Ato SNPC nº 12 de 11/11/2008

Norma Federal - Publicado no DO em 12 nov 2008

Divulga o formulário para fins de abertura de pedidos de proteção de cultivares para goiabeira serrana (Acca sellowiana (O. Berg) Burret).

Em cumprimento ao disposto no § 2º, do art. 4º, da Lei nº 9.456, de 25 de abril de 1997, e no inciso III, do art. 3º, do Decreto nº 2.366, de 5 de novembro de 1997, e o que consta do Processo nº 21000.01033/2008-01, o Serviço Nacional de Proteção de Cultivares divulga, para fins de abertura de pedidos de proteção de cultivares para cultivares de goiabeira serrana (Acca sellowiana (O. Berg) Burret), os descritores definidos na forma do Anexo I. O formulário estará disponível aos interessados pela internet no endereço http://www.agricultura.gov.br - Serviços> Proteção de Cultivares> Formulários para Proteção de Cultivares.

DANIELA DE MORAES AVIANI

Coordenadora

ANEXO I
INSTRUÇÕES PARA EXECUÇÃO DOS ENSAIOS DE DISTINGÜIBILIDADE, HOMOGENEIDADE E ESTABILIDADE DE CULTIVARES DE GOIABEIRA SERRANA (ACCA SELLOWIANA O. BERG) BURRET).

I - OBJETIVO

Estas instruções visam estabelecer diretrizes para as avaliações de distingüibilidade, homogeneidade e estabilidade (DHE) uniformizando o procedimento técnico de comprovação de que a cultivar apresentada é distinta de outra(s) cujos descritores sejam conhecidos, que seja homogênea quanto às suas características em cada ciclo reprodutivo e estável quanto à repetição das mesmas características ao longo de gerações sucessivas. Aplicam-se às cultivares de goiabeira serrana (Acca sellowiana (O. Berg) Burret).

II - AMOSTRA VIVA

1. Para atender ao disposto no art. 22 e seu parágrafo único da Lei nº 9.456 de 25 de abril de 1997, o requerente do pedido de proteção obrigar-se-á a manter, a disposição do SNPC, no mínimo 3 plantas propagadas vegetativamente.

2. As plantas devem estar em boas condições sanitárias, com vigor e não afetadas por doenças ou pragas importantes. Caso ocorram situações que possam prejudicar a distinguibilidade dos caracteres avaliados, o fato deve ser informado ao SNPC/MAPA e novas amostras devem ser plantadas.

3. A amostra deverá ser disponibilizada ao SNPC após a obtenção do Certificado de Proteção.

Entretanto, sempre que durante a análise do pedido for necessária a apresentação da amostra para confirmação de informações, o solicitante deverá disponibilizá-la.

III - EXECUÇÃO DOS ENSAIOS DE DISTINGÜIBILIDADE, HOMOGENEIDADE E ESTABILIDADE - DHE

1. Os testes deverão ser conduzidos por no mínimo dois ciclos de produção significativos.

Considera-se ciclo de produção o desenvolvimento da estação, iniciando-se pelo crescimento vegetativo, seguido do florescimento e da colheita de frutos.

2. Os ensaios deverão ser conduzidos em um único local. Caso neste local não seja possível a visualização de todas as características da cultivar, a mesma poderá ser avaliada em um local adicional.

3. Os ensaios deverão ser conduzidos em condições que assegurem o desenvolvimento normal das plantas.

4. Cada teste deve ter um mínimo de 5 plantas, considerando cada planta uma repetição.

5. A menos que seja indicado outro modo, as observações devem ser feitas em 5 plantas ou 2 partes tiradas de cada uma das 5 plantas.

6. Testes adicionais para a avaliação de características relevantes poderão ser estabelecidos.

7. Para a verificação da Homogeneidade a tolerância máxima de plantas atípicas é de 1% da população com 95% de probabilidade de ocorrência No caso de uma população de 5 plantas, nenhuma planta atípica será permitida para efeitos da avaliação da homogeneidade.

IV - INSTRUÇÕES PARA PREENCHIMENTO DA TABELA DE DESCRITORES

1. Para facilitar a avaliação das diversas características, foi elaborada uma escala de códigos com valores que, normalmente, variam de 1 a 9. A interpretação dessa codificação é a seguinte:

1.1 Quando as alternativas de código forem seqüenciais, isto é, quando não existirem intervalos entre os valores, a identificação da característica deve ser feita, necessariamente, por um dos valores listados. Exemplo: "1. Ploidia" valor 1 para "diplóide", valor 2 para "tetraplóide". Somente uma dessas duas alternativas é aceita para preenchimento.

1.2. Quando as alternativas de código não forem seqüenciais, isto é, se existirem um ou mais intervalos entre os valores propostos, a descrição da característica pode recair, além das previstas, em valores intermediários ou extremos. Exemplo: "3. Planta: altura" codifica o valor 3 para "baixa", 5 para "média" e 7 para "alta". Nesse caso, pode ser escolhido, por exemplo, o valor 4, que indicaria que a altura de planta classifica-se entre baixa e média, ou ainda pode ser escolhido qualquer valor entre 1 e 9. Neste último caso, o valor 1 indicaria uma planta extremamente baixa e o valor 9 classificaria uma planta extremamente alta.

2. Para solicitação de proteção de cultivar, o interessado deverá apresentar, além deste, os demais formulários disponibilizados pelo Serviço Nacional de Proteção de Cultivares.

3. Todas as páginas deverão ser rubricadas pelo Representante Legal e pelo Responsável Técnico.

V - LEGENDA

1. As características contendo a classificação (a), (b), (c), (d), (# ) ou (+) na primeira coluna da Tabela de Características, deverão ser examinadas como indicado no item VII (Observações e Figuras).

VI - TABELA DE DESCRITORES DE GOIABEIRA SERRANA (Acca sellowiana (Berg.) Burret)

Nome proposto para a cultivar: ___________.

Característica Identificação da característica Código de cada descrição 
1. Planta: hábito de crescimento dos ramos (a) ereto semi-eretoabertodecumbente 1 234
2. Planta: vigor (a)  fraco médioforte 3 57
3. Ramos: comprimento dos entrenós (a)  curto  médio longo 3 57
4. Folha: forma do limbo (b) (+) ovada  oblonga obovada 1 23
5. Folha: relação comprimento/largura do limbo (b)  pequena  média grande 3 57
6. Folha: forma do ápice (b) (+) aguda  obtusa arredondada truncada retusa1 2345
7. Folha: forma da base (b) (+) cuneada  aguda obtusa arredondada1 234
8. Folha: perfil em seção transversal (b) (+) involuto  plano revoluto 1 23
9. Folha: torção no sentido do eixo longitudinal (b)  ausente  presente 1 2
10. Folha: coloração da face inferior (b)  branca  branca-acinzentada verde-prateada verde-clara1 234
11. Folha: densidade da pilosidade da face inferior (b)  esparsa  média densa 3 57
12. Flor: inflorescência (c)  terminal  terminal e lateral 1 2
13. Flor: coloração da face superior das pétalas (c) branca  róseo-clara branca-arroxeada vermelha-arroxeada1 234
14. Flor: presença de margem branca nas pétalas (c) ausente  presente 1 2
15. Flor: coloração da metade inferior do estilete (c)  esverdeada  vermelha-esverdeada vermelha 1 23
16. Flor: altura do estigma (em relação ao plano das anteras) (c) (+)  baixa  média alta 3 57
17. Flor: coloração dos filetes das anteras (c) rosa  roseo-avermelhada vermelha 1 23
18. Flor: coloração das tecas das anteras (c) creme  creme-avermelhada vermelha vermelha-escura1 234
19. Flor: coloração do conectivo das anteras (c)  creme  creme-avermelhada vermelha vermelha-escura1 234
20. Flor: auto-incompatibilidade (c)  ausente  presente 1 2
21. Fruto: sépalas dos frutos maduros (d) (+)  horizontais  semi-eretas eretas 1 23
22. Fruto: forma (d) (+)(#) globosa  elipsóide obovóide piriforme ovóide lanceada lanceolada truncada1 2345678
23. Fruto: simetria (em corte longitudinal) (d) ausente  presente 1 2
24. Fruto: relação comprimento / diâmetro (d) baixa  média alta 3 57
25. Fruto: tamanho (d) pequeno  médio grande 3 57
26. Fruto: vincos longitudinais acompanhando os lóculos (d) (#) ausentes  presentes 1 2
27. Fruto: rugosidade da superfície (d) (#)  leve  média forte 3 57
28. Apenas cultivares com frutos de superfície rugosa: fruto: tipo da rugosidade (d) (#) reticulado  estriada longitudinalmente 1 2
29. Apenas cultivares com frutos de superfície rugosa: fruto: densidade da retícula (#)  Esparsa  média densa 3 57
30. Fruto: coloração da epiderme (d) (+) (#) verde-amarelada  verde-média verde-escura 1 23
31. Fruto: espessura do parênquima externo (casca) no corte transversal mediano (em relação ao diâmetro) (d) (+) fina  média espessa 3 57
32. Fruto: consistência do parênquima externo (casca) (d) (+) mole  semi-dura dura 3 57
33. Fruto: coloração da polpa interna (no interior dos lóculos)(d) (+)(#) branca  gelo rosa 1 23
34. Fruto: peso de 100 sementes (d) (+) pequeno  médio grande 3 57
35. Fruto: coloração das sementes (d)  creme  marrom 1 2
36. Fruto: época de maturação para o consumo (d)  precoce  médio tardio 3 57

VII - OBSERVAÇÕES E FIGURAS

As observações e figuras farão parte do formulário na Internet.