Ato SNPC nº 3 de 03/04/2009

Norma Federal - Publicado no DO em 06 abr 2009

Divulga novos descritores mínimos para execução dos ensaios de distingüibilidade, homogeneidade e estabilidade de cultivares de ameixeira japonesa (Prunus solicina Lind).

Em cumprimento ao disposto no parágrafo único, do art. 34, do Decreto nº 2.366, de 5 de novembro de 1997, e o que consta do Processo nº 21000.011102/2008-96, o Serviço Nacional de Proteção de Cultivares divulga, para fins de proteção de cultivares de ameixeira japonesa (Prunus solicina Lindl.), os novos descritores mínimos definidos na forma do Anexo I. O formulário estará disponível aos interessados pela Internet no endereço http://www.agricultura.gov.br - Serviços> Proteção de Cultivares> Formulários para Proteção de Cultivares.

DANIELA DE MORAES AVIANI

Coordenadora

ANEXO I
INSTRUÇÕES PARA EXECUÇÃO DOS ENSAIOS DE DISTINGÜIBILIDADE, HOMOGENEIDADE E ESTABILIDADE DE CULTIVARES DE AMEIXEIRA JAPONESA (Prunus solicina Lindl.)

I - OBJETIVO

Estas instruções para execução dos ensaios de distingüibilidade, homogeneidade e estabilidade aplicam-se às cultivares de ameixeira japonesa (Prunus solicina Lindl.).

II - EXECUÇÃO DOS ENSAIOS DE DISTINGÜIBILIDADE, HOMOGENEIDADE E ESTABILIDADE - DHE

1. Os testes deverão ser conduzidos por no mínimo dois ciclos de produção significativos. Considera-se ciclo de produção o desenvolvimento da estação, iniciando-se pelo crescimento vegetativo, seguido do florescimento e da colheita de frutos.

2. Os ensaios deverão ser conduzidos em um único local. Caso neste local não seja possível a visualização de todas as características da cultivar, a mesma poderá ser avaliada em um local adicional.

3. Os ensaios deverão ser conduzidos em condições que assegurem o desenvolvimento normal das plantas.

4. Cada teste deve ter um mínimo de 5 plantas, considerando cada planta uma repetição, informando o porta-enxerto utilizado, se for o caso.

5. A menos que seja indicado outro modo, as observações devem ser feitas em 5 plantas ou 2 partes tiradas de cada uma das 5 plantas.

6. Testes adicionais para a avaliação de características relevantes poderão ser estabelecidos.

7. Para a verificação da Homogeneidade a tolerância máxima de plantas atípicas é de 1% da população com 95% de probabilidade de ocorrência. No caso de uma população de 5 plantas, nenhuma planta atípica será permitida para efeitos da avaliação da homogeneidade.

III - AMOSTRA VIVA

1. Para atender ao disposto no art. 22 e seu parágrafo único da Lei nº 9.456 de 25 de abril de 1997, o requerente do pedido de proteção obrigar-se-á a manter, a disposição do SNPC, no mínimo 3 plantas propagadas vegetativamente, informando o porta-enxerto utilizado, se for o caso.

2. As plantas devem estar em boas condições sanitárias, com vigor e não afetadas por doenças ou pragas importantes. Caso ocorram situações que possam prejudicar a distingüibilidade dos caracteres avaliados, o fato deve ser informado ao SNPC/MAPA e novas amostras devem ser plantadas.

3. Amostras vivas de cultivares estrangeiras deverão ser mantidas no Brasil.

4. A amostra deverá ser disponibilizada ao SNPC após a obtenção do Certificado. Entretanto, sempre que durante a análise do pedido for necessária a apresentação da amostra para confirmação de informações, o solicitante deverá disponibilizá-la.

IV - INSTRUÇÕES PARA PREENCHIMENTO DA TABELA DE DESCRITORES

1. Para facilitar a avaliação das diversas características, foi elaborada uma escala de códigos com valores que normalmente variam de 1 a 9. A interpretação dessa codificação é a seguinte:

1.1. Quando as alternativas de código forem seqüenciais, isto é, quando não existirem espaços entre os diferentes valores, e a escala começar pelo valor 1, a identificação da característica deve ser feita necessariamente por um dos valores listados. Exemplo: "Característica 6. Ramo de um ano: posição da gema vegetativa em relação ao ramo"; valor 1 para "encostada"; valor 2 para "pouca afastada" e valor 3 para "muito afastada". Somente uma dessas três alternativas é aceita para preenchimento.

1.2. Quando as alternativas de código não forem seqüenciais, isto é, se existirem um ou mais espaços entre os valores propostos, a descrição da característica pode recair, além das previstas, em variações intermediárias ou extremas. Exemplo: "Característica. 1. Planta: vigor" codifica o valor 3 para "fraco", 5 para "médio" e 7 para "forte". Nesse caso, pode ser escolhido, por exemplo, o valor 4, que indicaria que o vigor da planta é entre fraco e médio, ou ainda pode ser escolhido qualquer valor entre 1 e 9. Neste último caso, um valor 2 indicaria um vigor muito fraco e um valor 9 classificaria um vigor como extremamente forte.

1.3. Se os códigos começarem pelo valor 1, o valor do outro extremo da escala será o máximo permitido para o descritor. Exemplo "Característica 3. Ramo de um ano:porte". O valor 1 corresponde a "ereto"; o valor 3 a "semi-ereto", o valor 5 a "horizontal", e o valor 7 a "decumbente". Podem ser escolhidos, portanto, os valores 1, 3, 5, e 7 ou os valores intermediários 2, 4 ou 6. Nenhum valor acima do máximo (7, no caso) será aceito.

2. Para solicitação de proteção de cultivar, o interessado deverá apresentar, além deste, os demais formulários disponibilizados pelo Serviço Nacional de Proteção de Cultivares.

V - LEGENDA DA TABELA DE DESCRITORES

1. As características contendo a classificação (a), (b), (c), (d), (e) ou (+) na primeira coluna da Tabela de Características, deverão ser examinadas como indicado no item VII (Observações e Figuras).

VI - TABELA DE DESCRITORES DE AMEIXEIRA (Prunus solicina Lindl.)

Denominação proposta para a cultivar:_____

Característica  Nº Caract. UPOV Identificação da característica Código de cada descrição 
1. Planta: vigor  (a) 1  fraco  médioforte 3 57
2. Planta: densidade da copa  2  esparsa  3  
(a)   média  5  
  densa  7  
3. Ramo de um ano: porte  3  ereto  1  
(a)   semi-ereto  3  
  horizontal  5  
  decumbente  7  
4. Ramo de um ano: intensidade da coloração (lado ensolarado, após remoção da cutícula) 4  clara  3  
  média  5  
  escura  7  
    
(a)     
5. Ramo de um ano: tamanho da gema vegetativa 6  pequena  3  
  média  5  
(a)   grande  7  
(b)     
(+)     
6. Ramo de um ano: posição da gema vegetativa em relação ao ramo 8  encostada  1  
  pouco afastada  2  
  muito afastada  3  
(a)     
(b)     
(+)     
7. Limbo foliar: posição em relação ao ramo 9  ascendente  3  
  perpendicular  5  
(c)   descendente  7  
(+)     
    
8. Limbo foliar: razão comprimento / largura -- pequena  3  
  média  5  
(c)   grande  7  
9. Limbo foliar: ângulo do ápice 11  agudo  1  
  reto  2  
(+)   obtuso  3  
(c)     
10. Limbo foliar: coloração verde da face superior 12  clara  3  
  média  5  
(c)   escura  7  
11. Limbo foliar: pubescência da face inferior 14  ausente ou muito esparsa  1  
  esparsa  3  
(c)   média  5  
  densa  7  
12. Limbo foliar: margem  15  crenada  1  
(c)   serrilhada  2  
(+)     
13. Pecíolo: comprimento  16  curto  3  
(c)   médio  5  
  longo  7  
14. Folha: nectários  -- ausente  1  
(c)   presente  2  
15. Folha: posição dos nectários 19  somente na base do limbo foliar na base do limbo e no pecíolo somente no pecíolo 1  
    
(c)    2  
   3  
16. Pedúnculo: comprimento  20  curto  3  
(d)   médio  5  
  longo  7  
  muito longo  9  
17. Flor: arranjo das pétalas  24  livres  1  
(d)   tangentes  2  
(+)   sobrepostas  3  
18. Fruto: tamanho  30  muito pequeno  1  
(e)   pequeno  3  
  médio  5  
  grande  7  
  muito grande  9  
19. Fruto: forma (vista lateral)  -- oblonga  1  
(e)   elíptica  2  
(+)   circular  3  
  oblata  4  
  cordiforme  5  
  obovada  6  
  ovada  7  
20. Fruto: simetria (vista ventral) 33  simétrica  1  
  assimétrica  2  
(e)     
21. Fruto: profundidade da sutura (próximo à cavidade peduncular)  rasa média  3 5
  profunda  7  
(e)     
22. Fruto: profundidade da cavidade peduncular 35  pouco profunda  3  
(e)   média profunda  5 7
23. Fruto: coloração de cobertura -- amarela  1  
(e)   laranja rosa  2 3
  vermelha  4  
  púrpura preta  5 6
24. Fruto: cor da epiderme (cor de fundo, removida a pruína) 36  esbranquiçada  1  
  Verde verde amareladaamarela 2 34
(e)   amarela alaranjada vermelha  5 6
  Púrpura violeta 7 8
  azul escura  9  
25. Fruto: coloração da polpa (e)  37  Esbranquiçada Verdeverde amarelada 1 23
  amarela  4  
  laranja  5  
  vermelha  6  
  vermelha escura  7  
26. Fruto: firmeza da polpa (na maturação fisiológica) (e)  38  Macia Médiafirme 3 57
27. Fruto: suculência da polpa (e)  39  Baixa Médiaalta 3 57
28. Fruto: acidez  40  baixa  3  
(e)   Média alta 5 7
29. Fruto: doçura  41  baixa  3  
(e)   Média alta 5 7
30. Fruto: grau de aderência do caroço à polpa (e)  42  não aderente semi-aderentefortemente aderente 1 23
31. Caroço: forma em vista lateral (razão comprimento / largura) 44  arredondada  1  
(e)   elíptica elíptico-estreita  2 3
(+)     
32. Caroço: forma em vista ventral, na sutura (razão comprimento / espessura) 45  elíptico-larga elípticaelíptico-estreita 1 23
    
(e) (+)     
33. Época de início de floração  57  muito precoce precocemédio 1 35
(e)  tardio  7  
  muito tardio  9  
34. Época de maturação para consumo 58  muito precoce  1  
(e)   Precoce Médiotardio 3 57
  muito tardio  9  
35. Exigência em frio (acúmulo de horas com temperatura = 7,2º C)  -- Baixa Médiaalta 3 57
(+)    
 

VII. OBSERVAÇÕES E FIGURAS

1. Ver formulário na Internet.