Ato SNPC nº 4 de 02/06/2009
Norma Federal - Publicado no DO em 03 jun 2009
Divulga os descritores para fins de abertura de pedidos de proteção de cultivares para cultivares de girassol (Helianthus annuus L.).
Em cumprimento ao disposto no § 2º, do art. 4º, da Lei nº 9.456, de 25 de abril de 1997, e no inciso III, do art. 3º, do Decreto nº 2.366, de 5 de novembro de 1997, e o que consta do Processo nº 21000.011101/2008-41, o Serviço Nacional de Proteção de Cultivares divulga, para fins de abertura de pedidos de proteção de cultivares para cultivares de girassol (Helianthus annuus L.), os descritores definidos na forma do Anexo I. O formulário estará disponível aos interessados pela internet no endereço http://www.agricultura.gov.br - Serviços> Proteção de Cultivares> Formulários para Proteção de Cultivares.
DANIELA DE MORAES AVIANI
Coordenadora
ANEXO IINSTRUÇÕES PARA EXECUÇÃO DOS ENSAIOS DE DISTINGUIBILIDADE, HOMOGENEIDADE E ESTABILIDADE DE CULTIVARES DE GIRASSOL (Helianthus annuus L.)
I. OBJETIVO
Estas instruções para execução dos ensaios de distingüibilidade, homogeneidade e estabilidade aplicam-se às cultivares de girassol (Helianthus annuus L.), incluindo cultivares de polinização aberta, linhagens e híbridos.
II. AMOSTRA VIVA
1. Para atender ao disposto no art. 22 e seu parágrafo único da Lei nº 9.456 de 25 de abril de 1997, o requerente do pedido de proteção obrigar-se-á a manter e a apresentar ao SNPC, amostras vivas da cultivar objeto da proteção, como especificado a seguir:
- 1 kg de sementes como amostra de manipulação (apresentar ao SNPC);
- 1 kg de sementes como germoplasma (apresentar ao SNPC); e
- 1kg de sementes mantidas pelo obtentor.
As sementes não devem ser tratadas, salvo em casos opcionais, devidamente justificados.
2. O material deve apresentar boas condições sanitárias, e não estar afetado por doenças ou pragas significativas.
3. A amostra deverá ser disponibilizada ao SNPC após a obtenção do Certificado de Proteção. Entretanto, sempre que durante a análise do pedido for necessária a apresentação da amostra para confirmação de informações, o solicitante deverá disponibilizá-la.
III. EXECUÇÃO DOS ENSAIOS DE DISTINGÜIBILIDADE, HOMOGENEIDADE E ESTABILIDADE - DHE
1. Os testes normalmente têm a duração mínima de dois ciclos independentes de crescimento.
2. Os ensaios deverão ser conduzidos em um único local. Caso neste local não seja possível a visualização de todas as características da cultivar, a mesma poderá ser avaliada em um local adicional.
3. Os ensaios deverão ser conduzidos em condições que assegurem o desenvolvimento normal das plantas.
4. Cada teste deve ter um mínimo de 40 plantas, dividido em duas ou mais repetições.
5. A menos que seja indicado outro modo, as observações devem ser feitas em 40 plantas ou partes tiradas de cada uma das 40 plantas.
6. Todas as observações devem ser feitas na haste principal.
7. O tamanho das parcelas deverá possibilitar que plantas ou suas partes possam ser removidas para avaliações sem que isso prejudique as observações que venham a ser feitas até o final do ciclo de crescimento.
8. Testes adicionais para a avaliação de características relevantes poderão ser estabelecidos.
Para a avaliação da homogeneidade a tolerância máxima de plantas atípicas depende do tipo de cultivar a ser protegida:
- linhagem: população padrão de 2% com probabilidade de aceitação de pelo menos 95%.
- híbrido simples: população padrão de 5% com probabilidade de aceitação de pelo menos 95%.
- para variedades de polinização aberta e híbridos triplos, a variabilidade dentro da cultivar não deve exceder a variabilidade de cultivares comparáveis já conhecidas.
IV. LEGENDAS
1. As características contendo a classificação (a), (b), (c), (d), (e), (f), (g), (h) ou (+) na primeira coluna da Tabela de Características, deverão ser examinadas como indicado no item VII (Observações e Figuras).
V. INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO
1. Ver formulário na Internet.
2. Para solicitação de proteção de cultivar, o interessado deverá apresentar, além deste, os demais formulários disponibilizados pelo Serviço Nacional de Proteção de Cultivares.
3. Todas as páginas deverão ser rubricadas pelo Representante Legal e pelo Responsável Técnico.
VI. TABELA DE DESCRITORES DE GIRASSOL (Helianthus annuus L.).
Material genético a ser protegido:
( ) Linhagem mantenedora de fertilidade
( ) Linhagem restauradora de fertilidade
( ) Linhagem macho estéril
( ) Híbrido simples
( ) Híbrido duplo
( ) Híbrido triplo
( ) Cultivares de polinização aberta
( ) Outros (especificar) _________
Denominação proposta para a cultivar: __________
Característica | Identificação da característica | Código da descrição |
1. Hipocótilo: pigmentação antocianínica (a) | ausente | 1 |
presente | 2 | |
2. Hipocótilo: intensidade da pigmentação antocianínica (a) | fraca | 3 |
média | 5 | |
forte | 7 | |
3. Pecíolo: comprimento (b) | curto | 3 |
médio | 5 | |
longo | 7 | |
4. Pecíolo: ângulo de inserção na haste (b) | ereto | 1 |
ereto a semi-ereto | 3 | |
semi-ereto | 5 | |
semi-ereto a horizontal | 7 | |
horizontal | 9 | |
5. Folha: tamanho (b) | pequena | 3 |
média | 5 | |
grande | 7 | |
6. Folha: altura da ponta da lâmina em relação à inserção do pecíolo (+)(b) | baixa | 3 |
média | 5 | |
alta | 7 | |
7. Folha: coloração verde (b) | clara | 3 |
média | 5 | |
escura | 7 | |
8. Folha: presença de bolhas (bulado) (b) | ausente ou muito fraca | 1 |
fraca | 3 | |
média | 5 | |
forte | 7 | |
9. Folha: serrilhado (+) (b) | ausente ou esparso | 1 |
esparso | 3 | |
médio | 5 | |
grosseiro | 7 | |
muito grosseiro | 9 | |
10. Folha: forma da parte distal (+) (b) | lanceolada | 1 |
lanceolada a triangular estreita | 2 | |
triangular estreita | 3 | |
triangular estreita a triangular larga | 4 | |
triangular larga | 5 | |
triangular larga a pontiaguda | 6 | |
triangular larga a arredondada | 7 | |
pontiaguda | 8 | |
arredondada | 9 | |
11. Folha: forma da haste distal (+) (b) | oblonga | 1 |
lanceolada | 2 | |
triangular | 3 | |
cordata | 4 | |
arredondada | 5 | |
12. Folha: aurículas (+) (b) | ausentes ou muito pequenas | 1 |
pequenas | 3 | |
médias | 5 | |
grandes | 7 | |
muito grandes | 9 | |
13. Folha: ângulo das nervuras laterais inferiores (+) (b) | agudo | 1 |
reto ou aproximadamente reto | 2 | |
obtuso | 3 | |
14. Época de floração (+) (c) | muito precoce | 1 |
precoce | 3 | |
média | 5 | |
tardia | 7 | |
muito tardia | 9 | |
15. Planta: ramificação (excluindo-se ramificações causadas pelo meio ambiente) (c) | ausente | 1 |
presente | 2 | |
16. Planta: tipo de ramificação (excluindo-se ramificações causadas pelo meio ambiente) (+) (c) | somente basal | 1 |
predominantemente basal | 2 | |
total | 3 | |
predominantemente apical | 4 | |
somente apical | 5 | |
17. Planta: posição do capítulo lateral mais alto do que o capítulo central (c) | predominantemente abaixo | 1 |
predominantemente no no mesmo nível | 2 | |
predominantemente acima | 3 | |
18. Flores liguladas: densidade (c) | esparsas | 3 |
média | 5 | |
densas | 7 | |
19. Flor ligulada: formato (+) (c) | fusiforme | 1 |
ovalada estreita | 2 | |
ovalada larga | 3 | |
arredondada | 4 | |
20. Flor ligulada: posição em relação ao capítulo (c) | plana | 1 |
recurvada para dentro | 2 | |
ondulada | 3 | |
recurvada para trás do capítulo | 4 | |
21. Flor ligulada: comprimento (c) | curto | 3 |
médio | 5 | |
longo | 7 | |
22. Flor ligulada: coloração (c) | amarelo esbranquiçado | 1 |
amarelo claro | 2 | |
amarelo médio | 3 | |
amarelo escuro | 4 | |
amarelo esverdeado | 5 | |
amarelo alaranjado | 6 | |
alaranjado | 7 | |
marrom avermelhado | 8 | |
púrpuro | 9 | |
multicolorido | 10 | |
23. Flor do disco: coloração (d) | amarela | 1 |
laranja | 2 | |
púrpura | 3 | |
24. Flor do disco: pigmentação antocianínica do estigma (+) (d) | ausente | 1 |
presente | 2 | |
25. Flor do disco: intensidade da pigmentação antocianínica do estigma (+) (d) | fraca | 3 |
média | 5 | |
forte | 7 | |
26. Flor do disco: produção de pólen (d) | ausente | 1 |
presente | 2 | |
27. Bráctea: forma (+) (d) | claramente alongada | 1 |
nem claramente alongada e nem claramente arredondada | 2 | |
claramente arredondada | 3 | |
28. Bráctea: comprimento da ponta (+) (d) | curta | 3 |
média | 5 | |
longa | 7 | |
29. Bráctea: hábito em relação ao capítulo (d) | não envolve ou envolve muito levemente | 1 |
envolve levemente | 2 | |
envolve fortemente | 3 | |
30. Planta: pilosidade da haste no ápice da planta (últimos 5 cm) (d) | fraca | 3 |
média | 5 | |
forte | 7 | |
31. Planta: altura (+) (e) | muito baixa | 1 |
baixa | 3 | |
média | 5 | |
alta | 7 | |
32. Planta: ramificação (e) | ausente (sem capítulo) | 1 |
duas (isomaduro) | 2 | |
multiramificado (multicapitulado) | 3 | |
33. Capítulo: posição (+) (e) | horizontal | 1 |
inclinada | 2 | |
vertical | 3 | |
semi-invertida com haste | ||
ereta | 4 | |
semi-invertida com haste recurvada | 5 | |
invertida com haste ereta | 6 | |
invertida com haste levemente recurvada | 7 | |
invertida com haste fortemente recurvada | 8 | |
reflexa | 9 | |
34. Capítulo: tamanho (e) | pequeno | 3 |
médio | 5 | |
grande | 7 | |
35. Capítulo: forma da região de inserção do grão (+) (e) | fortemente côncava | 1 |
levemente côncava | 2 | |
plana | 3 | |
levemente convexa | 4 | |
fortemente convexa | 5 | |
deformada | 6 | |
36. Aquênio: comprimento (+) (h) | curto | 1 |
médio | 3 | |
longo | 5 | |
37. Aquênio: largura (+) (h) | estreita | 1 |
médio | 3 | |
larga | 5 | |
38. Aquênio (semente): forma (+) (h) | alongada | 1 |
ovóide estreita | 2 | |
ovóide larga | 3 | |
arredondada | 4 | |
39. Aquênio (semente): espessura em relação a largura (+) (h) | fina | 3 |
média | 5 | |
grossa | 7 | |
40. Aquênio (semente): coloração principal (+) (h) | branca | 1 |
cinza clara | 2 | |
cinza média | 3 | |
marrom clara | 4 | |
marrom média | 5 | |
marrom escura | 6 | |
preta | 7 | |
púrpura | 8 | |
41. Aquênio (semente): listras na margem (+) (h) | ausentes ou levemente definidas | 1 |
definidas | 2 | |
fortemente definidas | 3 | |
42. Aquênio (semente): listras entre as margens (+) (h) | ausentes ou levemente definidas | 1 |
definidas | 2 | |
fortemente definidas | 3 | |
43. Aquênio (semente): coloração das listras (+) (h) | branca | 1 |
branca-acinzentada | 2 | |
cinza-média | 3 | |
cinza-escura | 4 | |
marrom-clara | 5 | |
marrom-média | 6 | |
marrom-escura | 7 | |
púrpura | 8 | |
preta | 9 | |
44. Aquênio (semente): pintas/manchas no pericarpo (+) (h) | ausente | 1 |
presente | 2 |
VII. OBSERVAÇÕES E FIGURAS
1. Ver formulário na internet.
VIII - FASES DE DESENVOLVIMENTO (ESTÁGIOS) DO GIRASSOL UTILIZADOS NO DOCUMENTO TG/81/6-UPOV
1. Ver formulário na internet.
IX - FASES DE DESENVOLVIMENTO (ESTÁGIOS) DO GIRASSOL UTILIZADOS NO BRASIL
1. Ver formulário na internet.
X - REFERÊNCIAS
CASTRO, César de; FARIAS, José Renato Bouças. Ecofisiologia do Girassol. In: Girassol no Brasil. 1. ed. Londrina: EMBRAPA Soja, 2005. p. 176-179.
SCHNEITER, A.A.; MILLER, J.F.; BERGLUND, D.R.. Stages of Sunflower Development. Fargo, North Dakota: North Dakota State University of Agriculture and Applied Science, 1998. Disponível em: < http://www.ag.ndsu.edu/pubs/plantsci/rowcrops/a1145.pdf>. Acesso em: 27 maio 2009.
UPOV - Union for the Protection of New Varieties of Plants. Guidelines for the Conduct of Tests for Distinctness, Uniformity and Stability - TG/81/6 - Sunflower, 2000. Disponível em: . Acesso em: 2 jun. 2009.