adicionais a ser recolhido pelo contribuinte substituto tributário corresponderá ao montante que resultar da aplicação do percentual de 12% (doze por cento) sobre o valor total exarado na Nota Fiscal que acobertar a remessa de mercadoria, arrolada nos incisos I e II do caput deste artigo, para estabelecimento localizado no território mato-grossense, acrescido do valor correspondente ao percentual de margem de lucro, fixado no Anexo XI deste regulamento, para a CNAE em que estiver enquadrado o destinatário, respeitada, quando for o caso, a aplicação da redução da base de cálculo prevista no artigo 53 do anexo VIII também deste regulamento. (efeitos a partir de 1° de abril de 2012)

§ 1°-B O disposto nos §§ 1° e 1°-A aplica-se, também, em relação ao destinatário mato-grossense, comércio atacadista ou varejista, credenciado como substituto tributário junto à Secretaria de Estado de Fazenda. (efeitos a partir de 1° de abril de 2012)

§ 1°-C Nas remessas de mercadorias arrolada nos incisos I e II do caput deste artigo, em que tanto o remetente de outra unidade federada como o destinatário estabelecido no território deste Estado não sejam credenciados como contribuinte substituto tributário junto ao fisco mato-grossense, o valor relativo aos adicionais de que tratam os §§ 1° e 2° do artigo 49, será apurado e recolhido pelo contribuinte destinatário das mercadorias, observadas, no respectivo cálculo, as disposições do § 1°-A, deduzidas as parcelas de ofício efetivamente recolhidas. (efeitos a partir de 1° de abril de 2012)

...................................................

VI – fica alterado o Anexo XVI, o qual passa a vigorar com o texto publicado em anexo a este decreto.
ANEXO XVI - PERCENTUAL DE CARGA TRIBUTÁRIA MÉDIA POR CNAE, PARA FINS DE APLICAÇÃO DO REGIME DE ESTIMATIVA SIMPLIFICADO E FUNDO ESTADUAL DE COMBATE E ERRADICAÇÃO DA POBREZA (conforme Seção IV-D do Capítulo V do Título III do Livro I deste Regulamento)

Ordem CNAE DESCRIÇÃO Percentual de carga tributária média Percentual de carga devida
ao fundo
TOTAL
(...) (...) (...) (...) (...) (...)
124) 1220-4/01 Fabricação de cigarros 35% 12% 47%
(...) (...) (...) (...) (...) (...)

(destacou-se)

Os dispositivos transcritos objetivam ajustar procedimentos para dar efetividade ao que determinou a Lei Complementar 460/2011, regulamentada pelo Decreto 963/2012 acima colacionados, no caso em questão, nas operações sujeitas ao regime de Substituição Tributária, o qual se aplica ao Consulente.

Ante o exposto, passa-se às respostas das dúvidas suscitadas pela consulente, na ordem em que foram propostas:

1. Não. O cálculo do valor a ser destinado ao FECEP deverá ser efetuado conforme o disposto no quadro a seguir:

A Valor total da Nota Fiscal 314.906,17
B Alíquota interestadual de ICMS 7%
C Valor do ICMS (Op. Própria) [Valor Produtos x B] 22.043,43
D Valor Margem de Lucro (Anexo XI) 40%
E Base de Cálculo ICMS-ST [Valor total operação + 40%] 440.868,64
F Alíquota interna 35% + 2%
G Valor ICMS-ST [(E x F) – C] 141.077,97

Para estornos contábeis ref. ao FECEP (EFD/GIA)

H % FECEP ref. Op. própria -
I % FECEP ref. ST – art. 49, §§ 1º e 2º, RICMS-MT (F – 25%) 12%
J Estorno a favor do FECEP – ref. Op. Própria -
K Estorno a favor do FECEP – ST [(E x I) – J] 52.904,24

Para os recolhimentos ao Estado de Mato Grosso (DAR-1/AUT ou GNRE-on-Line)

L Valor FECEP – Código 9888 – (J + K) 52.904,24
M Valor ICMS após estorno para o FECEP -
N Valor ICMS-ST após estorno para o FECEP – (G – K) 88.173,73

O percentual destinado ao FECEP (12%) será aplicado ao valor da base de cálculo do ICMS-ST, que corresponde ao valor total da nota fiscal acrescido do valor correspondente ao percentual de margem de lucro, fixado no Anexo XI do RICMS-MT, para a CNAE em que estiver enquadrado o destinatário (no caso, 40%), conforme artigo 13, § 1º-A do Anexo XIV do RICMS-MT.

2. Não. Conforme registro no Sistema de Cadastro de Contribuintes desta Secretaria de Fazenda, o Consulente encontra-se credenciado como substituto tributário e, portanto, está obrigado ao recolhimento ao FECEP.

É a informação, ora submetida à superior consideração.

Gerência de Controle de Processos Judiciais da Superintendência de Normas da Receita Pública, em Cuiabá – MT, 16 de maio de 2012.

Elaine de Oliveira Fonseca
FTE

De acordo:

Andréa Martins Monteiro da Silva
Gerente de Controle de Processos Judiciais

Mara Sandra Rodrigues Campos Zandona
Superintendente de Normas da Receita Pública